Convido a todos que se importam com a decadência do Rio de Janeiro para participar do lançamento do livro “Maravilhosa para Todos: políticas públicas para o Rio de Janeiro”, que tive o prazer de organizar. Amanhã, dia 14/10, às 20 horas, ao vivo no link: m.youtube.com/channel/UCTlpK…
O livro foi escrito por 42 especialistas em diversos temas que afetam a cidade:
Cultura - Ana Cristina Bloquiau (Université Paris-Dauphine).
Assistência Social - Romero Rocha (UFRJ), Pedro Hemsley (UFRJ) e Marcio Gold Firmo (@marciofirmo) et al.
Acima, mencionei apenas alguns dos autores que estão nesta rede, mas a lista é muito maior.
Vejam uma parte de quem são os autores do livro aqui 👇
A outra parte dos autores aqui 👇
O prefácio do livro foi escrito pela Marina Silva (@MarinaSilva) e a contracapa foi feita por Fabio Giambiagi, Eduarda La Rocque, Ricardo Paes de Barros e Laura Carvalho (@lauraabcarvalho).
O livro está bem legal; é um verdadeiro convite para um diálogo franco sobre a cidade.
Por fim, gostaria de mencionar meus co-organizadores, Eduardo Bandeira de Mello (@mello_bandeira) e Andrea Gouvêa Vieira (@andrea_gv). Foi uma honra poder dividir esse aprendizado em companhia de pessoas que levam a sério a ideia de fazer políticas públicas baseadas em evidência.
Como já disse antes e repito: Bandeira de Mello é candidato a prefeito do Rio. E no livro está uma parte da equipe que está assessorando ele. Eu sei que é difícil diferenciar candidatos apenas com discursos, mas o Bandeira tem um histórico que depõe muito favoravelmente a ele.
Bandeira foi o Presidente do Flamengo responsável pela transformação do clube.
O Rio de Janeiro está hoje para as cidades assim como Flamengo estava para os clubes de futebol: ambos muito abaixo do potencial.
@mello_bandeira transformou o Flamengo e pode transformar o Rio.
Veja as nossas ideias para reverter a decadência da cidade no livro que será lançado amanhã. O livro será gratuito e ficará disponível em diversos lugares, como no página oficial do Bandeira (bandeira18.com.br)
O lançamento amanhã contará com a participação especial da Marina Silva (@MarinaSilva), cuja forma de fazer política engrandece o país e nos inspira a buscar uma sociedade cada vez mais desenvolvida, fraterna e respeitosa.
Espero que gostem do livro. Todos convidados!
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A atuação do BNDES tem provocado um debates entre economistas, políticos, formadores de opinião e na população de forma geral.
Esses debates são saudáveis e devem ser estimulados, pois o BNDES é uma instituição pública.
Mas o que realmente aprendemos sobre o BNDES?
No artigo abaixo, feito por mim, em parceria com Samuel Pessoa (FGV/IBRE), Eduardo Pontual (UFRJ) e Fabio Roitman (BNDES), resenhamos toda a evidência empírica causal sobre o principal banco de desenvolvimento do Brasil. Foram 70 papers ao todos.
Taxa de desemprego responde a dois mestres: (i) taxa de ocupação (medida pela razão PO/PIA); (ii) taxa de participação (PEA/PIA).
Qd a taxa de ocupação cai, o desemprego aumenta. Qd a taxa de participação cai, o desemprego cai.
A taxa de ocupação está caindo devido à pandemia. Como o movimento é intenso, a alta do desemprego deveria ser grande.
Mas o desemprego no trimestre móvel até abril com ajuste sazonal foi de 12,1%, o que representa um aumento de apenas 0,5 p.p, ante o trimestre móvel anterior.
Acontece que a taxa de participação está desabando no Brasil. A quarentena e as transferências de renda estão mantendo as pessoas que perderam emprego sem procurar novas ocupações. Isso diminui a população economicamente ativa e a taxa de participação (ver grafico)
Antes de tudo, quero relembrar a comunicação feita em março: o BC havia que quedas da Selic abaixo de 3,75% poderiam ser contraproducentes.
Hoje, não só reduziram para 3%, como já prometeram mais um ajuste, não maior que o atual.
Isso sugere que o discurso do BC para não reduzir mais a taxa de juros era tão somente um discurso. Uma desculpa, como tantas outras que temos assistido nas discussões de política monetária. Como tenho dito com meu amigo Bráulio Borges, é a inflação de desculpas.
Isto posto, o BC reduziu a Selic em 75 bps. Há claramente espaço para juros menores, vide as projeções do cenário híbrido. Mas sabia que o BC estava na dúvida entre 50 bps e 75 bps - essa era a discussão relevante no mercado. Dentro desse leque, foi bom.
Há capacidade ociosa na economia brasileira? Tenho respondido que SIM. Para isso, recorro a uma média de várias estimativas de hiato do produto no Brasil (como há incerteza sobre essa variável, a média é uma boa escolha). No último dado: PIB ainda 4,3% abaixo do potencial
Na última ata do comitê de política monetária (Copom), o banco central externou preocupação sobre a possibilidade das medidas tradicionais de hiato estarem superestimando a ociosidade da economia.
Hoje, relatório da área macro do Banco Itaú, muito bem feito, mostra que a elevada taxa de desemprego, combinada com o NUCI em níveis mínimos históricos é compatível com significativa capacidade ociosa na economia brasileira.
O crescimento econômico de 2020 vai frustrar mais uma vez. Como tenho repetido frequentemente, estamos em plena década frustrada: desde 2011, projetamos um crescimento do PIB (linhas vermelhas) sistematicamente acima do PIB efetivo (linha preta). Não aprendemos com nossos erros!
Em 2020, o ano começou com o consenso de mercado esperando 2,3% de crescimento para 2020. Hoje, o consenso de mercado revisou essa expectativa para 2,23%. E novas revisões devem acontecer nas próximas semanas.
Falar um pouco da inflação de janeiro de 2020: o IPCA veio bem abaixo das expectativas (0,21% contra 0,35%). Foi o menor resultado para janeiro desde 1994.
Mais importante, no entanto, do que discutir a inflação cheia, é valioso olhar para os núcleos de inflação. Como disse no meu último artigo do @valoreconomico, a média dos 7 núcleos segue flutuando bem abaixo da meta: 2,96% nos últimos 12 meses até janeiro.
Quando olhamos para as medidas de núcleo mais sensíveis ao ciclo econômico, a situação é um pouco mais dramática, pois a flutuação dos núcleos ocorre ao redor do piso do intervalo de tolerância do regime de metas.