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O Brasil tem uma rica história socialista e comunista. Esse fio vai focar no Paulo Freire, o grande filósofo e pedagogo. 
Freire nasceu em 1921 em Recife (Pernambuco, Brasil), mas se relocou para Jaboatão dos Guararapes com sua família para economizar dinheiro durante a Grande Depressão. Ele passava a maioria do seu tempo jogando futebol com outras crianças pobres.
Essas experiências afetaram o Paulo e os inspirou a desenvolver seu trabalho na filosofia e pedagogia. Ele argumentava que a pobreza e fome tem grande efeitos na capacidade de aprender.
Como que uma criança pobre, quem não sabe de onde vem sua próxima refeição, vai aprender sobre gramática ou geometria?
“Eu não entendia nada por causa da minha fome. Não era burrice. Não era falta de interesse. Minha condição social fez minha educação impossível. Minha experiência revelou de novo a relação entre classe social e sabedoria"
Paulo se tornou advogado, mas nunca praticou a profissão. Em vez de advogado, ele se tornou um professor de português do ensino médio. Ele acabou virando diretor do Departamento de Educação e Cultura do Serviço Social de Pernambuco, onde trabalhou com pessoas pobres e analfabetas
Em 1962, ele desenvolveu um programa para ensinar 300 cortadores de cana a ler e escrever em 45 dias. O programa foi um sucesso e foi expandido. Porém, a ditadura, que foi suportada pelos Estados Unidos, terminou o programa quando estavam ganhando poder sobre o país em 1964.
Depois de sua prisão, ele fugiu e morou pela América Latina. Enquanto morava no Chile e trabalhava pelo Movimento Católico Democrata para Reformas Agrárias, ele publicou sua obra mais importante: “Pedagogia do Oprimido”.
O primeiro capitulo da sua redação contém uma análise da relação entre os oprimidos e os opressores, justificação por uma pedagogia do oprimido, e como a liberdade dessa opressão não é um presente ou uma conquista pessoal, mas um processo comunitário.
O segundo capítulo explica e critica o modelo “bancário” da educação, onde alunos são recipientes vazios prontos para se encherem de sabedoria. Alternativamente, ele propõe um processo de educação mútua, o descobrimento da nossa incompletude, e a luta mútua para nos completar.
O terceiro capítulo explica a teoria dialógica como “a essência da educação e da prática da liberdade”. Não só lendo matérias e história mas analisando a relação humana e do mundo para entender seu contexto e implicações.
No capítulo final ele faz um contraste entre o dialógico e anti-dialógico como instrumentos da liberdade e opressão. Ele analisa a educação capitalista e suas caraterísticas primárias: “conquista, dividir para reinar, manipulação, e invasão cultural.”
As obras de Paulo Freire contribuíram para o desenvolvimento de movimentos na América Latina como a teologia da libertação (um fio futuro) e a educação popular.
O Projeto Para Educação Adulta, a Escócia, foi baseado no seu trabalho. Suas ideias foram cruciais para o Movimento da Consciência Negra na África do Sul.
Finalmente, Paulo foi um católico devoto. Parece uma contradição? Assiste o Paulo explicar sua posição:
O Paulo define a educação como um dos instrumentos mais importantes para a liberdade da população. Sua análise, críticas e teorias sua fundamentares para entender como e porquê nós aprendemos e ensinam aos outros.
A LSA está cometida a uma educação socialista liberatória e horizontal graças ao Paulo Freire.
