[Questão de princípios]
Tem gente que diz que luta contra o preconceito.
Que convence aos outros de que luta contra o preconceito.
Às vezes, que até acredita sinceramente que luta contra o preconceito.
Mas não luta.
Tem gente que diz que luta contra o preconceito.
Que convence aos outros de que luta contra o preconceito.
Às vezes, que até acredita sinceramente que luta contra o preconceito.
Mas não luta.
Porque ser contra o preconceito, pra essa pessoa, não é uma questão de princípios. É apenas um meio pra atingir outros objetivos. Elas não discordam do preconceito porque são contra o preconceito em si... elas apenas discordam DOS MOTIVOS do preconceito, em alguns casos.
É fácil identificar esse tipo de pessoa.
Por exemplo, se alguém diz que baianos são preguiçosos, ela vai ficar enfurecida, indignada, revoltada com tamanha demonstração de preconceito e "xenofobia".
Por exemplo, se alguém diz que baianos são preguiçosos, ela vai ficar enfurecida, indignada, revoltada com tamanha demonstração de preconceito e "xenofobia".
Por outro lado, se alguém diz que paulistas são babacas ou que gaúchos são nazistas, a pessoa não vai demonstrar nenhuma indignação - pelo contrário, possivelmente vai até apoiar o discurso.
Se um pardo mais escurinho ouve uma piada de "cabelo ruim", a pessoa vai ficar revoltada com a demonstração de racismo...
... mas se um pardo mais clarinho tiver a vaga negada na universidade porque um tribunal racial oficializado pelo Estado decidiu que ele não é "negro o suficiente", a pessoa vai considerar isso completamente racional e aceitável.
Porque ser contra o preconceito não é uma questão de princípios pra ela. Se o preconceito for útil ao seu projeto de engenharia social, ela ficará feliz em abraçá-lo como ferramenta.
