[ATUALIZAÇÃO DO FIO] Foram publicados na @NEJM
estudos com soro de pessoas que foram imunizadas com as vacinas da @pfizer/@BioNTech_Group e da @moderna_tx em relação à variante B.1.351 (primeiramente descrita na África do Sul)
Primeiro, o da Pfizer/BioNTech:
Soro de 20 participantes foram testados para 3 diferentes vírus recombinantes com as mutações:
- K417N, E484K, e N501Y
- B.1.351-RBD+D614G
- Todas as mutações encontradas no gene S da variante B.1.351
No gráfico:
Bolinha: 2 semanas após a administração da 2ª dose da vacina
Triângulo: 4 semanas após a administração da 2ª dose da vacina
Observa-se uma menor ação neutralizante para a vírus com as mutações da B.1.351
O estudo tem limitações:
- Necessidade de entender o efeito das mutações individualmente e o potencial delas em alterar a neutralização pelas mudanças na proteína Spike
- A vacina provoca resposta celular, como sabemos. Qual o efeito sobre essa resposta?
- - baixo nº amostral
Vamos à Moderna:
Amostras de 8 participantes da fase 1 foram testadas para
- o vírus original Wuhan-Hu-1
- a variante D614G
- as variantes B.1.1.7 e B.1.351
- outras variantes
Para o painel completo de mutações na proteína S, e também para as mutações no RBD da variante B.1.1.7, não houve diferença na neutralização por soro obtido de participantes que receberam a vacina de mRNA-1273 no ensaio de fase 1
PORÉM, observou-se uma diminuição nos títulos de anticorpos neutralizantes contra a variante B.1.351 e um subconjunto de suas mutações afetando o RBD.
Essa redução foi maior no painel completo de mutações (Fig. D) do que no parcial (Fig. C)
Para as outras variantes testadas (4º grupo mencionado), não houve diferença significativa.
Limitações:
- baixo nº amostral (8 participantes)
- mesmas acima citadas no estudo da Pfizer/BioNTech
Destaca-se que a proteção contra a variante B.1.351 ainda precisa ser determinada
Para a P1, ainda não temos dados, mas como essa variante compartilha algumas mutações com as variantes B.1.1.7 e B.1.351, é possível que alguns comportamentos possam ser parecidos, mas precisa verificar, com dados, com estudos, a proteção conferida pelas vacinas disponíveis
Não sabemos também o efeito da CoronaVac sobre essas variantes (B.1.1.7 e B.1.351), bem como sobre a P1/P2 (ansiosa por esse dado desde já). Sobre a Covishield, temos um estudo, pequeno e com muitas limitações, apontando pra uma redução. Ainda precisa ser determinado também
O que fazer enquanto isso? O que funciona contra as variantes?
Acho muito triste que, em pleno 2021, defender medidas restritivas já é diretamente associado a 'lockdown'. Gente, existe um espectro de medidas restritivas existentes e *necessárias*. A medida que a situação agrava, mais medidas vão sendo somadas.
Fio a vista. 👇
Existe uma questão bizarra acerca do lockdown que é em decorrência de sua implementação tardia. Quem segue o @schrarstzhaupt sabe que existe um momento para tu implementar, no geral é um momento antes da subida acelerada dos novos casos, por ex.
E isso não é reflexo (ainda) do Carnaval.
Veremos as consequências do Carnaval daqui a algumas semanas.
Temos que agir agora. Ponto final.
Vamos esperar todas as métricas apontarem para o que estamos avisando há meses, ou vamos agir @SebastiaoMelo@maurosparta?
@EduardoLeite_ está fazendo uma live no facebook do @governo_rs agora, demonstrando que o crescimento das ocupações na UTI estão numa velocidade MUITO mais rápida do que anteriormente (+2x superior)
Leite pede a população que atenda às medidas de restrição e enfrentamento, mas isso precisa se traduzir em decretos, leis, fiscalização e principalmente, ações por parte dos gestores.
Não é com kit COVID que vamos resolver isso @SebastiaoMelo é com ciência.
Pfizer mostra que sua vacina é 85% eficaz após 1 única dose, podendo ser armazenada em freezers comuns, segundo novos dados! Mas quero discutir uma coisa com vocês, em especial, sobre as variantes P1 e B.1.351
ANTES DE TUDO: é um estudo com pseudovírus, in vitro, NÃO É UM DADO DE EFICÁCIA e sim de ação neutralizante. Ou seja, temos que interpretar com calma, e não sair batendo o martelo até ter dados de eficácia dessas vacinas, com 1 e/ou 2 dose(s), sobre essas variantes
[ATUALIZAÇÃO DO FIO] - Dados de ação neutralizante sobre as VOCs (variantes de atenção) aqui do Brasil: P1 e P2 em relação às vacinas da Pfizer/BioNTech e Moderna
Traduzi uma imagem compartilhada pelo @EricTopol muito interessante sobre diferentes ações das vacinas: é possível que, mesmo após a vacinação, possa haver a transmissão do vírus, ainda não sabemos se as vacinas levam a imunidade da mucosa (1/n)
Segundo Eric Topol, a probabilidade pode aumentar com o tempo após a vacinação (com menos níveis circulantes de IgA, que conferem proteção a mucosa) e com variantes que aumentaram a transmissibilidade (como B.1.1.7).
Existem alguns ensaios clínicos para vacinas intranasais, mas ainda muito iniciais (fase 1), como esse da Índia:
E tu? Conhece o spray de Israel? Muitas pessoas vêm perguntando ao longo dos dias sobre esse fármaco. Acompanha então o mini fio abaixo falando um pouco sobre ele!
O spray nasal que está sendo testado em Israel consiste numa solução com a molécula EXO-CD24. Vamos por partes:
O CD24 é uma pequena proteína que fica na superfície das células ligado a outras moléculas, com papel na adesão celular. Está presente em diferentes células do corpo
Um dos papéis do CD24 é promover a maturidade e proliferação dos linfócitos T (CD4 e CD8), além da ação moduladora da inflamação em contextos como doenças autoimunes, sepse, entre outros.