“A DIFERENÇA DO REMÉDIO PARA O VENENO ESTÁ NA... FREQUÊNCIA?”
Dor de cabeça é uma das queixas mais comuns... será que analgésicos demais podem piorar uma cefaleia?
A cefaleia por abuso de analgésico (ou medication overuse headache - MOH) é prevalente e até 70% dos pacientes com cefaleia crônica podem ter MOH em alguns estudos
A definição e diagnóstico são clínicos e convencionados de acordo com a última edição da classificação internacional das cefaleias (ICHD-3) de 2018!
Todas as medicações são capazes de modificar uma cefaleia, mas o abuso de opioides e triptanos são as que carregam maior risco e em menor tempo de uso (a partir de 10 dias)!
O modo de transformação é variável e pode haver tanto aumento das crises habituais, quanto casos de modificação das características, dificultando o diagnóstico e perpetuando o uso dos analgésicos
Lembrando que, sendo uma cefaleia secundária, sempre devem ser investigadas outras causas com anamnese e exames físico e complementares direcionados! O diagnóstico muitas vezes é retrospectivo, com a melhora após descontinuação do analgésico
Os pilares do cuidado são:
➡️ Orientação do paciente
➡️ Retirada da droga usada
➡️ Instituição de tratamento profilático para a cefaleia primária de base
Dentre as medidas não farmacológicas, o acompanhamento próximo é um dos mais importantes, com diminuição do abuso de analgésicos demostrado por uma análise de 633 pacientes com MOH em populações com facilidade de acesso à comunicação e aconselhamento
Para evitar sintomas após retirada, existem terapias ponte com medicamentos como prednisona, mas com evidência limitada e sugestão de benefício nos primeiros dias. São consideradas naqueles pacientes que não toleram a retirada somente com aconselhamento
Há diferença no tratamento profilático dos pacientes que desenvolvem MOH? Naqueles pacientes cuja cefaleia primária é a enxaqueca (a maioria!), os tratamentos mais estudados são o topiramato e a toxina botulínica!
Existe um papel da interação dos analgésicos com o sistema serotoninérgico com modulação das vias de dor. Isso leva a mudanças morfofuncionais e metabólicas reversíveis após retirada do analgésico!
5 PASSOS PARA EVITAR A PERDA DE FUNÇÃO RENAL NA DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)!
A DRC afeta quase 700 milhões de pessoas no mundo. Precisamos entender como proteger a função dos rins dessa população!
Algumas estratégias se aplicam a quase todos os casos de DRC.
UM: Controle a PA!
A hipertensão é uma das maiores vilãs que levam a perda da função renal e, por isso, deve ser controlada. A discussão atual é: qual a meta de PA ideal para pacientes com DRC?
O KDIGO, famosa referência da nefro, orienta meta de PA ≤ 140 x 90. Caso haja albuminúria ≥ 30 mg/g, a PA deve ficar ≤ 130 x 80 mmHg.
Esse achado é a linfangite nodular. Geralmente há uma lesão inicial e surgem novas lesões nodulares no caminho do sistema linfático. É clássico da esporotricose por isso às vezes é chamada de padrão esporotricóide, mas tem outras doenças que causam também.
Esse é um daqueles achados que você tem que ter visto antes para pensar, senão fica perdido. A paciente foi tratada diversas vezes como celulite até alguém pensar no diagnóstico. Vamos às causas:
🦠NOCARDIA
Nocardia brasiliensis pode penetrar na pele de quem mexe com jardinagem ou solo e causar lesões esporotricoides. Clinicamente indistinguível da esporotricose - aí só na cultura/biópsia para diferenciar.
A transmissão é por partículas respiratórias em pequenas distâncias, por isso o uso de máscaras, o distanciamento e ambientes ventilados reduzem o risco de transmissão
O desafio ainda é conter a transmissão dos assintomáticos e pré sintomáticos!
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Pacientes podem transmitir entre 1 a 3 dias antes do início dos sintomas
40 a 50% dos casos podem ser atribuídos a transmissão durante o período assintomático ou pré-sintomático!
O swab pode ficar positivo por meses, mas a capacidade de transmitir dura bem menos