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2006. Primeiro veio o programa “Procaminhoneiro”. O programa do BNDES forneceu juros subsidiados e aumentou os prazos para transportadores do Brasil adquirirem veículos novos. As montadoras, claro, gostaram e aplaudiram de pé!
2009. Depois foi o Programa de Sustentação do Investimento (PSI). O programa foi iniciado para combater os efeitos da crise de 2008 e dar um gás na indústria nacional. O programa vinha recheado de boas intenções...
2014. Agora estava fácil ter um caminhão. Juros subsidiados, com veículo financiado por mais de 15 anos. O resultado foi que o número de licenciamentos de caminhões saiu de 6 mil ao mês em novembro de 2008, para 16 mil em 2014. Quase o triplo de caminhões sendo licenciados.
2018. O resultado foi caminhão na rua demais para serviços de menos. E quando tentaram repassar os preços do frete, óbvio que não conseguiram pelo excesso de oferta. E fizeram uma greve que parou o país.
2019. Governo novo políticas velhas. Depois de uma pressão deste setor organizado, o novo governo decidiu segurar o reajuste dos combústiveis. De quebra deu uma linha especial de R$ 500 milhões para os caminhoneiros.
O final desse filme continuará sendo o mesmo. Juros altíssimos pra uns, subsídio pra outros. E o déficit do governo pra 2020 que era pra ser zerado será - segundo nova estimativa - de R$ 124 bilhões.
