Thread by @rosana

Amiga, amigo:
permita-me fazer aquele papel de 'tia velha' que dá conselho, pois, tia velha.
há 10 anos a gente não falava em saúde mental. não se importava, porque não entendia, não sabia, não conhecia.
muita gente que não entende (ou não sabe, como as crianças pequenas),

o 'louco' engraçado. o 'louco', o 'diferente', sempre foi alvo de zombaria e até de crueldade. aquela imagem clássica dos meninos na pracinha zoando o maluco de rua que fala sozinho e xinga todo mundo.
Pois bem, o ano dd 2020 se aproxima e, embora não pareça, estamos no século

XXI.
Tudo isso pra sugerir que você, eu, todo mundo reveja esse conceito de 'achar engraçado zoar de gente que tem problema de saúde mental', diagnosticado inclusive.
Da mesma forma que a gente abriu mão de muita bobagem que dizia, de muita brincadeira que fazia, porque não

tinha consciência (piadas horrorosas claramente racistas, homofóbicas, gordofóbicas, preconceituosas de forma geral) poderíamos nos sensibilizar com todas as pessoas que realmente sofrem de doença mental, com diagnóstico, que tomam medicação, que se tratam e não usá-las como mero

entretenimento pessoal. Isso tem nome, é perversão, é usar sofrimento do outro para seu deleite pessoal.
Assim, essa tia-velha que sempre tentou aprender e melhorar, vos diz:
- sugerir pessoas com doenças mentais para reality shows não é engraçado, é cruel.
Bom dia.