Superestimar os cenários mais catastróficos como iminentes e inevitáveis caso as medidas radicais não sejam tomadas, colocando em dúvidas as vacinas e seus resultados, pode prejudicar a credibilidade da ciência e da principal medida sanitária contra a #pandemia: a vacinação.
As vacinas são seguras e eficazes contra todas as variantes do SARS-COV-2, não há escape vacinal significativo para casos graves e óbitos, nem na "delta".
Existe risco de mutação sim, principalmente nos países com baixa cobertura ou que nem iniciaram sua campanha de vacinação.
Existe risco de mutação sim, principalmente nos países com baixa cobertura ou que nem iniciaram sua campanha de vacinação.
Ao final de 2021, não serão os países como o Brasil os epicentros com maiores desafios a novas variantes, mas os países caribenhos, africanos e asiáticos com baixa cobertura vacinal.
🔜Perspectiva?
✅Graças ao #SUS, o Brasil caminha para controlar a #pandemia com as vacinas, entenda-se "controlar" por: reduzir radicalmente mortes e internações e avançar no controle da circulação do vírus com a possibilidade de plena cobertura vacinal até dezembro/21.
✅Graças ao #SUS, o Brasil caminha para controlar a #pandemia com as vacinas, entenda-se "controlar" por: reduzir radicalmente mortes e internações e avançar no controle da circulação do vírus com a possibilidade de plena cobertura vacinal até dezembro/21.
Em 2022 teremos vacinas com atualização de cepa e novas vacinas. A disponibilidade para 3ª dose de reforço em toda a população, se for necessária, é real. Até dezembro podemos ter tratamentos medicamentosos disponíveis para casos graves. Apostar na ciência é ser realista.
Controlar a circulação do vírus com plena e fina disciplina social não é factível no Brasil. Não por falta de convicções na vigilância em saúde ou nas teses acadêmicas, mas porque as condições objetivas e subjetivas para tal coesão não estão postas.
A não adesão de 30% da população que explicitamente nega o risco da doença, comprometeria a estratégia nos outros 70%. Estou sendo otimista com as proporções. Nem todo mundo que reconhece o risco e a dimensão da pandemia no discurso se comporta de modo correspondente.
🚨Medidas?
Na vacinação, 3 medidas subsequentes devem ser tomadas:
1) Para reduzir internações e óbitos: garantir a 3ª dose aos idosos e imunossuprimidos que tomaram vacinas há mais de 6 meses; e 2) avançar na D2 com +8 semanas na população com 40+; 3) vacinar adolescentes.
Na vacinação, 3 medidas subsequentes devem ser tomadas:
1) Para reduzir internações e óbitos: garantir a 3ª dose aos idosos e imunossuprimidos que tomaram vacinas há mais de 6 meses; e 2) avançar na D2 com +8 semanas na população com 40+; 3) vacinar adolescentes.
Independente do avanço assimétrico entre os Estados, em setembro toda a população idosa deveria receber 3ª dose de vacinas homólogas ou heterólogas, preferencialmente essa última. Isso impactaria nas internações/óbitos remanescentes, independente da cobertura vacinal de cada UF.
No futuro, mesmo com a "delta", a ampla cobertura da vacinação e da exposição a doença darão características imunes a comunidade capazes de reduzir progressivamente a circulação do vírus.
A própria circulação "endêmica" do vírus, num contexto de pessoas imunizadas/previamente expostas, repercutirá em baixa mortalidade e reforçará respostas imunes protetoras. Teremos o contexto que diversas outras doenças assumem no cotidiano da clínica e dos serviços de saúde.
O cenário que escrevo não é o de hoje. Escrevo e falo de perspectivas.
🔛Hoje?
⚠️ A fotografia de hoje é um cenário de alerta, da necessidade de reforçar medidas não-farmacológicas e os protocolos com a ampla testagem da população e dos contatos dos positivos e principalmente 💉
🔛Hoje?
⚠️ A fotografia de hoje é um cenário de alerta, da necessidade de reforçar medidas não-farmacológicas e os protocolos com a ampla testagem da população e dos contatos dos positivos e principalmente 💉
O maior desafio da perspectiva da #pandemia é o controle da circulação do vírus em todos os continentes. Em 2022, a superação da pandemia nos países centrais e no Brasil dependerá + do desempenho global do que do manejo interno desses países. A ameaça está lá fora, é global.
Nosso olhar precisa sair do contexto da polarização interna, precisamos deixar de lado as vaidades dos aldeões de "Nossa América", o mundo não é a nossa aldeia. Com @butantan0ficial e @fiocruz, o Brasil pode e deve começar a contribuir para o combate a pandemia no mundo.
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