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🧙‍♂️ | Breve THREAD sobre Individualismo, subjetivismo e racionalidade. |

POR: O MAGO LIBERTÁRIO.

• INDIVIDUALISMO METODOLÓGICO.

A única e real unidade de análise são os indivíduos. Apenas o indivíduo possui uma mente; apenas o indivíduo pode sentir, ver, realizar e entender;
Apenas o indivíduo pode adotar valores e fazer escolhas; apenas o indivíduo pode agir.

Grupos, nações e estados não agem realmente; eles são apenas construções metafóricas utilizadas para descrever as ações similares ou conjuntas de indivíduos.
Esses entes coletivos não têm interesses, não têm vontades.

Levando essa ideia às extremas consequências, os entes coletivos não existem realmente. São sempre e só a aglomeração de indivíduos diferentes.
Quando os membros de um determinado grupo alteram-se, os interesses e as ações podem mudar. Isso é o individualismo metodológico. Usar termos coletivos pode ajudar e acelerar o discurso, mas também carrega possíveis falácias.
Não se pode, portanto, afirmar que “a sociedade fez isso ou aquilo”, que “a estratégia do partido é x”, que “o objetivo do estado é o bem comum", que “a intenção da lei é x”, o “interesse nacional”, etc.
Todas estas são expressões figurativas, metáforas, figuras de linguagem, úteis para tornar mais rápida a conversa, mas errada do ponto de vista descritivo-científico.

É claro que as pessoas se unem em grupos com objetivos comuns (partidos, movimentos, etc.).
Nesses casos, eles têm, sim, um ou mais objetivos em comum, mas também objetivos diversos. Todos os membros de um partido, por exemplo, querem obter um bom resultado eleitoral, mas alguém para virar presidente,
alguém para virar ministro, alguém para ganhar poder, outros...
por dinheiro, alguns gostam da notoriedade, alguns para sinceramente fazer “o bem comum” e outros para controlar e oprimir os demais. Quando as pessoas se unem em grupos, são elas a atribuir objetivos ao grupo, e não o oposto.
Senão, cai-se no que Mises chamava “fábula da comunhão mística”, deslocando a vontade e o interesse dos indivíduos para entes coletivos abstratos.
• SUBJETIVISMO.

Desde a Revolução Marginalista de Jevons, Menger e Walras, de 1871, há um consenso quase unânime que o valor é subjetivo (só os marxistas ignoram essa descoberta). O valor dos bens, das coisas, dos serviços não é uma característica objetiva intrínseca ao objeto
É o indivíduo que atribui certo valor às coisas. Obviamente isso muda de pessoa para pessoa. Em política, o valor que
se atribui ao voto, às abstenções, à participação política de forma geral, ao lobismo, às doações e ao financiamento aos partidos, à candidatura, à manutenção...
do poder, à provisão de bens e serviços é sempre e totalmente subjetivo. Comparações interpessoais entre diferentes valores de diferentes pessoas são cientificamente impossíveis e politicamente perigosas.
Na explicação dos fenômenos temos de voltar para o julgamento e escolhas feitas por indivíduos, com base em todo o conhecimento que têm ou acreditam ter e quaisquer que sejam as expectativas que tenham sobre acontecimentos externos e, sobretudo, as consequências das ações.
• RACIONALIDADE.

Nessa ótica, os austríacos usam uma abordagem fortemente subjetivista. Por exemplo, no grande debate sobre a racionalidade existem três posições:

i) o homem é irracional

ii) racionalidade perfeita

iii) racionalidade limitada
A Escola Austríaca se baseia na ideia de racionalidade imperfeita, racionalidade do meio.

Falar que determinado fim seja racional ou irracional (ex., votar ou se abster) é cientificamente impossível. As pessoas escolhem os próprios fins pelos motivos mais diferentes, o valor...
é subjetivo!

Pode-se discordar dos fins de algumas pessoas, mas é uma questão pessoal e não tem nenhum estatuto científico. Pode-se argumentar cientificamente sobre os
meios, as ferramentas usadas para tentar alcançar cada um dos próprios fins.
A Escola Austríaca se baseia na perspectiva intermédia da racionalidade do meio.

Seguindo esse raciocínio, o paternalismo, baseado na ideia (às vezes implícita) que o estado tem que cuidar das pessoas, é rejeitado por completo, por ser nada mais que uma falácia lógica.
Pois, se as pessoas são irracionais e precisam de cuidados, serão outros seres humanos a decidir para elas!

Dessa forma, para estudar a sociedade, tem-se que estudar a ação humana dos indivíduos e a interação de milhões de indivíduos diferentes que agem sempre em um ambiente...
com outras pessoas. A ciência da ação humana é
chamada por Mises de praxeologia, a ciência que envolve economia, política, sociologia, antropologia e todas as ciências sociais e humanas.

ARTIGO SOBRE O ASSUNTO: sociedadeaberta.com.br/o-livre-mercad…
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