A vacina 100% brasileira funciona assim: os americanos desenvolvem, os vietnamitas e tailandeses arranjam os voluntários, e a gente entra com o ovo! www1.folha.uol.com.br/equilibrioesau…
Mauricio e eu comentamos hoje no Diario da Peste sobre o trabalho do Peter Palese. que vergonha ser desmentido pelo pesquisador principal que desenvolveu a quimera. Totalmente desnecessário. O Butantan tem muito mérito no processo,
e fazer parceria com um lab americano de alto nivel deveria ser motivo de orgulho, e nao algo a ser omitido.
Boa ciencia se faz com colaborações internacionais. e o Butantan domina a técnica de producao em ovo. Aqui a publicacao do grupo do Dr Peter Palese: mdpi.com/2076-393X/8/4/…
Carolina me ajudou aqui, tinha saído alguma informacao no G1:
Pra quem perdeu hoje o Diario da Peste, Maurício @Virology_FAMERP e eu explicamos com detalhes a relação entre variantes e vacinas.
em resumo: cuidado com preprints e com o alarde feito sobre eles. até agora temos dados suficientes para demonstrar que as vacinas que temos ainda funcionam contra as variantes e por isso devemos usa-las e logo.
alguns preprints mostraram queda de neutralização de anticorpos na variante P1 que circula no Brasil. isso gerou preocupação, fios longos no twitter e muita discussão. os fatos sao bem menos assustadores. ensaios de neutralização medem um único aspecto da resposta imune.
Estudo novo da AstraZeneca mostra uma eficácia de 76% com dose única da vacina, nos primeiros 90 dias, e aumenta para 82,4% após a segunda dose, neste intervalo. Mostrando que esperar 3 meses para dar o reforço pode ser realmente uma boa estratégia.
Mas vale a pena dar o reforço, para garantir maior duração da resposta imune. O número de anticorpos neutralizantes também aumentou bem com o reforço.
ótimos resultados e finalmente a transparência que tanto esperamos. quase 20 mil voluntários, aprox 15 mil vacinados e 5 mil no placebo. eficácia de 91,6%. contra casos graves, nada no grupo vacinado contra 20 no placebo
mostrando mais uma vez o potencial que parece ser comum a todas as vacinas de prevenir doença grave. o que mostra de novo como é irrelevante comparar eficácia de vacinas ao pe da letra.
Disclaimers de sempre: é press release, e tem poucos dados. Mas o que tem é muito bom! Eficácia de 72% nos EUA, 66% na América Latina e 57% na Africa do Sul. Ensaio com 43 mil voluntários, e 468 eventos. Assim como a Novavax, chama atencao a perda de eficacia na Africa do Sul.
Mais um sinal de alerta para variantes com escape de mutação. Isso mostra - de novo - a urgência de vacinar rapidamente e caprichar na prevenção, pra evitar mais mutantes. Outro fator importante é termos vacinas diferentes, com tecnologias diferentes,
Resultados da análise interina (preliminar), contou com 15 mil participantes no Reino Unido, entre 18-84 anos, com 27% maiores de 65, o que dá uma boa quantidade de idosos, que em outras vacinas temos poucos dados. Foram observados 62 eventos (pessoas com sintomas),
Destes 62 eventos, 56 estavam no grupo placebo, e apenas 6 no grupo vacinado, dando uma eficácia de 89%. Muito boa, considerando que 50% dos casos já eram da nova variante do Reino Unido. Dados se segurança ótimos tb, como é de se esperar de uma vacina de proteína.
Depois da reportagem na TV cultura sobre etiqueta da pandemia, onde perdi a paciência, creio que cabe republicar minha coluna sobre as festas de fim de ano: blogs.oglobo.globo.com/a-hora-da-cien…
E ainda sobre a reportagem na TV cultura, alguns pontos que nao tivemos tempo de comentar ao vivo, mas que são importantes. Delmantou levantou a questão de que ficaria receoso de corrigir alguém na rua, e a pessoa reagir de forma violenta. Verdade. é um cuidado.
Eu sempre faço isso em locais públicos, e se possível, chamando um gerente ou responsável. Mas a reportagem falava de familiares, em um ambiente de festa, o que é bem diferente. Outro ponto que me chamou atenção foi quando Delmanto comentou sobre um restaurante que ele frequenta