1. É curioso como o mainstream/ortodoxia do resto do mundo discute a política fiscal em termos totalmente distintos do debate brasileiro. Enquanto lá se discute qual deve ser o tamanho da expansão fiscal, rasgando-se, definitivamente, as teses de contração fiscal expansionista+
2... por aqui os liberais debatem como manter o teto de gastos, ou seja, a austeridade, em pé. Seria um desígnio divino ou uma questão climática? Ou seria fruto da formação de uma elite de raízes escravocratas, espoliativa e subordinada ao imperialismo que vê na crise...+
3.... uma oportunidade única de, aproveitando-se da apatia social causada por uma pandemia terrível, destruir o fornecimento de bens comuns, esmagar os investimentos públicos e espoliar os ativos públicos em prol de lucros privados?
4... esta elite não liga para crescimento, sustentabilidade da dívida... nada disso. Tudo papo furado. O foco deles é espoliar o máximo possível no curto prazo. Privatizar a preço de banana; destruir educação e saúde públicas para as grandes corporações lucrarem ...
5... Dane-se o longo prazo. Dane-se o povo. Agem como se fossem senhores de engenho açoitando escravos e destruindo a terra para auferir lucros extraordinários. A terra, depois de destruída, arrumam outra, escravos mortos, são substituídos por novos. É assim que enxergam o Brasil
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1. Sobre Estados, Municípios, qdo o gatilho for ativado, veda a concessão, A QUALQUER TÍTULO, de reajuste. Isso implica em algo pior que congelamento: é redução de poder de compra de uns 4,5% todo ano! E não é por 15 anos. É pior. É PERMANENTE!
2. Já tem um monte de Estado e Município com gatilho ativado, o que torna o congelamento automático. A esmagadora maioria dos servidores estão nos Estados e Municípios. E são justamente os mais pobres. No caso dos Estados, a situação hoje é essa (metodologia do Tesouro).
3. No caso dos municípios, várias capitais já estão com o gatilho ativado. Fora que para eles pode ter acionado o gatilho em 85% de forma facultativa. Olhem a situação das capitais (dados do Tesouro)
1. Milton Friedman, grande referência do partido NOVO, Paulo Guedes e cia, defendia explicitamente o método usado nesta PEC.
2. Além do apoio à ditadura de Pinochet, Friedman, em 2005, já com 93 anos, presenciou o furação Katrina, em Nova Orleans. E viu na tragédia uma oportunidade de impor um projeto altamente impopular de mercantilização dos bens comuns, garantindo lucros extraordinários p/ o capital
3. Diante da tragédia, ele percebeu que as escolas públicas e moradias estavam totalmente destruídas e alegou que isso era uma grande oportunidade para o capital passasse lucrar com educação privada e construção de moradias. O furacão Katrina cumpriu o mesmo papel da austeridade.
SOBRE A PEC EMERGENCIAL E A PROPOSTA DE REDUÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO!!!!
1. Já circula a minuta do parecer da PEC Emergencial no Congresso, texto que deve ser modificado nas discussões que serão abertas durante a semana. Portanto, a hora de pressionar é agora. O que temos?
2. Um dos pilares da medida é a redução dos rendimentos dos servidores civis (EXCLUINDO OS MILITARES) e do salário mínimo por dois anos. Abaixo vou explicar melhor a indecência que é a proposta de redução de salário dos trabalhadores ao passo que se blinda os militares!
3. Além disso, a PEC cria um regime especial de calamidade p/ pagar o auxílio emergencial fora do teto, da regra de ouro e da meta fiscal deste ano. É uma forma de driblar três regras fiscais inexequíveis e incompatíveis entre si, mesmo sem considerarmos a necessidade do auxílio
1. Torço pelo Gil, mas quando ele fala de macroeconomia tá todo errado rs. E olha só, é a Juliete que tá certa nessa: existem várias teorias! E não Gil, "emitir moeda" não gera, necessariamente, inflação. E sim, a moeda pode ter impactos reais. Segue o fio, galera...
2. Sobre emissão de moeda, saca só como os EUA imitiu moeda loucamente desde 2008. O gráfico abaixo é o M0 (base monetária) e se refere ao volume de dinheiro criado pelo FED - isto é, papel moeda e reservas bancárias... Mas e a inflação, como anda? Rastejante, Gil!
3. Como vcs viram aí no gráfico de cima, os EUA mandaram ver na impressora (M0) e tacaram moeda na Economia. Agora, no gráfico aí de baixo, olha o que acontece com a inflação: nadinha, Gil! Baixa até demais. O Gil criança, estava mais certo que o Gil economista.
1. Por que considero um problema político, técnico e teórico misturar a necessidade e urgência de renovação do auxílio emergencial com o debate, também fundamental, da taxação progressiva dos mais ricos?
Segue o fio que explico. Vou apanhar de todos os
lados, mas vamos lá...
2. Primeiro de tudo: renovar o auxílio emergencial é tarefa para ontem. Portanto, subordinar essa emergência à obtenção de recursos advindos de uma reforma tributária é um equívoco temporal/técnico; teórico e, creio eu, de grandeza de valor.
Explico...
3. Equívoco temporal e técnico pq mesmo que a gente faça o milagre de aprovar uma reforma tributária progressiva na semana que vem, os efeitos só se darão no próximo ano por conta do princípio da anterioridade anual para o IGF; IR (lucros e dividendos entra aqui); heranças...
Sobre independência do BC e aumento da desigualdade: c/ a palavra o Banco Mundial.
Segundo artigo do mês passado publicado pelo Banco Mundial (insuspeito de comunismo), a independência do BC amplia fortemente a desigualdade social por três mecanismos que resumo no fio. 1/4
1º A independência do banco central, ao restringir indiretamente o espaço de política fiscal do governo, enfraquece a capacidade do Estado de realizar políticas fiscais redistributivas. 2/4
2º A independência do BC incentiva os governos a desregulamentarem os mercados financeiros, o que gera um boom nos valores dos ativos. E esses ativos estão predominantemente nas mãos dos mais ricos da população. (no caso do Br, o PL do câmbio aprofunda essa tendência). 3/4