Cerceou o trabalho da imprensa na cobertura da própria posse.
Em troca do comando da CCJ, prometeu apoio à reeleição de Rodrigo Maia.
Ignorando os estudos da equipe econômica, anunciou uma reforma da previdência que apenas empurra o problema para o mandato seguinte.
Após toda uma campanha prometendo redução de impostos, anunciou aumento do IOF, mas recuou diante da repercussão negativa.
Para desviar o foco das lambanças da semana, fez um ataque gratuito ao candidato derrotado no segundo turno. Para tanto, atribuiu a Haddad declarações jamais ditas pelo petista, mas por uma publicação estrangeira.
Estranhamente, as redes sociais foram tomadas por uma nova leva de perfis falsos que espalhavam desinformação e ridicularizavam a imprensa.
Para prejudicar a Rede Globo, sinalizou positivamente a um plano da direção da RedeTV de apresentar um projeto de lei para criminalizar o Bônus por Volume — uma espécie de comissão paga pela mídia às agências publicitárias.
Chega às manchetes que o filho do vice-presidente coincidentemente foi promovido no mesmo dia em que o novo presidente do Banco do Brasil tomou posse. De R$ 12 mil, o salário subiu a R$ 37,5 mil.
Assumindo ser agenda esquerdista, retirou dos livros didáticos o combate à violência contra a mulher. Após críticas, recuou culpando o Governo Temer. Mas o ex-ministro negou que tenha solicitado tal exclusão. E lembrou que o governo de transição atuava desde dezembro.
Demitido na véspera pelo chanceler através do Twitter, o presidente monoglota da Agência Brasileira de Promoção de Exportação voltou para dar expediente normal alegando que o ministro da Relações Exteriores não tinha poderes para derrubá-lo.
Muito criticado por ter nomeado um amigo próximo para receber mais de R$ 50 mil de salário na Petrobras, deu satisfações à opinião pública debochando da imprensa: "Peço desculpas à grande parte da imprensa por não estar indicando inimigos para postos em meu governo!"
Em vídeo registrado na véspera da cirurgia para tratamento de um câncer no intestino, Fabricio Queiroz surgiu o dançando alegremente. As imagens levantaram suspeitas sobre a veracidade da versão dada pelo ex-motorista de Flávio Bolsonaro à opinião pública.
Para noticiar a prisão de Battisti, preferiu blogs sujos que deram um tratamento boçal ao caso. Tentou a todo custo tomar para si o protagonismo da captura, mas tomou um drible da Itália, que preferiu não passear com o terrorista no país que o acolheu por 10 anos.
Ainda tentando lucrar em cima da prisão de Battisti, o Itamaraty divulgou um almoço com a presença do presidente da República e embaixadores da Bolívia e Itália. Mas as embaixadas de ambos os convidados informaram que não participaram do encontro.
Por decreto, facilitou o acesso a armas de fogo. Mas desagradou os críticos, que preferem o desarmamento, e mesmo os apoiadores, que acharam a iniciativa branda demais.
De quebra, o Casa Civil fez uma comparação exdrúxula entre armas de fogo e liquidificadores.
Parte da bancada do PSL voltou da China entusiasmada com um polêmico sistema de vigilância por câmeras que promete, com reconhecimento facial, monitorar os passos de qualquer cidadão brasileiro.
Mesmo após alegar que não seria alvo da investigação, e explorando o foro privilegiado de um mandato que ainda nem assumiu, Flávio Bolsonaro pediu ao STF que suspendesse a investigação que atingia Fabrício Queiroz, no que foi atendido.
A “caixa preta do BNDES” trazia apenas dados conhecidos há tempos. E não conseguiu tirar o foco de Flávio Bolsonaro, que apareceu em novo relatório do COAF como destinatário de 48 depósitos de R$ 2 mil em um único mês.
Novo trecho do relatório do Coaf percebeu um pagamento de mais de um milhão de reais a um título bancário da Caixa. O órgão não conseguiu identificar o favorecido pela movimentação financeira de Flávio Bolsonaro.
Em mais uma atualização do relatório do COAF, chegou ao noticiário que a movimentação atípica do ex-motorista de Flávio Bolsonaro chegou a R$ 7 milhões entre 2014 e 2017.
Enquanto Flávio Bolsonaro levava um comprador às manchetes para justificar os 48 depósitos de R$ 2 mil, uma nota publicada em O Globo adiantava que Fabrício Queiroz se escondera na favela de Rio das Pedras em meados dezembro.
A Operação Intocáveis chega ao noticiário prendendo um grupo de milicianos que atuava justo na favela Rio das Pedras. Dois deles foram homenageados por Flávio, que empregava a mãe e esposa de chefe do Escritório do Crime.
Enquanto isso, Bolsonaro decepcionava em Davos.
Abriu o dia dizendo que o filho teria que pagar pelo que fez. No que a imprensa se interessou em saber mais, cancelou coletiva em Davos. Alegou cansaço, mas logo deu uma entrevista à Record. E seguiu mudando de desculpa até alegar que estava sem novidades pra apresentar.