Precisamos de 200 mil pessoas de todas as regiões do país para o estudo #NutriNetBrasil, que serão acompanhadas para identificar características da alimentação brasileira que aumentam ou diminuem o risco de doenças crônicas. Participe!
É o maior estudo científico sobre alimentação e saúde já realizado no país. A pesquisa é liderada por pesquisadores da Universidade de São Paulo (@nupensusp) e recebe o apoio de diversas universidades e centros de pesquisa.
O NutriNet Brasil acontece 100% online e, para participar, basta fazer um cadastro no site do estudo (nutrinetbrasil.fsp.usp.br). Qualquer adulto residente no Brasil pode participar.
Depois, é só responder aos questionários sobre alimentação, hábitos de vida e condições de saúde, que ficam disponíveis no site a cada 3 a 4 meses. O próprio estudo envia os lembretes por e-mail e/ou SMS.
O objetivo é investigar os padrões de alimentação que protegem a saúde ou aumentam o risco de doenças em nossa população. Esse estudo é importante porque contribuirá com políticas públicas de promoção da saúde e de alimentação saudável no Brasil.
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Quanto tempo duram as alterações de olfato e paladar da COVID-19?
Vou resumir um pouco o que já sabemos usando 3 revisões sistemáticas (1🇧🇷)
-Início após 4/5 dias de sintomas
-40/45% reportaram diminuição do olfato (77% se avaliado por método objetivo)
-30% alteração no paladar
A revisão brasileira, que seguiu todos os passos, inclusive registro do protocolo na base PROSPERO (visite se vc não conhece), perguntou quanto começa e quanto duram. Ela analisou 17 estudos e já foi publicada. A maioria dos estudos são da China, pois a pesquisa foi feita em Maio
Não foi possível realizar uma meta-análise, isto é, juntar os valores considerando o peso de cada estudo, pela grande variabilidade de métodos, etc.
A duração dos sintomas foi no geral 1 semana. Se ñ houve melhora em 1 semana, depois de 2 semanas, a melhora é importante (~80%)
Descrição dos primeiros 250 mil pacientes com COVID-19 hospitalizados no Brasil no @LancetRespirMed
➡️Idade média 60 anos, um terço <50 anos
➡️39% na UTI / 23% ventilação invasiva
➡️2 em cada 5 morreram. 3 em cada 5 se foi para UTI
⬆️Diferenças regionais
Com a base de dados SIVEP-Gripe, do início da pandemia até meados de Agosto, selecionamos para a análise principal os pacientes com ≥20 anos, COVID-19 confirmado com PCR e hospitalizados. Em uma análise de sensibilidade, analisamos todos os pacientes com COVID-19 (PCR + outros)
Descrevemos os casos do Brasil e estratificado por cada uma das 5 regiões. No geral, as características dos pacientes são semelhantes à relatada quanto a sintomas e comorbidades. A idade foi similar entre as regiões, exceto mais pacientes ≥80 anos no Nordeste.
Para a aprovação de vacinas nas agências regulatórias, desde que seja segura, temos critérios já estabelecidos historicamente. Cada agência tem alguns detalhes, mas a ANVISA usa o clássico:
Eficácia ➡️ pelos menos 50% (≥50%)
Limite inferior do intervalo de confiança: ≥30%
No próprio protocolo do Butantã, para o cálculo de amostra, isso foi estabelecido. Nos protocolos da Pfizer, Moderna, também, todos buscando se adequar ao que diz principalmente o FDA e OMS.
O trial esperava garantir um mínimo de 30% e estimava 60% como medida.
Dúvidas sobre a Eficácia. Seguindo o mais próximo do estabelecido no protocolo com o dado que tenho, o cálculo está correto.
Densidade de incidência no vacinado: 11.74
Densidade de incidência no placebo: 23.64
Incidence Rate Ratio: 0.4966
VE = 1 - 0.4966 = 50.34% (35.14-62.21)
Como disse antes, ensaios clínicos tem protocolos. Tudo deve ser seguido como está lá. Mudanças podem ocorrer, mas devem ser aprovadas pelos comites, comissão de etica, e tudo mais. Isso porque? para evitar mudanças baseada em dados. Mudanças assim são versificadas, protocoladas,
e ocorrem antes de fechar a base e abrir o blinding.
No protocolo público de agosto, o protocolo diz que a eficácia seria estimada por 1 - Hazard Ratio. O HR viria de um modelo de Cox, estratificado por idade e sexo. Intervalo de confiança pelo método de Parzen, Wei e Ying
Hospitalizados em Manaus desde 25/12. Muitos doentes com suspeita devem esperar testes.
Quando avaliamos hospitalizados em UTI, ventilados e leitos de enfermaria, importante entender que existe um gargalo ("bottleneck"). As vezes pode parecer que parou de aumentar número de internados ou UTI, mas é pq não tem mais leitos. Precisamos ver a demanda.