Retorno às aulas e máscaras para crianças: como deixar os pequenos mais seguros já que as PFF2 são feitas (e testadas) para adultos? O segredo está no "meltblown". Siga o fiozinho! (1/11)
"Melt-blowing" é o processo de produção de uma camada de fibras do tipo "não-tecido" que usa polímeros termoestáticos. O principal é o polipropileno. É como uma de "teia de aranha"... (2/11)
A principal vantagem desse processo na máscara é justamente essa que faz o material se assemelhar à teia: a capacidade de reter partículas e permitir a passagem do ar. (3/11)
Essa figura, mostra como o processo de meltblown e organização da fibra ocorrem (ref abaixo!) (4/11)
A imagem está nessa revisão, muito boa por sinal! (5/11)
Assim, para quem estiver procurando máscaras para crianças, recomendo olhar na descrição se há "camada meltblown", como essa que uma amiga me passou... (10/11)
Por fim, a orientação de sempre (OMS): crianças menores que 3 anos NÃO devem usar máscaras; entre 5 e 12, as máscaras precisam ser ajustadas pelos pais e o uso deve ser supervisionado por adultos. Máscaras precisam estar SEMPRE bem ajustadas e deve se evitar tocá-las. (11/11)
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A revista Science publicou ontem (29/04) um estudo sobre a escolaridade presencial e o risco de contaminação doméstica com a COVID-19. Acompanhe o fio!
Primeiro, destaca-se que as formas pelas quais a escolaridade presencial influencia a incidência da COVID-19 na comunidade são complexas. Mas há um consenso de que as escolas criam potenciais conexões de transmissão entre comunidades diferentes.
Isso ocorre pq mesmo que a transmissão em salas de aula seja rara, atividades relacionadas à entrada/saída de alunos, interações com professores e mudanças mais amplas no comportamento, relacionadas a diminuição de cuidados, podem levar a aumento na transmissão da comunidade.
"O que torna os espaços internos tão perigosos é que o vírus exalado pode se acumular e infectar pessoas que não têm contato direto com uma pessoa infectada." Um ex. foi em um bar no Vietnã: 12 pessoas foram infectadas numa festa, mas apenas 4 tiveram contato próximo com 1 caso.
A dose infecciosa precisa para SARS-CoV-2 também é desconhecida. Mas os pesquisadores podem inferir quanto vírus expirado é necessário para causar infecção analisando surtos da doença. Esse pessoal bolou uma ferramenta de cálculo (post abaixo): onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/in…
Percebo que muitas pessoas têm dificuldade em entender o que são e onde estão os aerossóis. Vou trazer alguns exemplos aqui nesse fiozinho...
O conceito mais simples de aerossol, é que eles são partículas suspensas presentes no ar. Mas por serem muito pequenos (menores do que 1 micrômetro - a milésima parte de 1 mm), não são visíveis a olho nu. Dê uma olhada nessa figura (weforum.org/agenda/2020/10…)
E esses aerossóis, presentes no ar, nos diferentes ambientes, nas áreas abertas, carregam as mais diversas partículas (biológicas, químicas, minerais, etc.).
Muitos de nós nos chocamos com essas notícia de, em plena crise de saúde pública em que vivemos, ainda haver festas clandestinas. Pensamos "como podem!?" e emendamos um palavrão mental. Mas deixa eu mostrar o que pode ser também um comportamento de risco e que muitos o fazem! 🧵
Sabe aquele jantarzinho com o casal de amigos que "ah, mas eles se cuidam..."?
Sabe aquela preguiça de subir utilizando a escada?
Diante da escassez de doses de vacinas e dos desafios logísticos, várias estratégias de implantação estão sendo propostas para aumentar os níveis de imunidade populacional ao SARS-CoV-2. (2/7)
Muitas pessoas me perguntam sobre as máscaras ditas "antivirais". Eu gostaria de passar algumas considerações a respeito, pois podem ser as dúvidas de outras pessoas.
Há um tempo, eu fiz um fio explicando muitas questões a respeito das máscaras e disponibilizei esse estudo aqui, sobre a ação de nanopartículas contendo íons prata. pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28721573/
Os íons prata são conhecidos por possuírem capacidade antimicrobiana. Isso porque os íons induzem a produção de radicais livres, que causam distúrbios na parede bacteriana e em sua atividade respiratória. pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26724539/