Tudo tem dois ou mais lados, mas a decisão do presidente Bolsonaro de impedir um corte nos incentivos prejudica a maioria esmagadora dos consumidores de energia (inclusive pobres).
Venha comigo, sem preguiça 💡☀️👇
Energia é o "mix" do que ela compra nos leilões (geração hídrica, de térmicas, eólicas...).
Rede é o custo de fiação, postes, subestações, cabeamento subterrâneo. Tudo até chegar às casas, lojas, escritórios.
Mas continua usufruindo da rede: tanto que entrega para a distribuidora energia gerada no teto de casa. Essa "microgeração" gera créditos e um abatimento na tarifa de energia.
Foi um belo e justo incentivo, como deve sempre haver, para a entrada de novas tecnologias em qualquer setor.
Já existem cerca de 2 mil megawatts instalados.
PORÉM...
Para cada casão a mais com geração solar, é um a menos que sobra para ratear a conta toda. Pobre não tem placa no teto.
Quem paga? A gente!
Quanto? Até 2035, se nada for feito, R$ 34 BILHÕES!!!
Para quem já tem placas solares, não muda nada até 2030.
Para quem está entrando, nada muda até se chegar ao acumulado de 4,7 mil megawatts totais.
Quando isso for alcançado, perde-se a gratuidade da rede.
Mas alto lá: sem mudanças, o retorno sobre o investimento seria de 20% ao ano. Lembra que o juro baixou para 4,5%/ano?!
Quer uma prova?
No leilão de outubto/19, foram negociados 530 MW de geração solar por R$ 85/megawatt-hora.
Eólica = uns R$ 100-120/MWh
Hidrelétrica = 150-180
Gás = 200-300-400
Óleo = + 800
Já se gera energia solar muito barata, que pode ser contratada via leilões, sem subsídios. O empresário monta um parque solar no Nordeste e vende a energia.
Instalar painel solar no teto de casa já foi coisa inovadora, de quem queria ser sustentável. Hoje é conversa de bacana que quer pagar menos onerando os outros.
Isso não é defender monopólio das distribuidoras. Pode-se abrir mercado (consumidor livre), baixar taxas de retorno, "n" coisas.