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Então você acha que não usa o SUS?
Pois tu achas errado, queride!
Tu conheces o Plano de Resposta às Emergências em Saúde Pública?
Ele é de 2013 e têm como objetivo criar um controle em situações de emergência para respostas eficientes
Segue o Fio+ #coronavirus#SUS#COVID19
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Este plano estabelece a atuação da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), da esfera federal do Sistema Único de Saúde (SUS) na resposta às emergências em saúde pública.
E isto vai acontecer por uma série de etapas específicas, eu vou falar sobre o COE, hoje
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COE quer dizer Centro de Operações de Emergências em Saúde e ele faz parte do Sistema de Gestão de Riscos em Saúde, que compreende um conjunto de estratégias para conter, controlar e minimizar efeitos de alguma emergência.
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A gestão de riscos é feita por equipes multidisciplinares e setoriais. Compreende ações de redução de risco(prevenção, mitigação e preparação), manejo da emergência(alerta e resposta) e recuperação(reabilitação e reconstrução). O que aponta para uma questão importantíssima!+
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A saúde se configura como uma instância múltipla, que precisa de uma análise complexa de acontecimentos presentes e futuros. Parte das análises passam, por exemplo, na existência de recursos e busca por estes, para o enfrentamento de doenças e crises sanitárias.
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Para o monitoramento de possíveis emergências temos o Comitê de Monitoramento de Eventos (CME). A análise se dá por diversas instâncias, desde notícias nacionais e internacionais, quanto notificações internas via SUS.
O próximo passo é a gestão
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Comitê Gestor da FN-SUS (CG/FN-SUS) avalia as situações que podem se transformar em uma “Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) associadas a epidemias, desastres e desassistência à população,dentre outros temas de relevância nacional“.
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Só depois de estipular isso é que o COE entra em ação, pois o Centro de Operações em Emergências é o responsável pela coordenação de respostas estratégicas, articulando setores necessários para a emergência específica.
O COE funciona em 3 princípios
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9/15 1) Sistema de Comando de Operações (SCO), 2) Grupo Técnico Assessor ao COES; e 3) Porta-Voz para as comunicações oficiais.
É o SCO que analisa, estrutura e coordena as operações de emergência da crise sanitária, incluindo a busca por recursos necessários.
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O Grupo Técnico é formado por profissionais técnicos e científicos. O COEs possui critérios científicos para embasar a coordenação de ações.
O portavoz é o responsável por uniformizar e unificar todas as comunicações do COE, para não termos profusão de informações.
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Em uma crise sanitária, o COES só deve ser desativado após a crise ter sido considerada superada.
Estas informações podem ser encontradas aqui: portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/201…
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O 1º documento do COEs para o SARS-CoV-2 foi publicado em final de Janeiro de 2020. Lá já havia uma análise da situação e um Guia de Vigilância Epidemiológica detalhada, com itens relacionados à notificação, avaliação e recomendações para a chegada do vírus no Brasil +
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Nesta publicação, as etapas anteriores já haviam sido cumpridas. Estas ações dependem de funcionários de carreira que executam automaticamente este monitoramento de forma constante e apresentam os resultados para tomadas de decisões - aí sim - pelo executivo nacional.
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O Sistema inteiro é vinculado ao SUS. Competência administrativa do SUS monitorar, analisar e criar estratégias de contenção de epidemias e emergências sanitárias.
A pergunta que fica é:
o que foi feito do COE que atuava contra o coronavírus?
Amanhã eu vou organizar melhor outros documentos de gestão de crise na saúde e monto o texto completo, mais estruturado e publico aqui...
Enquanto isso: RESPEITE O SUS!
Sobre a Divulgação científica, as especialidades e os especialistas...
O que faz com que nós tenhamos parte de nossa carreira dedicada à Divulgação Científica (DC) e o que isto tem a ver com nossa formação?
Segue o fio!
