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Sei que há um elevado número de pessoas que pensam diferente de mim e eu respeito a opinião de cada um, especialmente, dos meus eleitores, pessoas que depositaram em mim a confiança de que eu faria o melhor para o Brasil. 
E, neste momento, como em todos os momentos cruciais em que estive aqui dentro do Congresso, eu votarei com convicção de que o melhor para o país é não flexibilizar o porte e a posse de armas.
Eu também acho que a violência atingiu níveis absurdos, mas não é colocando mais armas nas ruas que vamos resolver esse problema. O dever de proteger o cidadão é do Estado, não se pode transferir essa responsabilidade para o cidadão.
Temos que investir em segurança pública, treinamento dos nossos policiais, inteligência e tecnologia. Essa é a minha opinião e da maioria dos brasileiros. Recente pesquisa do Ibope apontou que 73% da população é contrária a flexibilização do porte e da posse.
Eu até pensei, por algum tempo, em apoiar a flexibilização, mas quando li a íntegra do decreto, e percebi o alcance e impacto que isso teria, não pude mais concordar.
Se o Estado quer reduzir crimes e homicídios, ele precisa focar na apreensão de armas ilegais; identificar, julgar e prender quem usa arma para cometer crimes; controlar a corrupção policial; rastrear munições; reduzir o estoque de armas ilegais no mercado.
Além de todos os argumentos acima, ainda há o definitivo, conforme apontou o Ministério Público Federal: o decreto altera “o regime jurídico da compra, posse e registro de armas” e invade “a competência legislativa do Parlamento”, portanto é inconstitucional.
