@pedrolrossi@paulonbjr E saímos do risco recorrente de hiperinflação como? Com âncora cambial e endividamento externo. O governo sempre pode pagar dívida interna em moeda interna (contabilidade), mas se a moeda não tiver aceitação como meio de pagamento, há hiper e necessidade de mudar moeda (economia)
@pedrolrossi@paulonbjr Por ser importada dos EUA, país sem histórico de inflação alta e risco de hiperinflação, a MMT ainda não chegou à conclusão básica que todos com mínimo de conhecimento histórico de economia monetária sabem. Talvez cheguem lá uma dia, com contribuição de economistas brasileiros.
@pedrolrossi@paulonbjr Mas para isso a igreja local da MMT precisa deixar de reproduzir identidades contábeis e discurso baseado na realidade dos EUA, e relembrar um pouco de economia brasileira.
@pedrolrossi@paulonbjr Nem toda emissão monetaria gera hiper (vide EUA e Brasil atual), o que é diferente de dizer que qualquer emissão monetaria não causa hiper. Se a demanda por liquidez fosse sempre infinita, Lara Resende não teria que criar âncora cambial para acabar com risco recorrente de hiper.
@pedrolrossi@paulonbjr Para os jovens, um livro de quando a discussão monetária no Brasil era muito, muito mais sofisticada do que reprodução de enlatados externos (ortodoxos ou heterodoxos).
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1/ Coluna importante do Pastore, pelo o que reconhece, pelo o que propõe como solução e, sobretudo, pelo o que demonstra desconhecer ou não concordar. Vamos por partes
2/ Em primeiro lugar, Pastore corretamente aponta que a deterioração fiscal começou em 2012. Isto é importante, pois vários “pastoretes” ainda insistem que a política fiscal piorou a partir de 2006.
3/ Já apontei que 2012 foi o ano decisivo, quando a situação interna mudou e, entre ajustar a política fiscal e fazer reformas, o governo decidiu manter as metas fiscais e usar operações não recorrentes...
1/Sobre o fim do teto Temer, fora do terraplanismo farialimer, o debate parece ser:
Mudar somente depois de garantir que o gasto será feito com critério
Mudar já para preservar gastos essenciais e melhorar critérios mais à frente
As duas posições têm fundamento, mas...
2/A posição de mudar somente após ampla reforma da alocação do gasto coloca o fim do teto Temer logo ali... No infinito!
As duas coisas podem e devem vir juntas, na mesma PEC, com flexibilização para coisas essenciais no curto prazo (tipo SUS, combate ao desmatamento, ...) e
3/Regras de aperfeiçoamento do gasto, incluindo novo modelo de seleção e execução de investimentos, além de análise periódica do gasto público ("spending review" em Farialimês).
Teoricamente o Congresso pode fazer isso, se Maia e Acolumbre assim desejarem.
1) Ter metas separadas para investimento e gasto primário corrente, com prazo de 4 anos
2) Pisos específicos que evitem queda do gasto per-capita, em saúde, e por estudante, em educação.
3) E limite para folha de pagamento, por poder.
No mais...
Podemos eliminar a regra de ouro, melhorar a LRF e evitar regra de dívida, pois onde ela existe (EUA e Zona do Euro), há revisões recorrentes.
Meta de gasto pode e deve ser calibrada para estabilizar dívida pública, mas sem meta de dívida que crie "morte súbita".
Tudo isso é...
... meio básico.
Mas depois do oportunismo e terraplanismo do teto Temer, é preciso reafirmar o bom senso, baseado na experiência de outros países e nas recomendações do "companheiro" FMI.
Uma vez superado o debate de regras, poderemos focar no principal, isto é, na...
Assistindo ao debate microeconométrico sobre Fundeb, ficou uma dúvida: todos os estudos apontam na mesma direção?
Acho que não, mas como tem gente dizendo que há evidência empírica incontroversa para um lado ou para o outro, parece que é só problema econométrico.
Na Macro...
... sabemos há algum tempo que econometria não é capaz de resolver tudo devido à complexidade do tema. No final sempre há risco em qualquer decisão.
Mas em microeconometria vejo que ainda impera a ilusão infantil da demarcação totalmente objetiva entre hipóteses.
Mas antes...
... que os microeconometristas de plantão se revoltem, reconheço que na macro também há coisas bem problemáticas, vide o que virou literatura DSGE de economias fictícias.