Saiu o preprint da Coronavac! papers.ssrn.com/sol3/papers.cf…
Resultados confirmam o que já sabíamos, eficácia de 50,7% para casos leves, 83,7% para moderados. A novidade - muito bem vinda - e aumento da eficácia com maior espaçamento entre doses (62,3%),
o que junto com uma analise de imunogenicidade em idosos que tb aumenta com intervalo maior, sugere que um intervalo de 28 dias pode ser adotado. Outro ponto legal é a cobertura das variantes, funciona bem em todas, como esperado para uma vacina inativada.
Lembrando aquilo que já explicamos aqui, que fazer comparação de eficácia de vacinas é bobagem, porque os parâmetros, local, populacoes e janela de tempo sao diferentes. Outro fator interessante foi a protecao observada a partir da primeira dose.
mas isso nao quer dizer que pode tomar só uma. continua sendo uma vacina de duas doses. Em suma, uma boa vacina, com boa cobertura para as variantes, e que pode ficar mais eficaz com intervalo de 28 dias entre doses.

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10 Apr
Hoje é dia de coluna. Muita gente quer fazer testes de anticorpos para ver se a vacina “pegou”! pode até dar certo para alguns mas não é um método consistente e não serve para isso. blogs.oglobo.globo.com/a-hora-da-cien…
Aproveito para acrescentar - porque coluna tem espaço limitado- que isso também se aplica a esses estudos que mediram anticorpos da Coronavac e deu “ pouco”. Pouco em relação a que? E lembrando que por ser uma vacina inativada ela deve cobrir bem as variantes
então mesmo com eficácia “ menor” pode ter essa grande vantagem. Isso pq as vacinas genéticas e de vetor usam só a proteína S e as inativadas usam o virus inteiro, então tem mais alvos para gerar anticorpos e células T.
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26 Mar
A vacina 100% brasileira funciona assim: os americanos desenvolvem, os vietnamitas e tailandeses arranjam os voluntários, e a gente entra com o ovo! www1.folha.uol.com.br/equilibrioesau…
Mauricio e eu comentamos hoje no Diario da Peste sobre o trabalho do Peter Palese. que vergonha ser desmentido pelo pesquisador principal que desenvolveu a quimera. Totalmente desnecessário. O Butantan tem muito mérito no processo,
e fazer parceria com um lab americano de alto nivel deveria ser motivo de orgulho, e nao algo a ser omitido.
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6 Mar
Pra quem perdeu hoje o Diario da Peste, Maurício @Virology_FAMERP e eu explicamos com detalhes a relação entre variantes e vacinas.
em resumo: cuidado com preprints e com o alarde feito sobre eles. até agora temos dados suficientes para demonstrar que as vacinas que temos ainda funcionam contra as variantes e por isso devemos usa-las e logo.
alguns preprints mostraram queda de neutralização de anticorpos na variante P1 que circula no Brasil. isso gerou preocupação, fios longos no twitter e muita discussão. os fatos sao bem menos assustadores. ensaios de neutralização medem um único aspecto da resposta imune.
Read 12 tweets
2 Feb
Hoje é dia de boas notícias. papers.ssrn.com/sol3/papers.cf…
Estudo novo da AstraZeneca mostra uma eficácia de 76% com dose única da vacina, nos primeiros 90 dias, e aumenta para 82,4% após a segunda dose, neste intervalo. Mostrando que esperar 3 meses para dar o reforço pode ser realmente uma boa estratégia.
Mas vale a pena dar o reforço, para garantir maior duração da resposta imune. O número de anticorpos neutralizantes também aumentou bem com o reforço.
Read 5 tweets
2 Feb
Vamos de Sputnik hoje? thelancet.com/journals/lance…
ótimos resultados e finalmente a transparência que tanto esperamos. quase 20 mil voluntários, aprox 15 mil vacinados e 5 mil no placebo. eficácia de 91,6%. contra casos graves, nada no grupo vacinado contra 20 no placebo
mostrando mais uma vez o potencial que parece ser comum a todas as vacinas de prevenir doença grave. o que mostra de novo como é irrelevante comparar eficácia de vacinas ao pe da letra.
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29 Jan
E vamos de Janssen!!!! jnj.com/johnson-johnso…
Disclaimers de sempre: é press release, e tem poucos dados. Mas o que tem é muito bom! Eficácia de 72% nos EUA, 66% na América Latina e 57% na Africa do Sul. Ensaio com 43 mil voluntários, e 468 eventos. Assim como a Novavax, chama atencao a perda de eficacia na Africa do Sul.
Mais um sinal de alerta para variantes com escape de mutação. Isso mostra - de novo - a urgência de vacinar rapidamente e caprichar na prevenção, pra evitar mais mutantes. Outro fator importante é termos vacinas diferentes, com tecnologias diferentes,
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