Diante da escassez de doses de vacinas e dos desafios logísticos, várias estratégias de implantação estão sendo propostas para aumentar os níveis de imunidade populacional ao SARS-CoV-2. (2/7)
Duas questões críticas surgem: como o tempo de entrega da segunda dose afetará tanto a dinâmica da infecção quanto as perspectivas para a evolução do escape imunológico viral através de indivíduos parcialmente imunes. (3/7)
Ambos dependem da robustez da resposta imune provocada por uma única dose comparada com a imunidade natural e a resposta de duas doses. (4/7)
Com base em um modelo imunoepidemiológico existente, os autores descobriram que, a curto prazo, focar em uma dose geralmente diminui as infecções, mas os desfechos a longo prazo dependem dessa relativa robustez imunológica. (5/7)
Em seguida, os pesquisadores exploraram três cenários e descobriram que a estratégia de uma dose pode aumentar o potencial de evolução antigênica (viral) sob certas condições de imunidade populacional parcial. (6/7)
Os autores também destacam a necessidade crítica de testar cargas virais e quantificar as respostas imunes após uma dose de vacina, e aumentar os esforços de vacinação em todo o mundo. (7/7)
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Muitos de nós nos chocamos com essas notícia de, em plena crise de saúde pública em que vivemos, ainda haver festas clandestinas. Pensamos "como podem!?" e emendamos um palavrão mental. Mas deixa eu mostrar o que pode ser também um comportamento de risco e que muitos o fazem! 🧵
Sabe aquele jantarzinho com o casal de amigos que "ah, mas eles se cuidam..."?
Sabe aquela preguiça de subir utilizando a escada?
Muitas pessoas me perguntam sobre as máscaras ditas "antivirais". Eu gostaria de passar algumas considerações a respeito, pois podem ser as dúvidas de outras pessoas.
Há um tempo, eu fiz um fio explicando muitas questões a respeito das máscaras e disponibilizei esse estudo aqui, sobre a ação de nanopartículas contendo íons prata. pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28721573/
Os íons prata são conhecidos por possuírem capacidade antimicrobiana. Isso porque os íons induzem a produção de radicais livres, que causam distúrbios na parede bacteriana e em sua atividade respiratória. pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26724539/
Agora no início do mês (fevereiro) saiu uma discussão na Nature sobre essa questão da atenção à descontaminação de superfícies. Siga o fiozinho comigo que vou atualizar alguns pontos. nature.com/articles/d4158…
A discussão se pauta no fato de que já está até bem estabelecido que a contaminação pelo SARS-CoV-2 se dá muito mais por gotículas e aerossóis (aumentando a transmissão) do que a possibilidade daquela proporcionada pelos fomites (superfícies).
Bom, a reportagem da Nature em nenhum momento desacredita que as gotículas depositadas nas superfícies não possam ser fonte de contaminação. Pelo contrário, eles argumentam segundo uma importante observação do CDC...
Sabe quando estamos assistindo um filme de terror/suspense e do outro lado da tela dizemos mentalmente ao personagem "não vá por aí!"? Os cientistas, muitos médicos e uma parte da população têm se sentido exatamente assim quanto ao que estamos vivendo (segue)...
Desde quando começou a pandemia, fruto de ações negacionistas, muitas pessoas desistiram de sequer observar as medidas preventivas. Eu acho muito improvável que ainda exista alguém que não use máscara porque não sabe que precisa usar e nem que deixar o nariz de fora ajuda em algo
Desde o início, as pessoas se dividiram entre os que seguiram as medidas preventivas, importando-se com sua saúde e com a dos outros, e os que preferiram "pagar pra ver". Ainda me dói lembrar da garota gritando "me entuba" no show de não sei quem. Mas o que nos levou a isso?
Pessoal, vou transpor aqui algumas observações das maravilhosas palestras que tivemos ontem, no PPGBIO/UFCSPA, que você pode assistir à gravação aqui: (segue)
A primeira delas é a importância sobre o entendimento que a eficácia de uma vacina está relacionada à incidência de uma doença, conforme explicou o Dr Paulo @Nadanovsky. Ele fez uma ótima analogia disso com o uso do cinto de segurança.
Em uma sociedade onde as pessoas dirigem em alta velocidade e alcoolizadas, o uso do cinto quase não será eficaz, porque as batidas serão geralmente fortes.
O ano era 1987. A cidade era Goiânia. Um catador encontra um equipamento de radioterapia e o considera como sucata. Ele leva o equipamento para um ferro-velho, onde é desmontado, liberando 20g de cloreto de césio-137, que é colocado no bolso (isso mesmo). (siga o fio)
Com o césio no bolso, o dono do ferro-velho se desloca para a casa em um TRANSPORTE COLETIVO. O resultado: 112 mil pessoas examinadas para contaminação radioativa. Além das vítimas fatais, 129 apresentaram contaminação, onde 21 vieram a falecer posteriormente. E isso com a COVID?
Esse artigo, publicado em janeiro, mostra a possibilidade de contaminação pelo SARS-CoV-2 em locais públicos. Diferente da contaminação radioativa, essa PODE SER EVITADA, se seguidas as condições sanitárias/preventivas adequadas e redução de circulação. pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33519256/