Seria progressista se o termo realmente derivasse duma noção minimamente sã e racional de progresso. Chamam política identitária segregacionista de progresso. É regresso. Chamam moto-perpétuo econômico (Estado, que depende de todos, sustentando a todos) de avanço. É marcha à ré.
Progresso é defender a aproximação da verdade pela investigação diligente em qualquer área. Em vez disso, parte da esquerda pariu o pós-modernismo relativista, em que não se pode criticar apedrejamento de adúlteras nem mutilação genital, pois isso seria "imperialismo" e opressão.
Progresso é defender que gente estigmatizada por preconceito desfrute das mesmas liberdades e responsabilidades de qualquer outro indivíduo numa sociedade livre. Em vez disso, os "progressistas" defendem o ciclo da revanche e o suicídio das minorias enfrentando as maiorias.
Progresso é entender que a empreitada humana nasce na escassez, não no paraíso de rios de leite e mel, que devemos tomar responsabilidade pela nossa prosperidade em nível individual, sem cargas tributárias que arrocham mães solteiras para pagar pela pensão de estupradores.
Enfim, progresso é também tentar se livrar das amarras do tribalismo, uma herança infeliz da nossa origem humilde como animais, que é o principal instinto que explica as tribos políticas, não importa o quanto vociferem que sua preocupação real é o progresso. Não é. Nunca foi.
