Então quer dizer que uma empresa que ficou milionária explorando o trabalho negro precarizado deixa de patrocinar um comunicador racista?
é como se dissesse que pode ser racista, lucrar com o racismo e até manter o racismo. Só não pode falar, aí perde o patrocínio
(+)
71% dos trabalhadores precarizados (os que ganham muito menos que 1 salário mínimo) são negros almapreta.com/sessao/cotidia…
Achille Mbembe afirma que o racismo é uma máscara para estigmatizar e domar os corpos, mas o objetivo final é SEMPRE a exploração econômica.
Retirar patrocínio quando um racista se mostra racista não é suficiente. Principalmente sabendo que foi o "mercado" (essas mesmas empresas) que tornaram alguém ignorante e ignóbil um "podcaster de sucesso"
Tem dezenas de comunicadores de esquerda que SEMPRE denunciaram o racismo, o fascismo e o machismo. Mas a empresa "patrocina" o racista até ele dizer-se abertamente racista. Porque? Porque os comunicadores de esquerda denunciam o fim último do racismo que é a exploração.
E isso, a empresa não aceita. Assim, segue-se lutando contra o sintoma e não contra a causa.
Não basta parar de patrocinar o racista, é preciso empoderar a mensagem contrária.
Que o Ifood passe o valor que colocava no podcast racista para comunicadores negros e negras.
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
Em alguns vídeos eu tenho dito que a única defesa contra o fascismo é a reconstrução dos círculos de filtragem dos comportamentos e posicionamentos doentios ou claramente ilegais.
Perdemos isso em 2013 quando "valia tudo contra o PT". Isso permitiu a doença do bolsonarismo. (+)
aos poucos o país vai retomando os controles sociais, educacionais e legais sobre os monstros. O tal Maurício Souza perdeu contrato e seu lugar na seleção por ser homofóbico. O STF prendendo Allan do Santos vai no mesmo caminho. Os monstros precisam ser colocados dentro das celas
O fascismo é parte integrante da sociedade (ou do ser humano segundo Arendt). E é uma doença que afeta ali cerca de 15% da população. Sempre. Ele é contido pelas "celas" simbólicas que criamos para encarcerar estes monstros.
Sabe aquele sentimento de ter uma (boa dúvida) sobre o que fazer com aquele dinheirinho que sobra no final do mês? Você ainda se lembra como era chegar ao final do mês com 300 pilas sobrando?
Segue o fio para entender o "nervosismo do mercado" com o "furo do teto".
Primeiro, a gente tem que diferenciar "dinheiro" de "capital". A imensa maioria das pessoas confunde isso. Dinheiro é o que você tem (tinha) no bolso ou no banco. Serve tão somente para consumir e saldar dívidas.
Capital é um ente econômico abstrato que, quando combinado com trabalho, se reproduz.
Capital pode vir em diversas formas como maquinário, energia e etc. Ele se transforma durante os ciclos econômicos, mas conserva sua essência de reprodução.
Dinheiro NÃO se reproduz.
A desculpa agora dos psolistas pela defesa que fizeram da lava a jato na PEC 05 é risível. Segundo eles, como a proposta não criava uma "ampla e popular forma de controle" sobre o MP ela "não resolvia nada e só piorava a coisa, porque permitia intervenção".
Piada ou má fé? (+)
Qualquer aluno de primeiro ano de sociologia ou ciência política sabe que não há caso conhecido de reforma institucional em que o impulso transformador tenha vindo de dentro da instituição. Instituições criam cultura própria, valores e percepções que buscam se auto-proteger.
Pensar em uma forma de "controle efetivo e popular" sobre o MP é fazer a famosa política de DCE em que toda a reunião termina com uma moção contra o "capitalismo financeiro mundial".
Só se vai modificar o autoritarismo e a hermeticidade das instituições brasileiras aos poucos.
Vou tentar me fazer entender melhor.
Robert Paxton, em seu já clássico, Anatomia do fascismo, afirma que "vai estudar os fascistas para entender o fascismo". Isso pode parecer bobo, mas é uma enorme mudança na historiografia sobre o fascismo. (fio)
Até então, se estudava o fascismo para entender os fascistas, claramente em acordo com o estruturalismo vigente no século XX. Isso dava espaço a uma série de interpretações equivocadas do fenômeno. Porque tomava o sujeito como epifenômeno da ideologia.
Surgiram as explicações circunscritas à luta de classe, surgiram as teorias econômicas sobre o rebaixamento do valor da mão de obra e a acumulação do capital ao largo do setor financeiro ... enfim, a ideia era que o fascismo criava os fascistas.
Já escrevi isso em muitos lugares, já falei nos cursos que dei, tem aula gravada ... enfim. Vamos de novo por causa das bobagens que a @uneoficial vem fazendo, especialmente sua presidenta @brunabrelaz
(segue o fio)
Há muita bibliografia já assentada sobre o fascismo e eu pensei que aquilo seria apenas tópico de história contemporânea até bolsonaro. O fascismo é um fenômeno complexo, o que significa dizer que suas explicações andam por várias áreas do conhecimento.
Da História para a psicologia, passando por sociologia, economia, antropologia e etc. Há causas para o fascismo assentada em todas elas e raramente elas são excludentes. Ocorre uma junção de fatores, mas há alguns consensos já bem estabelecidos.
Bafão dos vizinhos conservadores.
O pai grita a plenos pulmões que não "cuidou da filha a vida toda" para ela casar com mulher. Supostamente, ele ficava em cima dos homens que se aproximavam e a guria apresentou uma namorada hoje.
Bafão!!!
E a gritaria pegando ...
O pai (militar aposentado) gritando com a namorada da filha e mandando ela ir "chupar outra b%^$&a".
Ao que a namorada responde:
"Não era isso o que tu me dizia quando tentava me comer, mesmo eu sendo amiga da sua filha"
Bafão!!
A mulher do cara chora.
Enfim, o submundo da família "conservadora brasileira". Não preciso dizer que tem uma bandeira do brasil estendida na frente e o cara fazia campanha aberta para Bolsonaro ...