Che, negócio está ficando realmente preocupante...
Boletim #InfoGripe semana 47 (15/11-21/11).
#SRAG no país com sinal de crescimento.
12 capitais c sinal de ↗️ na tendência de longo prazo
21 estados c ao menos 1 macro de saúde c/ ↗️ na tend. de longo ou curto prazo. #COVID19
Capitais.
↗️Sinal forte (prob. > 95%): BH (MG), Campo Grande (MS), Maceió (AL), e Salvador (BA).
↗️Sinal moderado (prob. > 75%): Curitiba (PR), Natal (RN), Palmas (TO), plano piloto de Brasília e arredores (DF), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA), São Paulo (SP), e Vitória (ES)
Obs.: registros referente apenas aos residentes das capitais. Não inclui notificações de unidades de saúde da capital relativo a residentes de outros municípios.
Macros (por mun. de notific): Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Pará, Paraíba, Paraná, Piauí, Santa Catarina , São Paulo, Sergipe, e Tocantins
@leosbastos já destacou o impacto de mudanças no perfil do atraso na capital Carioca, que agora mostrou uma mudança importante em relação ao cenário estimado semana passada. Não parece sangria desatada, mas voltou a ter um crescimento (ainda leve).
BH, também citada pelo Leo, chama a atenção pelo salto nas últimas semanas. Pode ser uma "acomodação dos gansos" iniciando uma fase de oscilação em torno de um patamar estável. Mas não convém apostar p não quebrar a cara. Lembrando sempre: estamos falando de saúde -> *prevenir*
Campo Grande, Curitiba e São Paulo também merecem destaque pela mudança de comportamento recente com sinal de possível ritmo acelerado.
E pra não deixar a gente esquecer que só tendência não é tudo, trago aqui Florianópolis, João Pessoa e Macapá. Longe de poder comemorar terem saído da lista de capitais com sinal de crescimento. Floripa claramente já bateu o 1o pico, inclusive. Macapá ainda precisa confirmação.
E che, Porto Alegre não está com o bicho pegando de boreste? Pozolha, che, aqui ainda não está claro, embora claramente tenha interrompido a queda. Importante reforçar que aqui são dados de *residentes* da capital. Pode ter um efeito de vizinhança ou algum outro fator aí no meio.
Ainda sobre o RS, notem como a situação está inspirando muito cuidado em várias regiões.
Já que entramos novamente no campo das macrorregiões de saúde, zoom aqui no mapa da tendência de longo prazo (análise das últimas 6 semanas) para chamar a atenção em relação a quantidade de estados com percentual alto de macros com tendência de alta dentro do seu território.
#InfoGripe é uma ferramente desenvolvida por pesquisadores do #MAVE (#FIOCRUZ e #FGV) em parceria com o GT-Influenza (SVS/Ministério da Saúde). #cienciaBR e #SUS a serviço da população. #lutepeloSUS
Não querendo desmerecer os economistas em geral mas, quando alguém dessa área disser que a doença está diminuindo no país, peça para apresentar os dados epidemiológicos que embasam essa fala e compare com o que a área técnica da saúde pública vem apresentando.
Não acho que a gente tenha que ficar numa discussão "já é 2a onda/não é 2a onda". Essa categorização é secundária. O que precisamos estar atentos é: está indo para onde? Está em um nível tranquilo? Se voltar a subir a partir do patamar atual, qnto tempo temos para agir?
Como está nossa vigilância? Como está nossa busca ativa? Como está nossa infraestrutura hospitalar?
Lembrando q estamos num cenário de atendimento muito distinto. Voltamos a ter demanda relevante por outros problemas de saúde, incluindo acidentes, cirurg eletivas, etc.
Isso faz com que um aumento de casos graves de covid agora encontre uma rede de atendimento já com uma demanda maior. Na fase aguda havia um volume muito reduzido em relação a essas outras demandas pois estávamos evitando atendimento não urgente, além da redução nos acidentes.
Além disso, houve desmobilização das unidades temporárias ou de campanha em mtos locais. Ou seja, reduzimos a oferta de leitos operacionais.
Então faça a conta: menos leitos + menos leitos exclusivos covid + aumento de casos -> menor janela de oportunidade para resposta adequada.
Pra ilustrar: taxa de ocupação de leitos UTI no Rio, em matéria recente do G1 e a curva de SRAG para a macro de saúde da capital. Mesmo com o número de novos casos sendo ~3x menor do que no pico, o risco de sobrecarregar leitos de UTI já existe caso mantenha a tendência d subida.
Aqui a matéria do G1 com o gráfico citado g1.globo.com/rj/rio-de-jane…
@halimemusser : tive que refazer o tweet pois estava com a macro errada.

