1) Vocês são corresponsáveis pela eleição de Bolsonaro. Vocês demonizaram a esquerda por ANOS achando que isso beneficiaria os tucanos que tanto amam e deu no que deu.
2) Até entendo a raiva, mas uma coisa é xingar no Twitter; outra, num veículo jornalístico. Feio demais.
O que Bolsonaro quer é justamente isso: que todos desçamos ao nível dele, pois é onde domina, já que não tem argumentos, intelecto, honestidade nem coragem para lidar com nada.
Uma coisa é xingar no Twitter; eu mesmo faço isso. Mas jamais publicaria algo assim no @cinemaemcena.
Ver um veículo jornalístico dito sério publicando uma coluna mandando quem quer que seja "pra puta que o pariu", chamando de "criação de cortesã em fim de carreira", é algo que demonstra o tanto que o discurso político no país afundou em todos os aspectos. Vitória de Bolsonaro.
Dito isso, como estou no Twitter e em minha conta pessoal, não no Cinema em Cena ou na conta deste aqui, quero lembrar que @jairbolsonaro é um miliciano cujo DNA tem mais lixo do que genes, que sua aparência repugnante reflete seu interior apodrecido e que ele deve ir se foder.
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Em meu texto sobre o doc The New Corporation, aponto como é importante buscar esclarecer por que fazemos (faço) afirmações como "o capitalismo está destruindo o planeta" e "o mercado é sociopata", já que, isoladas, podem soar apenas como hipérbole ou insanidade de esquerdista.
Então, para tentar ampliar o alcance desta conversa, vou tentar ressaltar uns pontos aqui em formato de fio, incluindo a ligação entre a forma de agir das corporações e o ressurgimento de líderes fascistas no mundo. Se quiserem silenciar esta thread, entenderei.
Acho que uma das questões que fazem com que as pessoas resistam à ideia de que as corporações agem de modo monstruoso reside em nossa tendência natural de não acreditar que uma pessoa (física ou jurídica) faria algo ruim propositalmente. Comecemos por aí, então.
Não sei se vocês estão acompanhando o que está acontecendo na bolsa de valores dos EUA com as ações da GameStop, uma cadeia de lojas especializadas em games, mas é algo muito interessante. E instrutivo.
Vou tentar resumir: um subgrupo do Reddit que reúne pessoas interessadas em ações e na bolsa de valores (mas não ligadas a nenhum grande fundo de investimentos) decidiu investir nas ações da GameStop como uma ação conjunta e passaram a comprá-las loucamente.
Eles escolheram a GameStop por dois motivos: 1) (e isto é suposição) por simpatia pela empresa; e 2) (isto é fato) porque ao valorizarem as ações da franquia, eles trariam um prejuízo bilionário a grandes investidores e fundos de investimentos.
Apresentei Karatê Kid para Nina e para minha sobrinha. Curtiram muito. E vou dizer: não é nostalgia, não; o filme é maravilhoso e ponto.
O Sr. Miyagi é a coisa mais linda do mundo.
Hoje foi a vez de apresentar Karatê Kid 2 para as meninas (minha filha e minha sobrinha). Também curtiram muito. Eu devo ter visto esse filme no cinema umas 15 vezes quando foi lançado. E vou dizer: continua funcionando muito bem.
Para quem foi pré-adolescente e/ou adolescente na década de 80, Karatê Kid foi um fenômeno tão memorável quanto Indiana Jones, De Volta para o Futuro ou Rambo. Lembro que a antecipação pelo segundo filme era enorme - e acabei vendo no cinema várias vezes.
(Não vou comentar o terceiro filme e muito menos o quarto, mas tenho imenso carinho pelos dois primeiros até hoje.)
Justamente por ter tanto carinho pelos dois primeiros filmes que evitei ver Cobra Kai até hoje; eu temia que a série manchasse de alguma forma minha memória afetiva dos originais. (Isso mesmo tendo visto o vídeo "Sweep the Leg, Johnny" umas 500 vezes e amado.)
Vi agora a thread do "bean dad" que está tomando conta do twitter (pra quem não viu, um pai fez uma longa thread contando como se recusou a abrir uma lata para a filha para que ela aprendesse a usar o abridor. Ela tem 9 anos e ficou seis horas com fome até conseguir).
É claro que ele, embora tivesse achado que iria arrasar, está sendo massacrado. Sim, ele foi duplamente babaca: por deixar a filha ficar com fome tanto tempo só pra ensinar uma lição boba e por depois contar a história no Twitter como se fosse algo fantástico.
O Twitter, como sempre faz, está reagindo com uma falta de proporção absurda. Inclusive acusando o cara de "abuso infantil". Porque é pra isso que essa merda aqui serve: pra que possamos nos sentir superiores apontando como os outros são horríveis. (Estou fazendo isso agora.)
Uma bobagem que eu levo a sério é a escolha do primeiro filme que vejo em cada ano. Pra não arriscar começar o ano de cinéfilo mal, prefiro não arriscar e sempre revejo algo que eu ame. Se possível (quando lembro), tento também terminar com um título que dialogue com o primeiro.
Em 2019, por exemplo, comecei e terminei o ano com Satoshi Kon.
Já em 2020, eu pretendia rever Os Três Enterros de Melquiades Estrada no dia 31 para remeter ao título sensacional do primeiro filme do ano, Traga-me a Cabeça de Alfredo Garcia. Mas acabei sem tempo depois de passar o dia escrevendo sobre Soul e o texto de Números e Estrelas.