Estudo do UK (15 Feb) que estima o impacto da reabertura das escolas no R(t):
"Reopening all schools could increase R from an assumed baseline of 0.8 to between 1.0 and 1.5, or to between 0.9 and 1.2 reopening primary or secondary schools alone." cmmid.github.io/topics/covid19…
Estudo do @imperialcollege (22 Feb) sobre diferentes cenários de reabertura no UK:
"Going from level 7 to level 6 (opening schools) will increase R_excl_immunity by an average +0.5 (+0.25 if opening only primary schools)." gov.uk/government/pub…
Estudo francês (16 Feb) sobre impacto das escolas na reabertura:
"Reopening schools is expected to lead to an increase in COVID19 cases, yet protocols exist that would allow maintaining the epidemic under control without saturating the healthcare system." nature.com/articles/s4146…
Não se pode ignorar o efeito na mobilidade e portanto na transmissão do vírus e evolução da pandemia.
Dito isto, é possível (e prioritário) abrir as escolas, particularmente para os mais novos, com um plano que inclua medidas objetivas e uma monitorização cuidada.
Do ponto de vista de saúde pública, como indica o texto, é particularmente importante:
- Prevenção (ventilação dos espaços, máscaras, distanciamento social)
- Monitorização (mais testagem, rastreios regulares e contact tracing rigoroso)
- Vacinação professores e trabalhadores
Há meios para fazer isto acontecer.
É preciso um plano de desconfinamento detalhado, gradual, realista e flexível, com linhas vermelhas e monitorização constante, que nos permita andar à frente da curva.
Nesse plano, reabrir as escolas dos mais novos deve ser a prioridade.
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Sobre a reabertura do pré-escolar, creches e escolas primárias.
Há múltiplos argumentos que defendem a necessidade de abertura das escolas antes da Páscoa. Um que me parece pouco frisado é do ponto de vista da própria saúde pública: 1/7 expresso.pt/politica/2021-…
A reabertura das escolas até à primária enfatizaria uma estratégia de reabertura gradual e de controlo. Algo também muito importante na comunicação.
Quanto mais se aguarda, mais a pressão aumenta para abrir múltiplos ciclos/serviços de uma vez, o que seria um erro grave. 2/7
A reabertura destas escolas seria também um caso de estudo privilegiado para monitorizar evolução e a aplicabilidade/eficácia das:
- Medidas de contenção local
- Rastreios regulares (incl. testes rápidos)
- Contact tracing direcionado
- Vacinação dos trabalhadores escolares 3/7
Novo estudo de modelagem (pre-print) confirma que, independentemente do confinamento imposto, a variante #B117 será a dominante em Portugal já em Fevereiro.
Previsões para o desconfinamento também não são nada animadoras.
A variante #B117 deverá ser dominante (representativa de +50% dos novos casos) já na semana de 15 a 21 de Fevereiro, mantendo ou não o confinamento. 2/n
No final de Março, perto de 100% dos novos casos em Portugal serão atribuíveis à variante #B117. 3/n
Portugal caiu no Ranking Democrático do @TheEconomist, de "Democracia Plena" para "Democracia Imperfeita", colocando-se agora no 26º lugar no mundo.
Fora comentários incendiários sobre uma headline certamente tentadora e esmiuçando um pouco: economist.com/graphic-detail…
França e EUA caíram com Portugal, estando abaixo de países como Uruguai, Chile ou Costa Rica. O ranking é liderado pela Noruega e países escandinavos.
A explicação dada pelo @TheEconomist para a queda deste ano: "In Portugal, the frequency of parliamentary debates (through which the prime minister is held accountable) was reduced during the pandemic. This, coupled with the lack of transparency around the appointment...
"Terão ocorrido 'imensas introduções' durante o mês de dezembro. Esses casos terão sido associados naturalmente com o massivo regresso dos nossos emigrantes a trabalhar no Reino Unido e também muitos turistas britânicos que vieram passar férias a Portugal." 2/5
Não é nada de novo, esses dados eram já conhecidos no início de janeiro: 3/5