Thread by @EstevaoSlowP

A iniciativa do @zehdeabreu é genial. Ela explicita o "oba oba" que tem sido as redes sociais, onde vale tudo e qualquer coisa. E se um presidente auto proclamado começa a ganhar mais reconhecimento que o formal? É uma virada de jogo para os q pensam ter domínio da nova mídia.

Vou explicar para não ser mal interpretado:

O Bolsonaro e sua equipe aparelhou as redes sociais e organizou quase q um exército de páginas e perfis informais q o apoiam. Criticam constantemente o jornalismo, no objetivo de derrubar sua reputação, e manter seu público alinhado +

Parte considerável da rede de apoio do Bolso na nova mídia se utiliza de estratégias baixas de sensacionalismo e desinformação. Foram gerados vários perfis de "parodia" que se passam por jornalistas, influenciadores, e enganam as pessoas, inventando polêmicas, mentiras.

O problema é que as pessoas n sabem diferenciar os perfis (que tentam simular até a verificação oficial), e passam a acreditar nos fakes. Além da desinformação, a tática ataca a reputação desses nomes, como "Falha de São Paulo", por ex (tem vários outros)

Qualquer tentativa de regulamentação nas redes é visto como censura e duramente criticado, principalmente por aqueles que estão se beneficiando disso. Há de concordar que relações internacionais estão sendo influenciadas por atuações no Twitter, por isso é justo pensar sobre.

Um presidente auto proclamado é o estopim do absurdo que essa "farra" pode chegar. E, justamente por isso, pode ser o fator chave pra começarmos a conversar sobre limites nas redes. O perfil do presidente pode bloquear pessoas, jornalistas? Pode postar qualquer coisa?

Se o Bolsonaro tentar impedir a iniciativa do Zé de Abreu na justiça, ele estará indo contra a mentalidade de livre rede dos seus apoiadores, e estará abrindo caminho pra regulamentar o caos desinformativo propagado por muitos de seus apoiadores. Por isso acho genial. Vamos ver.

E não me importa o q motivou o Zé de Abreu a fazer isso. O q importa é q ele fez, e isso inevitavelmente colocará essa discussão em pauta, como já está acontecendo. Um cara na França acabou de seguir a iniciativa, e não será o último. Pode alguém se declarar presidente nas redes?