,
8 tweets,
2 min read
Read on Twitter
1. Uma das grandes drogas do cientificismo "deidificante" da linguagem lógica como pilar do conhecimento e verdade e não como uma mera ferramenta dos esquemas de relações possíveis esvaziadas entre coisas, é a incapacidade de tratar os entes reais antes de serem objetos lógicos.
2. Como as capacidades poética, literária, imaginativa e associativa entre a linguagem e a veracidade do mundo são precárias, ficam prejudicadas as aptidões para sair de lógicas rasas e lineares — que só têm sentido cheias de recortes simplificadores — até às estruturas do real.
3. Um bom exemplo disso são as narrativas simplórias usadas pelas Esquerdas para aumentar o controle estatal sobre as pessoas. Por exemplo, a lógica do desarmamento: "Armas 'matam', logo se tivermos menos armas disponíveis menor será o número de assassinatos". Algo muito pueril.
4. Esta lógica interna tem sentido, mas só se ficar dentro de seu próprio esquema enunciativo. Agora, transpondo para o mundo real, não se sustenta diante de um número inabarcável de aspectos e contingências. E a premissa já parte de uma falácia metonímica grave: armas não matam.
5. Pessoas matam. Armas são meios, instrumentos utilizados por agentes (humanos) para um determinado fim (bom [legítima defesa] e mau [homicídio]). E depois surgem outras perguntas: quem vai controlar as armas? O Estado e os criminosos que não ligam para as leis? Onde deu certo?
6. O quanto isso já não funcionou com a experiência do Referendo de 2005? Que moral tem um Estado que se deixa encher de facções criminosas armadas até os dentes e que entrega anualmente cerca de 60 mil homicídios por ano (maioria por armas de fogo) como resposta de seu controle?
7. Isso sem falar nos outros crimes como assaltos, estupros, seqüestros, extorsões que são cometidos se valendo de uma arma de fogo. Por que é que, antes deste desarmamento da população civil, irresponsável e criminoso — em que não vivíamos um "faroeste" —, se tinha menos crimes?
8. Tudo isso e demais preocupações, debates e leis babacas ("fake news", "Amazônia em chamas" e outros) ocorrem pois há, além do mal oriundo da corrupção moral pelas ideologias esquerdistas por anos, este império da lógica oca, tosca e inculta, sem aporte intelectual e cognitivo.
