O bolsonarismo está em polvorosa convocando para 15 de março um ato de apoio ao presidente. A convocação acontece depois que um áudio vazado do General Heleno diz que Bolsonaro não deve ceder a chantagens do Congresso e que precisa convocar o povo nas ruas. (segue)
Os materiais de convocação são diversos, mas enfatizam o orçamentário impositivo aprovado pelo Congresso (inclusive com votos do governo), a má vontade do Congresso em aprovar a prisão em segunda instância e muitas críticas difusas ao Congresso, à imprensa e ao STF. (segue)
A falta de foco é curiosa: reafirma o caráter antissistêmico do bolsonarismo, sendo de maneira imprecisa contra legislativo, judiciário e imprensa. Como ser governo e ao mesmo tempo antissistema? Fazendo parecer que mudanças não acontecem porque o establishment impede. (segue)
Ser governo contra o sistema é antagonizar com contrapesos da democracia liberal, é dizer que instituições atrapalham. Quando o presidente em pessoa passa a convocar, o problema ganha outra dimensão. Se instituições atrapalham, precisam o que? Se dobrar? Serem domadas? Extintas?
