Finalmente, a direção do PT SP decidiu ser direção. Não há como sustentar uma candidatura com 1% de intenção de votos. É destruir a biografia do candidato, é diminuir as chances dos candidatos a vereador, é ignorar o recado popular. Apoiar Boulos/Erundina é fortalecer a esquerda
Mais que isso: é demonstrar inteligência política e se revelar simpático aos olhos de grande parte do eleitorado progressista de São Paulo, que gira ao redor de 30% (concentrado, em especial, nas periferias sul e leste da cidade).
Que este desastre deixe a lição de como decisões protocolares, autorreferentes, sem consulta ou olhar sobre o mundo fora da bolha da burocracia partidária, destrói qualquer agremiação política, por mais lastro que tenha, porque a política não está na direção. Está nas ruas.
Que este desastre alimente a revisão deste tal de Processo de Eleições Diretas que, se era uma boa iniciativa no papel, se transformou num expediente de disputa fratricida, objeto de inúmeras revoltas internas. Mais um exemplo que formalismo não gera coesão.
Torço para que Tatto dê o próximo passo e apoie a chapa do PSOL. Seria magnânimo e preservaria sua liderança, muito chamuscada por esta decisão equivocada de se lançar candidato à prefeito da maior cidade do país.
A situação do PT mineiro é muito mais delicada. Decidiu triturar um dos quadros históricos de Minas Gerais, ex-ministro, ex-secretário estadual, uma referência na luta pelos direitos humanos. PT e PSOL juntos têm, hoje, pouco mais que 5% da intenção de votos. Um imenso fracasso
Aqui em Belo Horizonte, parece não haver para onde escapar. O fato é que o modelo Pimentel social-liberal, parece ter se esgotado. Talvez, seja a hora do PT e PSOL construírem a sua "Geringonça", se espelhando na aliança que mudou Portugal 
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