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O CERCO
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Como o laranjal do PSL levou à crise que encurrala Gustavo Bebianno, ministro de Bolsonaro e presidente do partido à época das eleições.

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Arte: Ariel Severino
Gustavo Bebianno Rocha, 55, advogado, levou quase dois anos para conquistar a confiança de Jair Bolsonaro, de quem era, nas eleições, “fiel escudeiro” e “fã”.

bit.ly/2GFPACM

📷 Mauro Pimentel/AFP
Embora seja definido por amigos do curso de direito como alguém sem muito destaque na área jurídica, foi com essa formação que Bebianno conquistou Bolsonaro. O advogado teve papel crucial na entrada do ex-deputado no PSL.

bit.ly/2GFPACM

📷Sérgio Moraes/Reuters
Na corrida eleitoral, Bebianno, presidente em exercício do PSL, se apresentava como um “faz tudo”: controlava a arrecadação e os gastos, definia estratégias jurídicas, a agenda e até o contato de Bolsonaro com a imprensa.

bit.ly/2GFPACM

📷 Bruno Rocha/Agência O Globo
A influência de Bebianno sempre incomodou muita gente no entorno de Bolsonaro, que atuava para reduzir seu protagonismo. Isso era evidente até mesmo na reta final da campanha.

bit.ly/2E9MHbF

📷Bruno Rocha/Agência O Globo
Após a eleição, em 5 de novembro, Bolsonaro escolheu sua equipe de transição. Fazia parte dela:

GUSTAVO BEBIANNO ROCHA
Advogado e ex-presidente do PSL
Salário: R$ 16.215,22

bit.ly/2N1LA0z

📷Evaristo Sá/AFP
Precisou-se criar um cargo de secretário-geral para acomodar Bebianno num posto de comando da transição. Ele já era cotado para algum cargo como ministro ou chefe de gabinete no governo Bolsonaro.

bit.ly/2UVyXXt

📷 Eduardo Anizelli/Folhapress
Em 12/11, o coordenador do governo de transição, Onyx Lorenzoni, anunciou Bebianno como “futuro ministro” da Secretaria-Geral. A confirmação por Bolsonaro só veio em 21/11, quando boa parte do ministério estava definida.

bit.ly/2X1P0F6

📷 Eduardo Anizelli/Folhapress
Depois de eleger Bolsonaro, o PSL teria um desafio gigante pela frente: deixaria de ser um partido nanico e inexpressivo para virar o mais novo rico da política brasileira com um fundo partidário de mais de R$ 110 milhões.

bit.ly/2tmgyHK

📷Reprodução
Esse desafio de gerenciar o dinheiro ganhou ares ainda mais dramáticos quando a Folha revelou que o ministro do Turismo de Bolsonaro, Marcelo Álvaro Antônio, do PSL, criou candidatas laranjas para desviar recursos na eleição.

bit.ly/2E9PIbZ

📷 Jake Spring/Reuters
O laranjal iria crescer seis dias depois quando a Folha mostrou que o PSL criou outra candidata laranja, essa em Pernambuco, para usar verba pública de R$ 400 mil.

bit.ly/2BBgVCA

Arte: Folhapress
Em comum às candidaturas laranjas, alta soma de dinheiro recebida às vésperas da eleição, candidatas com pouquíssimos votos, sem sinal de atos de campanha e com uso de verbas em locais inexistentes ou de parentes e amigos.

bit.ly/2N8MVTm

📷João Valadares/Folhapress
A revelação das candidatas laranjas constrangeu o PSL e o governo. Começava ali a se fechar o cerco a Bebianno, responsável formal por liberar a verba para a candidata de Pernambuco.

bit.ly/2tjQdd4

📷Evaristo Sá/AFP
Bebianno negou ser o responsável pela decisão, contrariando o atual presidente do PSL, Luciano Bivar. A candidatura de Maria de Lourdes Paixão virou alvo da Polícia Federal, Procuradoria e Polícia Civil.

bit.ly/2BBYEVI

📷 Clara Gouveia/UOL
Bebianno tentou falar com Bolsonaro, mas não foi atendido. O presidente demonstrou irritação e quer uma solução rápida para o episódio. Ele fez o ministro cancelar agendas, aumentando a pressão para que Bebianno saia do governo.

bit.ly/2TMdCja

📷 Mauro Pimentel/AFP
O impasse ganhou contornos de crise na tarde desta quarta-feira (13), quando Carlos Bolsonaro, aqui no Twitter, afirmou, em alto e bom som, que Bebianno mentiu ao dizer que teria falado com Jair Bolsonaro três vezes na terça.

bit.ly/2TNIBLR

📷 Sergio Lima/AFP
A relação do 03 com Bebianno sempre foi conflituosa --eles travam batalha desde a campanha. Carlos mostrou-se irritado com a escolha de Bebianno como ministro, que por sua vez criticou o filho do presidente em algumas ocasiões.

bit.ly/2tkEj2I

📷 Sergio Lima/AFP
Recuperado da cirurgia, Bolsonaro voltou a Brasília nesta quarta. Ele esperava aterrissar na capital federal com Bebianno já demitido.

bit.ly/2GJ4xUv

📷 Eduardo Anizelli/Folhapress
A questão em aberto agora é qual será o futuro do ministro. Pelo acirramento da crise, deve-se resolver em questão de horas ou dias. Façam suas apostas.
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