Alguns dados de imunogenicidade após 1-2 doses de vacina em quem já teve COVID-19 (pre-prints)

- Ótima resposta rápida com uma dose em quem já teve
- Resposta como no trial para outros
- Reforça necessidade de vacinar quem já teve

Dados do grupo @florian_krammer e de Israel.
Num pre-print, 109 pessoas com 2 doses, a resposta de quem já teve COVID (bolinhas laranjas) foi ótima após 1 dose, ajudando a resposta imune a se organizar melhor e aperfeiçoar (a produção e aperfeiçoamento da produção dos anticorpos é uma das coisas mais bonitas do corpo, imho)
Como esperado, quem já tinha infeção teve um pouco mais de sintomas, mas muito semelhante à segunda dose das vacinas nos trials. Aqui falo de vacinas de mRNA.

medrxiv.org/content/10.110…
Neste outro, de Israel, em 514 profissionais de saúde, após 1a dose da Pfizer. Resposta como esperado e quem já tinha tido infecção, a resposta também foi um grande boost (abaixo a D). A resposta de acordo com a idade também foi como esperado, diminuindo algo conforme idade.
Estes artigos ajudam a entender a resposta e segurança. Também mostram que vacinar quem já teve é muito bom, re-organiza a resposta imune, nos deixa ainda mais cracks para combater o vírus. Se esta resposta for tão boa com 1 dose em quem já teve, pode ser

medrxiv.org/content/10.110…
quem já teve começará a ser vacinado com uma dose, como se fosse reforço (hipótese). Ainda precisamos avaliar a resposta como um todo.

Valeu

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3 Feb
Como seria a mortalidade por COVID-19 de outros países se eles tivessem a pirâmide etária do Brasil?

Após padronização, aqui feita pelo economista Marcos Hecksher, o Brasil foi muito mal até aqui, infelizmente.

Tendo o Brasil como referência (1), o mundo é 0.27.
Itália 0.59. Image
E dentro do Brasil? este relatório que deverá sair em breve online como artigo também mostra isso. Olha a inversão da taxa de mortalidade por micro-região no país ao ajustar por idade.

@blqueiroz
demografiaufrn.net/2020/05/04/o-r… ImageImage
Essa forma de padronização é clássica e se ajusta a taxa de mortalidade bruta para mortalidade padronizada por idade e sexo. Neste caso, foi calculado a relação entre mortalidade observada vs esperada (SMR) . E usou-se a pirâmide etária do Brasil como referência. No caso,
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2 Feb
Uma boa notícia (ainda preprint)

Ensaio de neutralização com anticorpos de 12 participantes pós vacina BBIBP-CorV (Sinopharm, também vírus inativado, ou seja, muito similar à CoronaVac) na variante da África do Sul:

- Mantém poder neutralizante (queda 1.6x, não significativa) Image
No gráfico acima temos a variante do vírus "selvagem", inicial, a mais frequente global (D614G) e a da África do Sul, que tinha mostrado escape em soros de convalescentes e uma queda em vacinas de RNA.
Também testou soro de 12 participantes com anticorpos pós vacina ZF2001 (proteína da spike), que teve uma certa redução com a variante da África do Sul. Image
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22 Jan
Você já participou de uma pesquisa?

Precisamos de 200 mil pessoas de todas as regiões do país para o estudo #NutriNetBrasil, que serão acompanhadas para identificar características da alimentação brasileira que aumentam ou diminuem o risco de doenças crônicas. Participe!
Você já participa do @nutrinetbrasil?

É o maior estudo científico sobre alimentação e saúde já realizado no país. A pesquisa é liderada por pesquisadores da Universidade de São Paulo (@nupensusp) e recebe o apoio de diversas universidades e centros de pesquisa.
O NutriNet Brasil acontece 100% online e, para participar, basta fazer um cadastro no site do estudo (nutrinetbrasil.fsp.usp.br). Qualquer adulto residente no Brasil pode participar.
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18 Jan
Quanto tempo duram as alterações de olfato e paladar da COVID-19?

Vou resumir um pouco o que já sabemos usando 3 revisões sistemáticas (1🇧🇷)

-Início após 4/5 dias de sintomas
-40/45% reportaram diminuição do olfato (77% se avaliado por método objetivo)
-30% alteração no paladar
A revisão brasileira, que seguiu todos os passos, inclusive registro do protocolo na base PROSPERO (visite se vc não conhece), perguntou quanto começa e quanto duram. Ela analisou 17 estudos e já foi publicada. A maioria dos estudos são da China, pois a pesquisa foi feita em Maio
Não foi possível realizar uma meta-análise, isto é, juntar os valores considerando o peso de cada estudo, pela grande variabilidade de métodos, etc.

A duração dos sintomas foi no geral 1 semana. Se ñ houve melhora em 1 semana, depois de 2 semanas, a melhora é importante (~80%)
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15 Jan
Descrição dos primeiros 250 mil pacientes com COVID-19 hospitalizados no Brasil no @LancetRespirMed

➡️Idade média 60 anos, um terço <50 anos
➡️39% na UTI / 23% ventilação invasiva
➡️2 em cada 5 morreram. 3 em cada 5 se foi para UTI
⬆️Diferenças regionais

thelancet.com/journals/lanre…
Com a base de dados SIVEP-Gripe, do início da pandemia até meados de Agosto, selecionamos para a análise principal os pacientes com ≥20 anos, COVID-19 confirmado com PCR e hospitalizados. Em uma análise de sensibilidade, analisamos todos os pacientes com COVID-19 (PCR + outros)
Descrevemos os casos do Brasil e estratificado por cada uma das 5 regiões. No geral, as características dos pacientes são semelhantes à relatada quanto a sintomas e comorbidades. A idade foi similar entre as regiões, exceto mais pacientes ≥80 anos no Nordeste.
Read 27 tweets
13 Jan
Para a aprovação de vacinas nas agências regulatórias, desde que seja segura, temos critérios já estabelecidos historicamente. Cada agência tem alguns detalhes, mas a ANVISA usa o clássico:

Eficácia ➡️ pelos menos 50% (≥50%)
Limite inferior do intervalo de confiança: ≥30%
No próprio protocolo do Butantã, para o cálculo de amostra, isso foi estabelecido. Nos protocolos da Pfizer, Moderna, também, todos buscando se adequar ao que diz principalmente o FDA e OMS.

O trial esperava garantir um mínimo de 30% e estimava 60% como medida.
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