Ou
Moro vira ministro decorativo e perde, Bizonho melhora a imagem e ganha.
Ou
Moro derruba Bizonho.
O golpe 2016 se deu para "estancar a sangria". O motivo de existência do governo governo Temer é parar a Lava Jato. (Aliás, foder o trabalhador foi apenas a estratégia de atrair os tucanos para mim) O "centrão", para sustentar Bizonho vai botar essa exigência na mesa.
Por isto, Moro está em uma situação delicada. Porque apesar da promessa de "plenos poderes", se o "centrão" se alias com a esquerda pra derrubar o governo, eles derrubam. Bizonho precisa do apoio dele, como todos os presidentes da Nova República precisaram.
Então, para costurar o acordo, ele precisa reduzir os poderes de Moro e o transformar em um ministro decorativo. Se tiver sucesso, acabou Moro. Se fracassar, acabou Bizonho.
Claro, existe uma possibilidade de "meio termo", mas acho muito improvável.
Esse meio termo seria uma ação partidarizada de Moro-ministro, perseguindo só a esquerda. Acho improvável porque sou da tese do NPTO que a Lava Jato foi partidarizada, mas não tanto assim. O que acontece é que os acusados de direita conseguiram se proteger melhor.
(Inclusive, deram um golpe para se proteger mais)
Minha observação pessoal é que o partidarismo de Moro é dar penas maiores para a esquerda, o antilulismo e proteger os tucanos, mas ele não protege o "centrão". E é ele que importa no caso.
Aliás, um último comentário.
Moro é maior que o Bizonho, por isso é um ministro indemitível.
Ele fica até o final, até ir para o STF ou até ele derrubar o governo.
Demitir Moro, dentro do imaginário atual é dizer "Eu sou corrupto, e não é pouco".