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16 Nov
Caros(as),
Sei q aqui no Brasil o Natal é *o* momento de reunir a família. Então, ao invés de focar apenas em pedir para evitar, faço outro apelo: se fizerem reunião, façam quarentena no retorno, ok?
Para famílias de classe média alta e alta q possuem funcionários(as): deem folga durante as festividades (na minha opinião isso deveria acontecer sempre, mas ñ é esse o ponto aqui) e mantenham esse pessoal em folga remunerada até no mín 2 semanas após o fim do encontro familiar.
Pq? Porque pode ter havido infecção de qualquer um dos presentes durante o encontro. Lembrem: transmissão por assintomáticos são frequentes. "Ah, mas eu testei antes e depois". Falso negativo é absurdamente frequente.
Proteja seus funcionários e as famílias deles.
Read 6 tweets
14 Nov
1o passo: abandonar teste sorológico na vigilância. Deixa isso pra farmácia e estudo específico. Definindo unidades sentinela de covid ou com os dados de SRAG dá pra adaptar. Deixei comentários no post do @azavascki pra centralizar. Se aprochega por lá!
Galera do @obscovid19br @CovidMinas @b_ishigami @parolin_ricardo @oatila sabemos que virar realidade é outra história. Mas vamos sonhar um pouco. Vai que alguma prefeitura compra a ideia?
Minha Porto Alegre? Minha nova morada no Rio? Niterói que fez um 1o combate muito bom?
Read 4 tweets
17 Oct
Semana fechando e, pra quem não viu o boletim do #InfoGripe segue o fio com principais destaques da semana 41 (até 10/10/2020).
Os dados de #SRAG no país apresentam sinais de nova fase de *estabilização*, ainda em valores bastante elevados. Sinal de possível interrupção da queda que vinha se mantendo há bastante tempo.
"Mas Marcelo, tu não vives dizendo que o dado Brasil ñ e um bom parâmetro?" Sim. Mas no momento que o dado do país como um todo dá sinais de interrupção de queda, em valores ~14mil novos casos por semana, merece destaque.
Read 40 tweets
9 Oct
Sessão 2 sobre a atualização do #InfoGripe ref. semana 40.
Um olhar para o estado de São Paulo, em função do anúncio recente das bandeiras. Lembrando que os dados de SRAG são de extrema importância mas não são e nem devem ser os *únicos* dados a serem levados em conta.
Segue o 🧶
Começando pela capital: sinal de possível estabilização, em valores relativamente altos ~8 [5 - 14] novos casos semanais por 100mil habitantes. O fato de termos duas semanas consecutivas com as tendências de longo e curto prazo indicando estabilização é relevante.
Não há indício significativo de retomada do crescimento, mas há forte indício de interrupção da tendência de queda, e possivelmente mantendo um patamar elevado. "Ah, mas no pico era muito mais."
Que bom, né? Mas isso não significa que agora seja pouca coisa.
Read 7 tweets
9 Oct
Boletim InfoGripe semana 40 (27/09 - 03/10).
Florianópolis, Aracajú, Fortaleza, Macapá e Manaus mantiveram o sinal de crescimento na tendência de longo prazo.
Belém e Brasília apresentam 1a semana com sinal cresc no longo prazo.
Recife e Rio mantiveram interrupção do crescimento.
Manaus mantém cenário bastante preocupante, tendo inclusive perdido o sinal de provável queda no curto prazo. Isso reforça a importância da interpretação adequada do indicador de curto prazo, que é mais suscetível às oscilações e ruídos do dado.
Floripa, embora esteja com 2a semana consecutiva com sinal de crecimento na tendência de longo prazo, a série sugere q pode ser uma estabilização em valor acima da mínima da semana 35. Ou seja, pode não ser uma retomada do cresc, mas está bem sugetiva a interrupção da queda.
Read 11 tweets
6 Oct
Tocando em um ponto potencialmente polêmico porém importante: é sim esperado observar retomada do crescimento no número de novos casos após um determinado período de flexibilização. A questão é o que fazer a partir daí.
Segue o 🧶:
Para que não houvesse retomada do crescimento após flexibilizações necessitaríamos:
1) Imunidade temporária ao menos dentro do período em questão ~3-6 meses;
2) Prevalência alta o suficiente para atingir imunidade de grupo.
OU
3) População completamente isolada, constantemente.
+
(1) é razoável supor que se cumpre.
(2) *torcemos* para que não seja verdadeiro. Pq? Porque do contrário não fizemos nossa parte para minimizar o impacto da 1a onda. Deixamos o vírus "correr solto" e gerar casos e óbitos evitáveis.
(3) não é razoável nem saudável por longo tempo+
Read 16 tweets

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