O Brasil é o país em que filhos de relacionamentos “interraciais” vêm pra internet reclamar que o outro está “palmitando”. Mais do que isso: fingem ser possível, num país de apenas 10% de “retintos”, manter-se num gueto amoroso. A pessoa descobriu que é preta na internet, (+)
passou a infância toda sendo rejeitada pelo branquinho(a) pop da escola, agora vem com esse papo furado. O tal “amor preto” exige mais do que intenção pueril; conheço um monte de preto que casou com mulher preta para, depois, largá-la pelo caminho. (+)
Outras reclamam da “objetificação” do “corpo preto”, mas fazem o mesmo idealizando o preto hollywoodiano. Quero ver casar com o preto faxineiro ou porteiro, pois estes precisam de uma mulher que os apoiem e os ajudem a constituir uma família que evolua socioeconomicamente. (+)
Vocês precisam mesmo é sair da internet e de suas bolhas inchadas de “consciência racial” livresca, pautada por autores brancos europeus (e seus satélites pretos), cuja única função é transformá-los em bucha de canhão para a revolução burguesa pregada em suas obras. Acordem.

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1 Jun
Se todo negro abordado pela polícia agora resolver enfrentá-la porque está filmando, será uma carnificina. E sabe de quem será culpa? Do branco progressista que adora reagir com indignação fingida nas redes sociais. Mais uma vez o negro está sendo vítima de experimento social.
Cês não gostam de ouvir quem tem lugar de fala? Pois calem a boquinha indignada e ouçam: sou preto, cresci na periferia de SP e fui parado pela polícia inúmeras vezes e de todas as formas possíveis. O único soco traiçoeiro que recebi na vida, pelas costas, foi de um policial. (+)
Sim, eles são despreparados e estão com o monopólio da força nas mãos. Não adianta, essa é a realidade. Agora, se querem obedecer acadêmico branco foucauldiano e seus satélites negros de redes sociais, tente sorte, mas saiba que você, pra eles, é só um número.
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22 Apr
Vejam se não faz sentido: há pouco mais de cinco anos a direita era um clube de leitura, com pessoas indo a palestras, lançamentos de livros, buscando como disputar espaço cultural com a esquerda. O PT já havia feito da esquerda sua imagem e semelhança, e quem era de esquerda (+)
e não era petista, sentia o drama de ser “traidor”. Os intelectuais de esquerda, sequestrados pelo petismo, se tornaram homens-massa, e “quando Lula falava, o mundo se iluminava”. A prisão do Nine levou muita gente a um delírio coletivo (lembram do acampamento em Curitiba?); (+)
e os intelectuais petistas surtavam, vergonhosamente, em frente às câmeras (escrevi sobre isso à época, leiam no link):

gazetadopovo.com.br/vozes/paulo-cr…
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10 Apr
Esse mundo está muito doido mesmo. Que uma chef de cozinha resolva falar de ontologia — ignorando toda a história do pensamento humano, de Parmênides a Kant, dos mitos às religiões tradicionais do oriente ao ocidente, solapando a noção de indivíduo (+)
desde a sabedoria ancestral africana ao cristianismo primitivo — já é, por si só, uma patetice descomunal. Agora, que ela ainda consiga a façanha de realizar uma “confissão de culpa” abstrata, em que sua responsabilidade individual se dilui no coletivo, a eximindo de qualquer (+)
ação efetiva — ou seja, a sinalização de virtude estéril, pueril, insossa em seu máximo esplendor — chega a ser criminoso. Que outros a aplaudam por isso é só o resultado do fosso de pensamento em que nos encontramos, só o sinal do colapso do espírito humano e da maximização (+)
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6 Apr
Cabelo “black power” não é o MEU cabelo, é um corte de cabelo; é, antes de qualquer coisa, uma estética de “luta” criada por um movimento antirracista americano nos anos 1970. Meu cabelo é crespo, mas poderia não ser, muitos negros não têm esse privilégio, não podem “aderir”. (+)
Todo negro pode fazer do seu cabelo o que quiser, dentro das limitações que cada cabelo tem — assim como o cabelo liso também as tem. Pode alisar, fazer trança, cortar careca, quadrado, encaracolar. O nome disso é liberdade. Compreendo as questões de ser ou não o padrão, (+)
e é exatamente aí que o “black power” entra. Black power é, sobretudo, AUTOAFIRMAÇÃO. É atitude, é “negritude”. Por isso é uma contradição infantil alguém assumir a estética black power e se mostrar hipersensível quando alguém fala que o corte parece com isso ou aquilo. (+)
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5 Apr
Mas olha só que engraçado! A “mídia preta” não admite ser criticada por outro preto. A “mídia preta” evoca uma suposta “solidariedade da raça” ao mesmo tempo que, para se defender, desqualifica a produção de um indivíduo preto. Como se pretos não pudessem discordar. Mas (+)
não me lembro da “mídia preta” me defender dos inúmeros ataques que sofro de pretos (e brancos) aqui mesmo, nesta rede social, por não ser alinhado ao pensamento hegemônico da militância atual. Seria essa “solidariedade da raça”, na verdade, uma uniformidade de pensamento? (+)
Aliás, sequer critiquei a “mídia preta” — cujo trabalho, em geral, admiro e sigo —, mas o que considero uma visão errônea e reducionista que uma articulista tem em relação ao Dr. King. Que problema há nisso? E se estou preparando uma aula sobre o tema, (+)
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6 Feb
Olha o recado que Russell Kirk, conhecido como o pai do conservadorismo moderno americano, está mandando aos bolsonaristas, que pensam que são conservadores. Segue o fio:
“Provavelmente, tudo o que pretendem os entusiastas dessa nova proposta de ideologia anticomunista é a declaração de princípios e conceitos econômicos, amplamente promulgados, aprovados legislativamente como um guia para políticas públicas e ensinado em escolas públicas”. (+)
“Todas as ideologias, incluindo a ideologia da ‘vox populi vox Dei’, são hostis à permanência da ordem, da liberdade e da justiça. A ideologia é a política da irracionalidade apaixonada”. (+)
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