O estilo artístico Moche é um dos mais representativos dos antigos Andes, e isso é visto em suas cerâmicas, que fazem uso de pinturas de linhas finas, argila modelada e figuras naturalistas, para representar atividades sociais, ritualísticas, guerra, trabalho, tecelagem e.. sexo.
Embora muita atenção tenha sido dada as pinturas que exibem cenas da vida cotidiana, relativamente poucos estudos acadêmicos investigaram o subconjunto da cerâmica Moche que retrata divindades, esqueletos, humanos e animais, envolvidos em uma ampla variedade de atos sexuais.
Das milhares de cerâmicas recuperadas, pelo menos 500 deles exibem imagens sexualmente explícitas, normalmente representadas como figuras tridimensionais independentes no topo ou como parte do vaso.
Além de serem obras de arte, os vasos com temática sexual também são potes de argila funcionais, com câmaras ocas para conter o líquido e um bico, normalmente em forma de falo, para despejar.
Paul Mathieu relata que “grande variedade de atos sexuais são representados: A felação é bastante comum; beijos e carícias; masturbação; relações sexuais entre casais em várias posições; cenas de parto, relações entre animais e relações sexuais entre humanas e animais míticos.
Esses artefatos oferecem um desafio interpretativo, sem contexto, sem dados arqueológicos e sem qualquer registro escrito, mas oferecem a possibilidade de que seu estudo possa mover nosso pensamento sobre sexualidade para além das categorias contemporâneas de pensamento.
A posição sexual mais comum mostrada é o sexo anal, que é reproduzido continuamente, em uma variedade de estilos, indicando que foram produzidos em escalas diferentes durante um longo período de tempo.
As cenas tipicamente retratam as duas figuras como semelhantes: idênticas em tamanho, na forma de seus membros e torsos e o desenho da pintura corporal, adornos ou tatuagens, sendo os casais tanto heterossexuais quanto homossexuais.
Muitas teorias tentam explicar essas iconografias, desde simbologias, ou que a cultura reconhecesse que o ato poderia proporcionar prazer e intimidade sem os efeitos indesejados do sexo vaginal, como forma de controle de natalidade ou por prazer e impossibilidade de engravidar.
De forma geral acadêmicos abordam os huacos eróticos Mochicas como um catálogo das práticas sexuais da cultura, objetos didáticos destinados a demonstrar métodos de contracepção, veículos de conteúdo moralizante, reflexos de humor, ou retratos de atos rituais ou cerimoniais.
A última teoria foi a que recebeu mais apoio até agora, especialmente considerando que as cerâmicas foram encontrados quase exclusivamente em cemitérios de alto status, independentemente da idade ou sexo do falecido; são frequentemente acompanhados por outros artefatos religiosos
foram encontrados para serem produzidos em huacas (templos) ao invés de em contextos domésticos, e ocasionalmente retratam atos sexuais envolvendo esqueletos, divindades ou animais com significância religiosa.
Durante décadas, os huacos eróticos foram mantidos fora do alcance do público, acessíveis apenas a um grupo cientistas sociais peruanos e posteriormente pesquisadores estrangeiros dos Estados Unidos e da Europa.
Eles eram conhecidos como ‘huacos proibidos’ por causa do tabu imposto pelos colonizadores cristãos de que “os homens fazem sexo apenas para procriar e que as mulheres não têm prazer sexual”.
Hoje, exposições dessas cerâmicas são atrações populares em alguns museus do Peru.
É preciso lembrar que a cosmovisão Moche difere da visão ocidental, para eles a sexualidade fazia parte de seu cotidiano e permitia que entrassem em contato com a natureza criativa da vida, não devemos ver seus huacos eróticos como amostras de alguma “pornografia pré-hispânica”.
A cerâmica Moche abriu as portas para um amplo campo de estudo dos valores sexuais no Peru pré-colombiano, longe de tabus e imposições morais trazidas pelos Europeus.
