Thread by @ntsnaleatorias

Qualquer estratégia de governo, para uma grande população, que envolve saúde, economia, educação ..., implica em uma decisão de quantidade de pessoas com chances de morrer.
Isto não envolve nada de novo dentro do campo dos estudos estatísticos.
É, literalmente, uma previsão +

As decisões do governo envolvem estratégias para tornar a vida da população melhor. O que é "melhor" não é simples ou objetivo.
Mas há indicadores que podem ajudar nestas definições. Assim, temos diretrizes para estabelecer "o mínimo".
Em nosso país isto consta na Constituição
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No Art.6º consta que
"São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição"
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Já o Art.5º diz que
"Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade"
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Perceba que por serem DIREITOS dos cidadãos, existe a contrapartida de isto se constituir em DEVERES do Estado.
Onde temos falhado?
Nós temos HOJE 420 mil mortes hoje por covid-19.
Tivemos uma semana de questões relevantes levantadas em nosso país, citarei algumas delas...

Dia 5 de maio foi noticiado que houve intencionalidade em tornar MANAUS um laboratório para a imunidade de rebanho.
Decisões estratégicas para gerir a crise. Isto não é "não fazer nada". São decisões precisas de fazer o vírus circular para um resultado definido.
Mas, vejamos:
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Mesmo considerando que exista a possibilidade de (1) Imunidade de Rebanho X (2) Política de Isolamento, o que está em jogo? Que ações existem nestas duas opções?
Vou citar alguns pontos que imagino que possam ser pensados como ações do governo:

1) Imunidade de Rebanho:
sem ações de controle de mobilidade urbana, ajuda de custo para a população vulnerável, e linhas de financiamento para pequenas e médias empresas, campanhas de incentivo para retomada da economia com tudo aberto e pedidos para ocupar a rua;

2) Políticas para o isolamento:
campanhas públicas de conscientização de isolamento, distanciamento, uso de máscaras, higienização, auxílio emergencial, aplicação de multas para quebra de isolamento, financiamento de emergência para pequenas e médias empresas;

Temos duas linhas estratégicas de condução do governo que mudam o que acontece com sua população.
Tais ações geram resultados diferentes.
Na primeira, apostamos que as mortes acontecerão, mas em breve todos estarão seguros por estarem 100% contaminados (eventualmente mortos).

Na segunda opção temos uma busca por contaminar a menor quantidade de pessoas possível, mantendo-as em casa, financeiramente resguardadas.

Supondo que nas duas opções exista investimento igual do governo para buscar uma solução (cura ou vacina) e, alem disso, +

supondo que assim que a solução for encontrada haverá investimento e campanha em massa para que a solução chegue a todos o mais rápido possível, poderíamos perguntar, como governantes:
Qual das duas estratégias haverá mais mortes?
Qual das duas terá menor impacto econômico?
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Qual das duas estratégias teremos menores custos em longo prazo?
Qual das duas estratégias teremos uma recuperação mais rápida da economia?
Qual das duas teremos menos UTIs ocupadas e qual o custo disto?

A partir destas perguntas, poderemos fazer algum tipo de análise e +

julgar qual caminho podemos tomar, considerando os artigos 5º e 6º de nossa constituição como base, claro.

Adivinha qual das estratégias rompe com vários pressupostos da constituição e não foram tomadas como decisões UMA vez, mas foram reiteradas ao longo deste último ano?
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Pois é...
www1.folha.uol.com.br/colunas/painel…

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