Estou lendo o prospecto da Coinbase, maior bolsa de criptoativos dos EUA, e vou compartilhar algumas informações da empresa, que virou pública recentemente:
A Coinbase foi listada com um valor de mercado de aproximadamente US$ 85 bilhões.
Da fundação até o final de 2020, geraram US$ 3,4 bilhões de receita, sendo US$ 1,2 bilhão em 2020. No primeiro trimestre de 2021 estimam uma receita de US$ 1,8 bilhão.
No final do 1ºtri de 2021, possuíam US$ 223 bilhões em criptoativos de clientes na plataforma, o que equivalia a uma fatia de ~11% do mercado total de cripto.
O valor de mercado total dos criptoativos foi de $500 milhões no final de 2012 para $782 bilhões no final de 2020. Atualmente o valor de mercado total de cripto é de US$ 2,24 trilhões.
O volume transacionado na Coinbase no 1º tri de 2021 foi de US$ 335 bilhões.
Existiam 43 milhões de usuários verificados no final de 2020 e 56 milhões de usuários verificados no fim do 1º tri de 2021. Historicamente 96% da receita veio de taxas de corretagem. Em 2020 a empresa lucrou US$ 322 milhões e estimam um lucro de US$ 750 milhões no 1º tri de 2021.
Os resultados da empresa historicamente têm volatilidade em linha com o preço do Bitcoin.
Enfim, na corrida pelo ouro, aparentemente eles focaram em vender pás, já que tem exposição baixa a cripto no balanço patrimonial da empresa.
Se quiser saber mais sobre a Coinbase, recomendo o Suno Internacional. Caso queira aprender mais sobre investimentos no exterior, link na bio.
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A melhor maneira para criar e preservar riqueza consistentemente ao longo do tempo é construindo um portfólio resiliente aos diferentes cenários que podem vir a acontecer.
É perigoso apostar todas as suas fichas em uma narrativa, que caso não se torne real, tem como alternativa um cenário desastroso para o patrimônio.
Uma vulnerabilidade comum é a concentração geográfica.
Segundo a Bridgewater Associates, do gestor multibilionário, Ray Dalio, no século passado existiram diversos eventos nos quais investidores concentrados em um só país viram seus patrimônios deteriorarem em meio a crises hiper inflacionárias, tensões geopolíticas, entre outros.
Você já ouviu falar do Li Lu, o “Warren Buffett” da China?
Li Lu tem a história mais impressionante dentre todos os investidores que conheço, apesar disso, poucas pessoas ouviram falar dele.
Segue um pequeno resumo de sua história:
Nascido em 1966, durante a violenta Revolução Cultural na China, Li Lu teve seus pais biológicos mandados para campos de concentração quando tinha 2 anos. Ele foi mandado para famílias adotivas que o rejeitaram e posteriormente para um orfanato.
Após um tempo no orfanato, uma família aceitou Li Lu. Porém, quando ele tinha 10 anos de idade, um terremoto atingiu sua cidade, matando aproximadamente 242 mil pessoas. Li Lu foi o único sobrevivente de sua família.
Olhando dados históricos dos últimos 100 anos, há evidências irrefutáveis de que o grupo de investidores que consistentemente bateu o mercado praticava o Value Investing.
Se para bater o mercado durante décadas é necessário ser um investidor de valor, por que poucas pessoas fazem isso? Segue:
Se você pensar como um empreendedor, tudo que importa quando você compra uma empresa é quanto você paga e quanto de dinheiro ela gera depois de comprá-la. Qualquer dono de empresa entende isso.
De 1990 até hoje, o mercado de ações do Japão (NIKKEI) teve um retorno total de aproximadamente 0%. Entenda:
O mercado eventualmente nos mostra algumas bolhas em ativos específicos, mas uma irracionalidade gigantesca começou na década de 80 no Japão, que futuramente destruiria os retornos daqueles comprando em um mercado tão supervalorizado.
Em 1990 o mercado imobiliário do Japão estava tão caro que o valor de toda a terra do país era estimado em US$ 20 trilhões.
Isso equivalia a mais de 20% da riqueza mundial, ou a duas vezes o valor total dos mercados de ações globais.