,
23 tweets,
7 min read
Read on Twitter
Vou revelar uma história bombástica que envolve os goleiros Becker, Muriel e Alisson. Ainda estou atônito por descobrir a verdade, mas não posso mais segurar comigo. Pegue uma pipoca, um desfibrilador e segue o fio: 
O pequeno menino Muriel, aos quatro anos de idade, já demonstrava desenvoltura com as mãos, ao saltar na sala de casa buscando bolas de meia no lado inverso do sofá. A família logo percebeu que o menino tinha potencial e no ano seguinte ele ingressou em uma escolinha de futsal.
Aos cinco anos era destaque do time da cidade. Mais forte e rápido que os meninos da sua idade, pouco a pouco consolidava-se como uma grande promessa de Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul. Chegou a jogar no Sub-7 e Sub-8, mesmo com idade bem abaixo.
Foi jogando um campeonato local que conheceu um empresário egípcio que estava montando uma equipe em Minas Gerais. Abdul Khalafi tornaria-se importante para a família Becker. Por caminhos tortos, que serão contados a seguir.
O time de NH jogaria um campeonato praiano com reforço de alguns atletas de Khalafi. Àquela altura, havia a orientação de submeter os meninos a testes sanguíneos para certificar-se que não havia nenhum problema. Passariam uma semana distante da família. Khalafi providenciou tudo.
E aí começou o problema. O empresário egípcio fez os testes em uma clínica clandestina. Extraiu amostras de DNA de alguns meninos, levando-as para uma equipe de cientistas que fazia testes com quimerismo genético, num laboratório no Cairo, Egito. Evidentemente, clandestino.
O quimerismo é um tipo de mutação genética que acontece quando uma pessoa carrega mais de um tipo de DNA no seu organismo. Esses testes científicos, embora incipientes no mundo, criavam seres híbridos, com uma base genética humana e traços de DNA animal.
Houve testes com o DNA de três meninos e o que melhor correspondeu foi o de Muriel. O empresário egípcio, então, ficou obcecado por criar um goleiro perfeito. Houve, portanto, uma fusão do DNA do menino com o de alguns animais. E não foi uma escolha aleatória.
Na década de 80, uma revista britânica publicou uma reportagem com o goleiro Dino Zoff, campeão do Mundo com a Itália, fazendo uma analogia das suas aptidões técnicas com as características de animais: a ecolocalização de um golfinho, agilidade de um guepardo, visão de um falcão.
Foi o suficiente para os cientistas utilizarem a base de DNA de três animais para uma fusão com o DNA de Muriel. Um golfinho, que se caracteriza pela ecolocalização, buscando um posicionamento perfeito, um guepardo, pela agilidade, aprimorando a velocidade para um goleiro.
Na falta de um falcão, os cientistas utilizaram a base de DNA de um abutre-de-rüppel, o pássaro que voa mais alto no mundo, podendo alcançar 11 mil metros. A ideia era dar destreza e “asas”, além de uma visão apurada ao futuro ser híbrido, que poderia vir a se tornar um goleiro.
Por maiores que fossem as limitações científicas em 1992, o experimento deu certo. Estava sendo criado em laboratório o primeiro ser humano híbrido do mundo, baseado no quimerismo, com a base de DNA de Muriel e traços genéticos de golfinho, guepardo e o abutre-de-ruppel.
No entanto, havia um cientista uruguaio na equipe que estava contrariado. Queria apenas seguir nos testes. Achava arriscado e antiético dar sequência sem a ciência da família. Manuel Puentin viajou até o Rio Grande do Sul no verão de 1992 e revelou o segredo para a família.
O cientista indicou onde estaria o menino e a família conseguiu localizá-lo em Alexandria. E ficaram pasmos com a semelhança com Muriel. Khalafi escapou. Fizeram um acordo com o laboratório. Ficariam com o menino e não os denunciariam, afinal, o bebê levava o sangue dos Becker.
Pensaram em, sequer, apresentar uma bola ao pequeno Alisson. Tinham medo de levantar suspeitas. Mas a natureza foi mais forte. O irmão, seis anos mais novo que Muriel, o acompanhava em todos jogos. Com seis anos, estava muito claro q não tinha volta: Alisson também seria goleiro
Muriel ingressou no Inter e levou o irmão junto. Muriel, um goleiro humano, com falhas e deficiências como qualquer outro. Alisson, com as características naturais de um goleiro, mas visão, agilidade e posicionamento geneticamente alterados. Logo, começou a se destacar
Em 2018 a verdade quase veio à tona em uma entrevista de Alisson Becker ao The Players Tribune (que pode ser lido na íntegra aqui: theplayerstribune.com/en-us/articles…). Algumas frases do goleiro chamaram a atenção, tais como:
“Foi na verdade por causa dele que eu fui jogar no gol. Algumas pessoas dizem que eu sempre fui obrigado a ser goleiro. O verdadeiro motivo que me fez jogar no gol foi meu irmão”. Com 13 anos Muriel descobriu a verdade. E passou a ser o grande tutor do irmão.
O problema do quimerismo é que a maturação física não é a mesma dos demais humanos. Pode demorar, retardar ou até mesmo criar assimetrias. Alisson era um craque no gol com 13, 14 anos, mas não crescia. E ele revela isso nessa parte da entrevista:
A sua maturação chegou aos 16 anos, quando, como o desabrochar de uma flor, Alisson se tornou o que o laboratório egípcio esperava: um goleiro perfeito. E ele cita isso na entrevista. Em um ano, aumentou quase 20cm. As pessoas começaram a desconfiar e a família entrou em pânico.
O Inter fazia testes sanguíneos com mais frequência no garoto e notou que haviam alguns elementos genéticos raros. O ano era 2014 e Alisson já estava com 22 anos. Muriel sabia que não havia mais tempo para esperar. Em um dado momento Abel sacou Dida dando chance a Muriel.
Muriel forçou uma lesão e acabou saindo durante o jogo. Sabia que Dida, contestado, não voltaria. De fato, Alisson, de terceiro goleiro, abocanhou a posição e se tornou o melhor goleiro do Brasil meses depois. O que acontece após isso é história. E todos conhecem.
Pessoal, só pra esclarecer quem não é nativo do Twitter, é claro que é uma brincadeira. Mais do que isso, uma homenagem ao ídolo @Alissonbecker, que não tem mutação de DNA, mas é um monstro. É minha forma de dizer: tu é tão foda que nem parece humano.
