10 livros para mostrar como capitalismo e racismo andaram juntos.
Cc. Livres.
1) Capitalismo e escravidão. Eric Williams.
2) A queda do escravismo colonial. Robin Blackburn.
3) Africans and the Industrial Revolution. Joseph Inikori
4) Black Reconstruction in América. E.E.B. Du Bois.
5) A hidra de muitas cabeças. Marcus Rediker e Peter Linebaugh.
6) A escravidão na África. Paul Lovejoy.
7) How capitalism underdevelop Black América.
8) Como a Europa subdesenvolveu a África. Walter Rodney.
9) Mulheres, Raça e Classe. Angela Davis.
10) A integração do negro na sociedade de classes. Florestan Fernandes.
Esses dez livros lembrei de cabeça porque são livros que me marcaram muito ao longo da minha formação.
Um debate sobre as relações entre capitalismo e escravidão e a formação do racismo, em perspectiva histórica, precisa passar por eles invariavelmente.
Se ainda assim afirmarem que essa relação não existe, que capitalismo e racismo são opostos, mesmo à luz de um campo científico que se debruçou sobre essa problemática, aí não tem jeito.
Só vai restar chamar de terraplanismo liberal mesmo.
PS: W.E.B. Du Bois.
Manning Marable.
Quando é que vou ser VIP no Twitter para poder editar os tweets? 😛
PPS: Quem quiser contribuir com mais títulos, agradeço. ;)
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Respeito, mas discordo dessa ideia de civilização milenar. Pressupõe uma unidade inquebrável do que é a civilização chinesa, uma continuidade que deixa todas as rupturas opacas.
Mais: essa ideia de que possuem seus próprios valores e princípios éticos pode ser enganosa. Em relação a quem estamos falando? Ao Brasil, que também possui os seus próprios valores?
Aliás, isso me lembra um causo: no filme Corações e Mentes (1974), um general americano justifica os bombardeios no Vietnã alegando que os "orientais" possuem outros valores em relação à vida, à morte e a moral...
Fiozin de domingo: Que o Jair é péssimo aluno de História, não é surpresa. Mas essa versão de uma natureza pacífica brasileira e que são elementos "políticos" ou "estrangeiros" (como disse o Mourão) que importam os conflitos é tão velha quanto o próprio Brasil.
Já na primeira constituinte a gente tem a elite senhorial brasileira apavorada em relação ao Haiti. Como Célia de Azevedo aponta, em "Onda negra, medo branco", o temor de que os conflitos vindos de fora acabassem com o Brasil ordeiro estavam na origem do país.
O @marcosvlqueiroz , que pesquisa sobre o tema, pode dizer melhor do que eu, mas a verdade é que isso resultava num paradoxo: o grosso da mão-de-obra vinha de fora, com milhares de homens e mulheres escravizados.
Lembro de amigos negros relatando coisas horríveis que passavam quando entravam em um supermercado, como o próprio Carrefour. O assédio e as violências simbólicas tavam sempre ali...
Lembro deles e sinto um aperto... Não podiam ser eles, então, sendo espancados até a morte por seguranças privados?
Hoje é 20 de novembro...e homens e mulheres negros não podem nem ir num supermercado em paz.
Sinceramente, eu entendo essa ideia de igualar democratas com republicanos para quem não é americano. Mas há diferenças entre imperialismo em suas formas mais fascistas e um imperialismo que se mostra como "não-imperialista".
A diferença se dá na nossa própria correlação de forças políticas. Sem Trump, Bolsonaro poderia se tornar o fenômeno político que se tornou? Talvez sim, mas seria por outros meios e caminhos.
Trump e o trumpismo alargaram o campo do possível na política dos EUA.
E, consequentemente, em toda a América Latina. O chamado "populismo de direita" ganhou representação política em quase toda América do Sul, ainda que só no Brasil e nos EUA ele triunfou eleitoralmente.
O que mais me impressiona é que no tom da matéria, o Jones representaria toda a esquerda radical (que aparentemente é tão inofensiva que tiveram que publicar uma matéria sobre ela).
Faz mais de 15 anos que tô nesse bonde.
E nenhum desses anos eu defendi ou relativizei Stalin.
Sabem por quê? Porque a esquerda radical é gente pra caralho (tá, não é, mas metaforicamente, é muito mais plural que essa caricatura que pintaram aí).
Eu me vejo muito mais próximo do Safatle nessa e a pergunta dele parece ser boa para ser retomada:
O que se ganha colocando toda a esquerda radical no mesmo barco, sendo obrigada a falar o que pensam sobre socialismo real???
A porcaria do Novo tem uma van com a Thatcher. O El País foi perguntar para o Amoedo se ele também é fã do Pinochet?