No entanto, ainda são necessários mais estudos para ter uma melhor compreensão de tais iconografias.
O museo Larco de Lima disponibiliza algumas peças para exibição online, um mapa interativo, assim como um tour virtual 3D e 360° pela galeria erótica do museu.
Garlic has been associated with the healing process in India from the time of the first available written records. Three ancient medical traditions, Tibbi, Unani and Auryvedic, made extensive use of garlic as a central part of the healing efficacy of plants.
Garlic was also observed to have a diuretic effect. It is possible that the mobilization of fluid from the extravascular space may have been due to improved cardiovascular function resulting from garlic treatment. #MythologyMonday
It is now recognized that garlic, appropriately used, will reduce blood pressure, improve elevated serum cholesterol, decrease platelet aggregation and protect vascular endothelial cells from damage by LDL, all of these effects are of potential cardiac benefit. #MythologyMonday
Ponte Q’eswachaka acima do Desfiladeiro Apurímac, Peru. 🇵🇪
Este é o último exemplo restante de uma ponte datada ao tempo do império Inca, eram tecidas à mão e importantes no sistema ‘rodoviário’ da civilização.
Segue 👇🌉
Feita das gramíneas q’oya/ichu, a ponte se estende por 36m e está 18m acima do rio Apurímac do cânion.
As mulheres incas trançavam cordas pequenas e finas, que eram novamente trançadas pelos homens em grandes cabos de suporte, assim como uma ponte pênsil de aço moderna.
Os cabos são fixados em bases de pedra e construtores experientes começam a trabalhar das bordas até o meio da ponte, tecendo as laterais e o piso com fibras e varas.
Uma vez que se encontram no centro, eles colocam esteiras de fibra natural no chão e a ponte está completa.
Que melhor maneira de ver este novo ano como o final de um ciclo e início de um novo!?
Um costume bastante difundido em toda a área Maia era enterrar e restaurar edifícios.
Como podemos ver nesta ilustração 3D, sob a pirâmide de Kululkán havia uma pirâmide idêntica, mas menor.
Esse costume parte da ideia de que tudo que acumula tempo torna-se mais sagrado, ideia essa aplicada a objetos e pessoas, o tempo era considerado uma das maiores fontes de sabedoria e sacralidade e continua presente na cosmogonia Maia se refletindo no respeito aos ancestrais.
Após um certo tempo de uso, os templos eram “mortos” com ritos de terminação, nesses ritos ornamentos e espaços sagrados eram destruídos com o intuito de preparar o edifício para renascer em um edifício maior e mais importante.
2021 está chegando, e com ele um novo ciclo, os antigos não comemoravam suas viradas de ano no mesmo dia que nós que nos baseamos no calendário gregoriano, mas a ideia de ciclos e festividades sempre esteve ligada à esses momentos, segue o fio. 🧶👇
O feriado global do ano novo simboliza tudo o que vivemos durante o ano e todas as nossas esperanças e sonhos para o ano que se inicia. Essas observâncias datam de mais de 4000 anos, geralmente em conjunto com solstícios e equinócios que marcavam os ciclos das estações naturais.
A festividade mais antiga registrada remonta a cerca de 4.000 anos, na antiga Babilônia, e estava profundamente ligada à religião.
Para os babilônios, a primeira lua nova após o equinócio vernal anunciava o início de um novo ano e representava o renascimento do mundo natural.
Muitas delas duraram milênios de anos, nesses anos eles com certeza observaram dezenas deles, alguns diziam que era a junção amorosa entre o sol e a lua, demonstrando conhecimento científico por trás dos eclipses explicado por “mitologia”, outras, conseguiram os prever
Sabemos que a observação do céu, dos astros e seus fenômenos era importantíssimo pros povos antigos, não era só um entendimento científico e empírico como também religioso, os dois se mesclam sim, mas é importante entender como se manifestam antes de supor que eles não sabiam