Primeiro queria lembrar que algumas coisinhas que falarei aqui estão neste fio:
Vamos começar do princípio: área de formação.
Ela é fundamental para trabalharmos na Divulgação Científica. Temos, em um curso de graduação, uma introdução ampla a um campo de atuação que nos dá condições de atuar em uma profissão que exige ensino superior.
Até aí, nada de novo +
Mês passado eu comentei com meu colega aqui em casa, a mãe dele na UTI. A primeira previsão de vacina era a primeira dose em fevereiro.
A segunda 21 dias depois.
Ela estaria protegida quando se contaminou.
Se a vacinação tivesse começado em dezembro ou janeiro - e nós teríamos essa condição - eu ñ teria me despedido de muitas pessoas esse ano. Próximas. Não estaria apreensiva esperando notícias diariamente de outras tantas. Há amigos fora do país com 20 anos menos q eu já vacinados
Aqui no Brasil eu tenho muitos amigos vacinados por um privilégio de estarem em grupo de risco (trabalhadores da saúde) e agora docentes com mais de 47 anos.
E digo privilégio por sermos profissionais de ensino superior em uma imensa maioria.
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE JANEIRO DE 2020, feito pelo corpo técnico do MS, apontando a situação da COVID-19 no mundo. ANÁLISE TÉCNICA, DE FUNCIONÁRIO DE CARREIRA.
Vocês têm noção do que é isto?
Pois vejam... portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/202…
Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública | COE-nCoV
o COE foi instituído em 2013, no Plano de Resposta à Emergências em Saúde Pública.
O intuito é, exatamente, o corpo técnico agir monitorando o que acontece no mundo e como pode responder + portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/201…
O COE produz documentos analisando o que acontece e apresenta planos de ação para o ministério. O primeiro referente ao SARS-CoV-2 é de janeiro! Em 4 de fevereiro sai a portaria que nos coloca em situaçaõ de Emergência.
Não venha falar mal de funcionários de carreira do MS.
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Dia desses eu fiz um fio sobre uso de EPIs Respiratórios e o retorno do trabalho.
Hoje eu fiz uns cards pro Instagram e vou colocar aqui pra quem quiser usar, comentar (etc.).
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“Olha que legal, um professor com sobrecarga fazendo mais do que sua tarefa pq não temos estrutura para realmente trabalhar como temos que trabalhar” @eptvoficial não. Não é legal. Se tem algo que não é, é legal.
Isso é trágico, triste e só mostra a crueldade de nossa realidade.
Não romantizem sobrecarga docente. Não romantizem o cotidiano de miséria da educação brasileira com discursos que mostram grandes salvadores. Ninguém teria que ser exaltado por isso se a gestão pública entregasse o que é constitucional à população.
Educação não é favor, é direito
Professores não são voluntários, são profissionais. Devem ser tratados como tais. Não é vocação - a gente estuda e se forma para ocupar esse espaço.
Respeita a profissão. Respeita o trabalho e o trabalhador. Não romantiza nos tornando grande herói.
A gente merece mais condições +
Eu abri o perfil de divulgação científica pessoal no Instagram. E eu tenho resistência com algumas questões dessa rede, tanto quanto o tiktok, que são os vídeos de 15-30 segundos que são chamados de “reels”.
Segue o fio com alguns incômodos com ambas plataformas+
Antes de iniciar, queria deixar claro: não é que não ache legal quem monte conteúdo nas duas redes. E não é que não dê para montar conteúdo exprimido nesse tempo.
Mas existem questões que me deixam muito incomodada, quando se trata de informação e conhecimento.
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1º a ideia de fragmentação cada vez maior e dificuldade de aprofundamento a partir dessas plataformas.
Sendo que a cada ciclo de 15 ou 30 segundos nós temos outro vídeo rodando, não necessariamente na mesma linha, digamos.
Isso já acontece aqui e no FB por exemplo?
Claro que sim+