Tô tratando vários casos de sífilis por semana. Vocês sabiam que nas primeiras 24h após tratamento o paciente pode ter uma reação febril e de mal-estar?
Chama-se reação de Jarisch-Herxheimer (JHR), que geralmente é autolimitada, mas em alguns casos pode ser grave. Entenda:
Estou atendendo casos de sífilis diariamente no consultório e quero deixar essa dica para a população em geral e para meus pacientes.
A reação de Jarisch-Herxheimer (JHR) é uma reação inflamatória aguda, autolimitada e febril que geralmente ocorre nas primeiras 24 horas após o
paciente receber tratamento para qualquer infecção por espiroquetas, incluindo sífilis. Essa reação ocorre em aproximadamente 10 a 35 por cento dos casos. É visto mais comumente após o tratamento da sífilis inicial (cancro duro e secundarismo sifilítico).
A febre pode ser acompanhada por sintomas sistêmicos, incluindo cefaleia, mialgias, calafrios, diaforese, náuseas, hipotensão e agravamento da erupção cutânea, se inicialmente presente.
As manifestações incomuns incluem meningite, dificuldade respiratória, disfunção renal e /
ou hepática, alterações do estado mental, acidente vascular cerebral, convulsões e contrações uterinas na gravidez.
O mecanismo pelo qual essa reação se desenvolve não é totalmente compreendido. No entanto, acredita-se que resulte da fagocitose acelerada por
leucócitos polimorfonucleares, seguida pela liberação de citocinas e complexos imunes de organismos mortos. É como se seu organismo estivesse se livrando das bactérias e fazendo um estardalhaço 🥵
Não há como evitar essa reação. Os pacientes devem ser informados sobre os
possíveis sinais e sintomas e aconselhados a entrar em contato com seus médicos se ocorrer uma reação grave. Embora esses sintomas geralmente desapareçam sem intervenção em 12 a 24 horas, medicamentos antiinflamatórios não esteroidais (AINE) ou outros antipiréticos podem ser
usados se os sintomas surgirem e podem reduzir a gravidade dos sintomas e a duração da reação.
Não deixe de comunicar seu infectologista se algo acontecer. Estaremos sempre à disposição.
Uma pessoa tratando HIV com carga viral indetectável não transmite HIV por nenhuma prática sexual: seja oral, anal ou vaginal.
Mesmo se sangrar. Mesmo se ejacular. Mesmo se houver outra IST junto.
Profissional que não reconhece isso é negacionista também. E antiético.
‘Há um amplo desconhecimento e descrença em relação à conclusão baseada em evidências de que as pessoas que têm uma carga viral de HIV sustentada indetectável não podem transmitir o HIV sexualmente - isto é, indetectável = intransmissível(I= I).
O medo antigo e equivocado sobre a transmissão do HIV persiste; conseqüentemente, o mesmo acontece com o policiamento da expressão sexual e a penalização do prazer enfrentado pelas pessoas com HIV.
Mesmo que o sexo dure 3 min ele pode sim trazer consequências para toda uma vida.
Entender que genitais pertencem a corpos e corpos pertencem a indivíduos, transforma a maneira como enxergamos a sexualidade.
Não que tudo precise ser tão sério.
Mas pessoas não são descartáveis.
Teoricamente, não existe sexo seguro, no que concerne às ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), pois sempre há um risco inerente de algo acontecer. Na medicina, optamos por falar então de sexo protegido.
Mas será que sexo é apenas isto? Cercar-se de todas as formas para evitar ISTs, gestações não planejadas e aproveitar alguns minutos de prazer?
Eu, particularmente, acredito no sexo consciente e sem culpa, no sexo transparente e corresponsável. Que dê o
Não caiam nessa ilusão pornográfica de ejaculação mega volumosa.
Sabiam que muito daquilo é falso e montagem?
O volume ejaculado varia de 1,5 a 5ml, pode vir em jatos ou escorrer. Só não deve ter sangue ou pus.
O importante é você e seu par sentirem prazer.
🍆💦💦💦 Cuidado com o que vocês vêem em filmes pornô! Muitas vezes aquilo é tudo falso! Aquelas quantidades exageradas tipo Blastoise não existem. O esperma (ou sêmen) é constituído de espermatozóides produzidos no testículo, líquidos produzidos na
próstata e na vesícula seminal e pelo lubrificante natural.
Cada pessoa produz uma certa quantidade, com um jato de determinada intensidade, uns mais (Olá, Peter), outros menos.
Geralmente em cada ejaculação, as pessoas com pênis produzem de 1,5 a 5ml de esperma,
Neste dia da #ParadaSP ao vivo, com o importante tema sobre HIV/Aids, quero que estes 10 fatos cheguem ao maior número de pessoas possível. Por isso peço, encarecidamente, que me ajudem nesta missão.
1. A Aids já tem 40 anos de história mas ainda tem gente achando que não é ‘problema seu’. Mas o HIV pode acontecer com todos nós. Não há grupos de risco. Há crianças, adultos e idosos. Solteiros e casados. Gays e héteros. Cis e trans.
Todos nós podemos nos infectar.
Porém pessoas com menos acessos ao serviços de saúde e que sofrem mais preconceito (mulheres, gays, negros,as travestis) morrem mais.
A principal forma de transmissão é através do sexo desprotegido (sem camisinha, sem PrEP ou quando a pessoa ainda não faz tratamento).
Todo mundo sabe que eu sou um grande defensor e prescritor de Profilaxia Pré-Exposição para o Hiv, uma das medidas mais eficazes na prevenção da infecção e que nos traz esperança de, um dia, eliminar a Aids.
Não existe como desvincular HIV/Aids da causa LGBT+.
Alguns ativistas e lgbt+ neófitos precisam entender isso.
Parte da nossa HISTÓRIA teve muito sangue HIV+ derramado. E continua tendo.
Perdemos uma inteira geração mas sobrevivemos.
Pra mim é sobre orgulho, não negação. 🏳️🌈
Não tenho paciência e nem tempo hábil para este tipo de pessoa.
Se você não deseja que sua própria história revele uma profunda marca do HIV/Aids, seja marciano então! 👽
Pois, na Terra, todos temos.
E nós LGBT+ principalmente. Já que historicamente fomos quem mais sofremos atrocidades e perdas nesta antiga pandemia de 40 anos e, se não permanecermos vigilantes, vamos sofrer de novo.