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Sobre estratégias de desenvolvimento. No setor automobilístico, o Brasil atraiu montadoras estrangeiras para construir sua cadeia de fornecimento. O México abriu a economia para se integrar às cadeias globais. A China exigiu JVs com empresas nacionais e mirou nos elétricos (1/9)
Alguns dos maiores desafios de quem depende de investimento externo são: convencer as multinacionais a (i) realizarem P&D e a (ii) exportarem a partir de suas filiais, e (iii) criar ligações com a economia local. O Brasil foi (parcialmente) bem-sucedido apenas no (iii)
A abertura comercial buscaria, essencialmente, aumentar a competitividade por meio da importação menos custosa de insumos para exportar mais. Se as experiências do México e da China servirem de parâmetro, nada garante que sairemos melhores do que entramos
Segundo @pmorceiro, o coeficiente importado da indústria automobilística da China foi de apenas 5% em 2013/2014. O 2ª maior produtor EUA teve 27%, não muito acima do Brasil com 22%. O 3º maior produtor Japão apresentou apenas 10% de coeficiente importado. O México teve 56%.
A integração mexicana aos EUA aumentou suas exportações de carros ao mercado vizinho. Porém, a principal atividade exercida naquele país é a de montagem, de baixo valor adicionado, baixo P&D, baixos encadeamentos domésticos e que é competitiva via compressão dos salários
A China exigiu até 2018 joint-ventures com no máximo 50% de participação estrangeira para acessar o seu imenso mercado. Rotulada como transferência forçada de tecnologia pelos EUA, a estratégia parece estar surtindo efeito. Desde 2008, é a maior produtora mundial de carros
Porém, seu maior acerto foi ter se preparado para os veículos elétricos (EVs). Enquanto seus concorrentes lutam para superar a dependência da rota tecnológica dos motores de combustão interna, a China já desenvolveu uma cadeia doméstica de baterias e EVs bloomberg.com/features/2019-…
A BMW, por exemplo, vai produzir seu X3 elétrico na China não para extrair o máximo da mão da obra barata, mas para usufruir da capacidade produtiva de ponta desenvolvida com apoio crucial do Estado chinês e utilizar o país como plataforma de exportação ft.com/content/e2a6ca…
No Brasil, a BMW decidiu produzir no país para driblar o IPI de 30% sobre os importados, mas não gerou ligações locais e não exportou. Com a abertura, como o país pretende convencer as multinacionais a se enraizarem no país e, com isso, evitar o caminho maquilador mexicano?
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