E - infelizmente - vai continuar assim enquanto ficarmos acreditando que desenvolvimento é dar subsídio pra indústria.
O Brasil tem que ser mais Nova York e menos Detroit. Eu explico. Segue meu desenvolvimentista.
Naquela época, os custos do transporte e do comércio começaram a cair absurdamente. Como a Terra era cara e o transporte estava mais barato, fazia mais sentido as fábricas ficarem afastadas das cidades.
As "fábricas das grandes cidades" não eram mais competitivas, pois perdiam de fábricas mais distantes que produziam de maneira mais barata.
As "fábricas das grandes cidades" foram fechando...
E as cidades que dependiam dessas fábricas, como Detroit que era o centro das montadoras de automóveis, e Nova York sofreram bastante esse impacto.
Detroit resistiu e disse "NÃO! Ninguém solta a mão de ninguém". Gastou bilhões em subsídios para montadores e investiu o que pode pra manter a velha indústria na cidade.
Resolveu combater o crime, a corrupção, melhorar ambiente de negócios e estimular o surgimento de Universidades.
Nova York é o que vemos hoje. Descobriu uma nova vocação. Um centro empreendedor, financeiro, com pouca violência, bom ambiente de negócios e muito focado em serviços e educação.
A cidade tinha 1,8 milhões de pessoas em 1950 e hoje apenas 670 mil.
Vale relembrar esses dois casos. A mentalidade de alguns políticos e alguns economistas é a mesma de Detroit. Acreditam que desenvolvimento é dar subsídio pra indústria, e que Made in Brazil é o que nos tornará rico.
Enquanto isso, deixam a lição de casa de lado: tornar o país mais amigável aos negócios, tornar o sistema tributário mais simples e sem mudar as regras do jogo no meio do campeonato.