Muitos de nós nos chocamos com essas notícia de, em plena crise de saúde pública em que vivemos, ainda haver festas clandestinas. Pensamos "como podem!?" e emendamos um palavrão mental. Mas deixa eu mostrar o que pode ser também um comportamento de risco e que muitos o fazem! 🧵
Sabe aquele jantarzinho com o casal de amigos que "ah, mas eles se cuidam..."?
Sabe aquela preguiça de subir utilizando a escada?
E o transporte coletivo? Aqui eu diria que para evitar, só com as pessoas não tendo que ir trabalhar mesmo...
O intervalo do cafezinho... Lembrou?
O restaurante, refeitório, lanchonete (nem vou falar de bar e pub)... Pensem em um local onde as pessoas estarão obrigatoriamente sem máscaras e dispersão de aerossóis.
E o pessoal da cozinha, será que consegue fazer distanciamento? Será que a máscara é usada adequadamente?
E aquele papo com a vizinha? Ou com alguém na rua? Sem máscara?
O "vou dar um pulo na praça, pegar um ar..."
O "vou dar um pulo na praia, só para um mergulhinho..."
"Saí com o dog e encontrei a Miga! Matamos a saudade e batemos um papinho... Mas foi bem rápido!"
"Nos reunimos no aniversário da Fulaninha, levei um bolo... Mas todo mundo estava de máscara na foto!"
"Azar, marquei com o crush aqui em casa... mas ele disse que estava se cuidando e que não saiu com outras..."
E aí, me ajudam a crescer essa thread e mostrar o que também é AGLOMERAÇÃO? O que é não fazer distanciamento físico?
Acredito que algumas pessoas não viram o gif que usei para a cena da praça, ou de fato não entenderam o que eu quis trazer nesse post: não sou contra caminhadas distanciadas e exercícios em parques e praças. Sou contra AGLOMERAR nesses locais.
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Diante da escassez de doses de vacinas e dos desafios logísticos, várias estratégias de implantação estão sendo propostas para aumentar os níveis de imunidade populacional ao SARS-CoV-2. (2/7)
Muitas pessoas me perguntam sobre as máscaras ditas "antivirais". Eu gostaria de passar algumas considerações a respeito, pois podem ser as dúvidas de outras pessoas.
Há um tempo, eu fiz um fio explicando muitas questões a respeito das máscaras e disponibilizei esse estudo aqui, sobre a ação de nanopartículas contendo íons prata. pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28721573/
Os íons prata são conhecidos por possuírem capacidade antimicrobiana. Isso porque os íons induzem a produção de radicais livres, que causam distúrbios na parede bacteriana e em sua atividade respiratória. pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26724539/
Agora no início do mês (fevereiro) saiu uma discussão na Nature sobre essa questão da atenção à descontaminação de superfícies. Siga o fiozinho comigo que vou atualizar alguns pontos. nature.com/articles/d4158…
A discussão se pauta no fato de que já está até bem estabelecido que a contaminação pelo SARS-CoV-2 se dá muito mais por gotículas e aerossóis (aumentando a transmissão) do que a possibilidade daquela proporcionada pelos fomites (superfícies).
Bom, a reportagem da Nature em nenhum momento desacredita que as gotículas depositadas nas superfícies não possam ser fonte de contaminação. Pelo contrário, eles argumentam segundo uma importante observação do CDC...
Sabe quando estamos assistindo um filme de terror/suspense e do outro lado da tela dizemos mentalmente ao personagem "não vá por aí!"? Os cientistas, muitos médicos e uma parte da população têm se sentido exatamente assim quanto ao que estamos vivendo (segue)...
Desde quando começou a pandemia, fruto de ações negacionistas, muitas pessoas desistiram de sequer observar as medidas preventivas. Eu acho muito improvável que ainda exista alguém que não use máscara porque não sabe que precisa usar e nem que deixar o nariz de fora ajuda em algo
Desde o início, as pessoas se dividiram entre os que seguiram as medidas preventivas, importando-se com sua saúde e com a dos outros, e os que preferiram "pagar pra ver". Ainda me dói lembrar da garota gritando "me entuba" no show de não sei quem. Mas o que nos levou a isso?
Pessoal, vou transpor aqui algumas observações das maravilhosas palestras que tivemos ontem, no PPGBIO/UFCSPA, que você pode assistir à gravação aqui: (segue)
A primeira delas é a importância sobre o entendimento que a eficácia de uma vacina está relacionada à incidência de uma doença, conforme explicou o Dr Paulo @Nadanovsky. Ele fez uma ótima analogia disso com o uso do cinto de segurança.
Em uma sociedade onde as pessoas dirigem em alta velocidade e alcoolizadas, o uso do cinto quase não será eficaz, porque as batidas serão geralmente fortes.
O ano era 1987. A cidade era Goiânia. Um catador encontra um equipamento de radioterapia e o considera como sucata. Ele leva o equipamento para um ferro-velho, onde é desmontado, liberando 20g de cloreto de césio-137, que é colocado no bolso (isso mesmo). (siga o fio)
Com o césio no bolso, o dono do ferro-velho se desloca para a casa em um TRANSPORTE COLETIVO. O resultado: 112 mil pessoas examinadas para contaminação radioativa. Além das vítimas fatais, 129 apresentaram contaminação, onde 21 vieram a falecer posteriormente. E isso com a COVID?
Esse artigo, publicado em janeiro, mostra a possibilidade de contaminação pelo SARS-CoV-2 em locais públicos. Diferente da contaminação radioativa, essa PODE SER EVITADA, se seguidas as condições sanitárias/preventivas adequadas e redução de circulação. pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33519256/