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Enquanto eu almoçava, estava passando Sai de Baixo na TV do restaurante. Fiquei refletindo que hoje em dia esse tipo de humor não tem mais espaço e tentando imaginar o motivo além daquele já conhecido: o politicamente correto. Mas pq essa transformação se deu tão rápido?
A resposta veio rápido na minha cabeça: as mídias sociais. Foram elas que ajudaram a pavimentar o politicamente correto. Em 1996, quando Caco Antibes era "machista" ou "ofendia pobres", o único jeito de um ofendidinho se manifestar era enviando carta pra Globo.
As mídias sociais possibilitaram que os diferentes nichos de ofendidos pudessem se aglomerar e criar campanhas de repúdio contra artistas de forma quase imediata Hoje em dia, um roteiro mal escrito geraria imediatamente uma hashtag #CacoAntibesMachista.
A esquerda progressista saiu na frente, porque sempre foram campeões em mobilização e ativismo, enquanto as pessoas comuns ficavam caladas assistindo aquele fenômeno de histeria e chilique. Criou-se a impressão que a hashtag levantada no twitter era a opinião popular.
O povo comum demorou a entender o fenômeno e a direita começou a reagir e se organizar - é daí que vem a tal 'onda conservadora' que apavora o progressismo de botequim. Essas pessoas (MAIORIA) sempre existiram, mas não estavam engajadas ou organizadas. Sequer entendiam o cenário.
E daí o humor e a arte, que já estavam adaptados às pressões de rede social e criaram representatividade até para os japoneses mancos caolhos e gagos da Indonésia, precisam encarar recentemente a reação de quem não aguenta mais o monte de bobagem que esses grupos impuseram.
A expectativa é que agora, com a existência da militância mais conservadora e liberal - que finalmente entendeu o jogo, exista novamente um equilíbrio nas artes de maneira geral. A mídia também precisa entender que gritaria de twitter não é pensamento dominante.
Resumindo: as mídias sociais foram a doença que, devido ao pioneirismo militante da esquerda, delimitou a cultura. Felizmente, com a organização do pensamento conservador e liberal, também podem ser a cura. Na torcida!
