NÃO HÁ NADA QUE ATRAPALHE MAIS O SUCESSO DO QUE AQUILO QUE EVITAMOS.
Evitamos conversas difíceis. Evitamos certas pessoas.
Evitamos decisões difíceis. Evitamos evidências que contradizem o que pensamos. Evitamos iniciar um projeto até termos certeza do resultado.
Para justificar "aquilo que evitamos", mentimos para nós mesmos.
Dizemos a nós mesmos que somos nobres - não queremos ferir os sentimentos de alguém.
Dizemos a nós mesmos que não queremos ofender os outros. Dizemos a nós mesmos que as coisas vão melhorar.
Dizemos a nós mesmos que as coisas vão ficar mais fáceis. Dizemos a nós mesmos que podemos evitar o problema real sem nenhum impacto.
Dizemos a nós mesmos que começaremos quando for a hora certa. Enfim, mentimos para nós mesmos, para evitar o que deveríamos estar fazendo.
Às vezes, reunimos metade da coragem.
Temos metade da conversa que gostaríamos de ter. Fazemos metade da coisa mais difícil.
Reconhecemos as evidências, mas nos convencemos que "desta vez é diferente".
Vemos a pessoa que estamos evitando, mas realmente não falamos com ela.
Temos a oportunidade de tomar a decisão difícil, mas deixamos pra próxima oportunidade.
Começamos, mas não nos comprometemos com o projeto.
E aqui está o interessante. MEIO ESFORÇO tende a piorar as coisas, não melhorar.
Quando as coisas não melhoram, isso apenas reforça que deveríamos ter feito algo em primeiro lugar. Evitar não é melhor, é apenas mais fácil.
Evitar o hoje não apenas torna o futuro mais difícil, mas também quase sempre torna o presente mais difícil.
Evitar coloca você no gatilho, qualquer coisa irá detoná-lo. Todos nós fazemos isso.
Quem não evitou inteiramente uma conversa difícil com seu parceiro sobre algo apenas para se encontrar em uma discussão insignificante sobre algo trivial?
Claro, a briga mesquinha não é sobre a coisa trivial, é sobre como evitar a coisa difícil.
Tudo se torna mais difícil até que paramos de evitar o que está atrapalhando.
Quanto mais você esperar, maior será o custo.
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Uma semana após dizer que foi 'obrigado a vetar' distribuição de absorvente que custaria 80 milhões, Bolsonaro anuncia um furo ao teto de R$ 30 bilhões.
E mais, um subsídio de R$ 4 bilhões para caminhoneiros.
Fez igual governos anteriores inclusive o que ele criticava. Segue.
Bolsonaro ao vetar a distribuição de absorventes para estudantes de baixa renda faz mais do mesmo:
- Governa para grupos de interesse, por ideologia e esquece as evidências. Nada de tão velho.
Vamos separar a discussão:
(i) se a política é boa ou não;
(ii) o motivo do veto.
(i) Se a política é boa ou não.
Confesso que quando vi a proposta a primeira vez, achei algo populista e um gasto ineficiente. Mas quando fui a fundo, entendi o problema e os benefícios.
É o problema chamado Pobreza menstural. Ou poverty period ou Sanitary Pad.
Enquanto a gente gasta energia com pautas e temas inúteis, o nosso palácio de Versalhes continua funcionando normalmente.
Enquanto a reforma administrativa atinge o baixo clero, nossa corte com juízes e promotores continuarão com suas regalias.
Sim, o lobby deles está vencendo.
A Reforma Administrativa passou na Comissão Especial da Câmara e traz alguns avanços importantes:
- Autoriza redução de 25% da jornada e salário de servidores em caso de crise econômica;
- Possibilita parceria com setor privado para execução de serviços públicos;
E mais.
- Determina a abertura de processo administrativo contra servidor após 2 avaliações insatisfatórias consecutivas ou 3 intercaladas.
Ou seja, apenas a mesma regras do setor privado.
Em crise, temos quedas de renda. Em caso de má desempenho (prolongado) há demissões. Simples.
"Se você tem 10 milhões de reais, você é meio pobre!"
Essa foi a frase do vídeo do @FeCastanhari que viralizou. É uma frase completamente errada que ensina coisas erradas e sugere políticas públicas erradas...
O que ele deveria ter dito para não desinformar o brasileiro?
Basicamente ele diz que o #N° 1 do Brasil é o Eduardo Saverin com R$ 97 bilhões.
E continuar dizendo que Silvio Santos - que tem R$ 1,7 bilhão - está bem mais próximo de quem não tem nada do que do Saverin.
E por isso quem tem uma Land Rover - um carro de R$ 500 mil - é pobre.
Mas vamos usar um outro exemplo.
Imagine que você colocasse todos os brasileiros em uma fila gigante por ordem de renda. Dos mais ricos aos mais pobres.
No ponto mais ao norte do país - Oiapoque - você coloca os mais ricos. No outro extremo sul - Chuí - estarão os mais pobres.