Dia final do #Brasileirão e duas torcidas irão chorar com as de #Vitória e #Paraná pela queda para a #SérieB 2019. Hora de lembrar como foram os rebaixamentos ao longo dos tempos. A coisa só se estabilizou nesse século...
De 1959 (considerando as Taças Brasil e Robertões) até 1988, não havia acesso e descenso. Os clubes entravam no #Brasileirão através dos Estaduais. É por isso, por exemplo, que o #Grêmio, penta gaúcho entre 56-60 e hepta entre 62-68, jogou 9 Taças, e o #Inter, uma.
Depois do rompimento entre CBF e Clube dos 13 em 1987 e do acordo para unir novamente o campeonato (o que justifica o título do #Sport), ficou acertado que os 24 clubes passariam a obedecer queda-acesso até chegarem a 20, com 4 caindo e 2 subindo.
Portanto, o 1o #Brasileirão que teve rebaixamento foi o de 1988. Caíram Bangu, Santa Cruz, Criciúma e América. Subiram Inter-SP e Náutico.
Em 1989 já deu rolo de novo: O Coritiba conseguiu uma liminar para não atuar em Juiz de Fora contra o Santos. O Coxa já estava classificado para a 2 fase, mas não jogou e levou WO da CBF, sendo rebaixado no Tapetão (um personagem frequente do BR).
Além do Coritiba, foram rebaixados o Sport e ainda Guarani e Atlético, ambos com campanhas melhores que pelo menos seis clubes do torneio. Disputaram um pentagonal do descenso e foram piores que Bahia e Vitória.
De 89 para 90 subiram Bragantino e São José, ambos de SP. Em 90, nada demais, turno único e mata-mata com 8 equipes. Caíram São José e Inter-SP.
A coisa parecia que ia andar, com 20 clubes e uma certa ordem respeitada. Sport e Atlético voltaram pra 91 e Grêmio e Vitória caíram para 92.
Em 92 Paysandu e Guarani jogaram a Série A, melhores na B-91. Ao final, caíram Náutico e Paysandu. Subiriam apenas Paraná e Vitória para 1993. Mas aí veio a primeira virada de mesa desde 1987: o Grêmio acabou a B em 9o lugar e a CBF decidiu subir 12 clubes!
Criciúma, Santa Cruz, Remo, América-MG, Fortaleza, União São João, Grêmio, Ceará, Desportiva Ferroviária (ES) e Coritiba foram beneficiados com a decisão da CBF de inchar a elite em 1993. Em contrapartida, Atlético, Goiás, Paraná e Vitória foram prejudicados com a decisão.
Isso pq a CBF tratou de blindar o rebaixamento dos tais 12 grandes, colocando-os nos grupos A e B, que não ofereciam queda; os 4 citados teriam direito de jogar nessas chaves, mas foram colocados nos grupos C e D, dos quais só 4 permaneceriam na elite para 1994.
Vitória (que seria vice-campeão em 93), Remo, Portuguesa, Paraná, Paysandu, Náutico, União SJ e Criciúma foram os sobreviventes. Caíram Ceará, Santa Cruz, Goiás, Fortaleza, América-MG, Atlético e Desportiva. Novamente, 24 clubes. Seis cairiam em 1994.
*Seis disputariam um torneio da Morte contra dois rebaixados, saindo de 24 para 22 em 1995 - e não seis rebaixados.
E então Vitória, Criciúma, União SJ e Cruzeiro escaparam. A Raposa, com campanha pior que o Remo, rebaixado com o Náutico. Subiram para 1995 o Juventude e o Goiás.
Em 1995, nada de excepcional. Caíram Paysandu e União São João e subiram Atlético e Coritiba para 1996. Mantidas as 24 equipes na A.
Mas aí chegou 1996 e o Tapetão voltou à cena. Fluminense e Bragantino seriam rebaixados, mas a CBF suspeitou de manipulação de resultados à partir de telefonemas de Ivens Mendes, dir. de árbitros, para cartolas. E anulou as quedas. Subiram União SJ e América-RN para a A-97.
Em 1997 foram 26 clubes na elite e caíram 4. Bahia, Criciúma, Fluminense - agora sem apelação - e União SJ foram rebaixados e jogaram a B-98. Subiram para a A-98: América-MG e Ponte Preta.
Em 98 tudo foi respeitado: caíram 4 de 24: América-MG, Goiás, Bragantino e América-RN. Subiram Gama-DF e Botafogo-SP para 1999.
Aí a CBF resolveu mudar o método do rebaixamento no meio do caminho, copiando a Argentina (AFA) e criando uma "média de pontuação" para definir quem cairia. O Botafogo seria rebaixado, mas ganhou os pontos do jogo contra o São Paulo, que escalou Sandro Hiroshi irregularmente.
Depois o CBJD foi modificado e acabou com a aberração de dar os pontos ao outro clube, punindo apenas o infrator (o que seria importante em 2013...), mas ali acabaram caindo Gama, Paraná, Juventude e Botafogo-SP.
Só que o Gama não aceitou a queda e procurou a Justiça Comum, que obrigou a CBF a incluir o clube de Brasília na A-2000. A CBF abriu mão de fazer o campeonato, o C13 abraçou, e a Justiça determinou que o Gama jogasse qualquer torneio A em 2000. E assim foi.
2000 chegou então com a Copa João Havelange, reconhecida depois pela CBF como Brasileirão. 116 clubes jogaram a competição em 4 módulos. O Paraná acabou jogando a "B" disfarçada e o Fluminense foi guindado da B para a A, assim como o Bahia, que estava na B 1999.
E em 2001 foram 28 clubes na A, com 4 rebaixamentos e 2 acessos. O projeto era chegar a 20 clubes novamente. Caíram Santa Cruz, América-MG, Botafogo-SP e Sport. Subiram Paysandu e Figueirense para 2002.
Em 02 a coisa andou normalmente. Foi o último campeonato com fase final em mata-mata. A Era dos Pontos Corridos começaria em 2003 com as quedas de Portuguesa, Palmeiras, Gama e Botafogo. Três equipes de tradição caíram e jogaram a B em 2003. Subiram Criciúma e Fortaleza.
De 2003 a 2013 tudo andou no script. Foram rebaixados neste período: VIT (3x), Coxa, FIG, FOR, GUA, NAU e VAS (2x), Américas MG e RN, Atléticos GO, MG e PR, Avaí, BAH, BAR, BRA, CEA, COR, GRE, IPA, Lusa, JEC, JUV, PAL, PAY, Paraná, PON, SCR, S.André e S.Caetano (Ufa).
Aí em 2013 teve o Caso Héverton. A Lusa escapou em campo, em que cairia o Fluminense. Mas o Flu escapou e, de quebra, tbm o Flamengo que tbm foi punido pelo uso irregular de André Santos. Caiu a Lusa, ficou a dupla Fla-Flu e ainda foram Vasco, Ponte e Náutico.
De 2013 pra cá, nenhuma outra grande queixa jurídica. Foram rebaixados: AMG, SCR, GOI, VIT, CRI, FIG, BAH, VAS, BOT e Internacional, que caiu pela 1a vez na história em 2016.
Restam intactos na elite, sem rebaixamentos: Cruzeiro, Flamengo, São Paulo, Santos e Chapecoense, que desde que subiu, nunca caiu. A dupla Sansão chegou a estar ausente da A em alguns anos, mas por conta do que explicamos na cabeça desse Thread.
O América em questão aqui é o Carioca.
