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Em 1997, membros do Greenpeace foram presos ao protestar em Santarém, mesma cidade onde ambientalistas foram detidos na 3ª

Ao cobrir aquele episódio, a Folha ouviu o dono de uma madeireira crítico à ONG. Chamava-se Alexandre Rizzo, O MESMO NOME do juiz que prendeu os brigadistas
Há dois dias questiono o juiz Alexandre Rizzo se ele é ou tem parentesco com o madeireiro citado na reportagem de 97. Um assessor me disse que lhe repassou o questionamento, mas ele não quis responder. A madeireira deixou de operar há vários anos
Cito essa historinha nesta matéria sobre as disputas que há décadas opõem poderosas famílias de Santarém a ONGs e ambientalistas. A briga aumentou nos últimos anos conforme o turismo cresceu na região, impulsionado por visitantes de SP bbc.com/portuguese/bra…
Os brigadistas presos integram uma turma que defende um turismo de menor escala, que não desfigure Alter do Chão e dialogue com comunidades tradicionais. Já empresários e o setor imobiliário querem erguer resorts e transformar a vila numa “nova Fortaleza ou Florianópolis”
Em 2017, empresários tentaram articular uma mudança legislativa pra permitir a construção de prédios em Alter. Movimentos sociais conseguiram barrá-los. A prisão dos brigadistas se deu nesse contexto

O @jppitombo explicou um pouco dessa treta aqui www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/…
*o juiz e o madeireiro citado na reportagem se chamam Alexandre Rizzi, e não Rizzo
NOVIDADES:

O juiz Alexandre Rizzi, responsável pelo caso dos brigadistas em Santarém, confirmou que era ele mesmo o representante de uma madeireira citado em matéria da Folha em 97. A matéria descrevia uma ação do Greenpeace que também resultou na prisão ativistas em Santarém
Recapitulo:

Citado pela Folha como dono de uma madeireira, Rizzi viu um protesto que o Greenpeace fez em Santarém contra o desmatamento

"Toda essa madeira é fiscalizada rigorosamente (...), essa manifestação é ridícula", ele disse à Folha na ocasião www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/10/28…
Segundo a Folha, a madeireira de Rizzi se chamava Maderize - empresa sobre a qual não havia qualquer registro na internet.

Porém, graças à @anarina, descobri que o nome correto era Maderizzi - esta, sim, presente em alguns cadastros

A madeireira não está mais ativa
Há registros de processos judiciais em que Alexandre Rizzi atuou como advogado da madeireira que pertencia a sua família. Abaixo o cadastro dele como advogado na OAB do Pará
Questionado sobre o vínculo c/ a madeireira citado pela Foha, Rizzi disse que "apenas dei minha opinião aos 20 anos de idade acerca de um fato que presenciei"

E ainda: "nunca tive conflito com nenhuma organização" e "continuarei firme e pronto para julgar quem quer que seja"
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