Mesmo assim, seu ponto era claro.
De fato, essa não era uma constatação nova.
Fazia sentido. Ele só foi um pouco mais radical. Ou muito mais radical. Afinal, seu artigo continuou com um ataque frontal aos treinadores.
Mais do que isso, cada escola aprendeu rápido quais eram suas forças, mas nunca esteve satisfeita.
Mas o mundo da bola mudou muito depois de “um pedaço de merda pendurado num graveto”.
A ousadia voltou a florescer e os 341 gols marcados nos 145 jogos de mata-mata na Champions League entre 2003/04 e 2007/08 se tornaram 436 gols entre 2014/15 e 2018/19
Pragmatismo, ou jogar pelo resultado, não era mais sinônimo de jogar apenas para se defender.
Mesmo assim, é válida a reflexão sobre o futebol que vinha sendo praticado no Brasil nos últimos anos. Cabe a cada um julgar o que estava pendurado em cada graveto, mas é inegável que havia um crescimento de um futebol reacionário por aqui.
Jogar bem é, sim, diferente de jogar bonito. Tem a ver com dominar o adversário, impor sua forma de jogar - independente de qual for - com e sem a bola.
No entanto, por aqui, seguimos numa falsa dicotomia...
Mas dominar não deveria ser oposto a ser competitivo. Pelo contrário, deveria ser justamente um passo para a vitória.
Valdano, apesar dos pesares, tinha um ponto.
Qual futebol queremos por aqui?