A #pandemia não acabou. Vivemos uma nova fase dela. Qualquer abordagem que leve a redução da percepção de risco por parte da população não terá correspondência com a dimensão real da pressão da #omicron para os sistemas de saúde.
Urgente persistir com as 😷 e com a 💉💉💉. 🧶⬇️
O comportamento da 4ª onda (jan-fev/22) na média móvel de 14 dias de óbitos da #omicron já ultrapassa o impacto da #delta (jul-out/21) no Estado do Espírito Santo, não obstante termos hoje uma cobertura vacinal muito melhor da que tínhamos no ano passado.
A #omicron possui um escape vacinal importante para casos leves. No entanto, a taxa de mortalidade entre vacinados com esquema completo de 2/3 doses é 130 vezes menor do que entre não vacinados. Vejamos os dados dos primeiros 152 óbitos ocorridos no mês de janeiro no ES.
A taxa de mortalidade pela COVID19 em jan/22 no ES:
130 por 100mil para NÃO Vacinados;
4,3 por 100mil para D1;
2,4 por 100mil para D2/D3;
A taxa de mortalidade para D1 é 30x menor que os NÃO vacinados e 56x menor que os NÃO vacinados frente aos D2/D3.
3,17% dos não vacinados acima de 18 anos no Espírito Santo representam 30,8%% dos internados nos hospitais públicos do Estado, os vacinados com esquema incompleto representam outros 40%, totalizando 70% de internados entre não vacinados ou com esquema incompleto/atrasado.
68,42% dos óbitos ocorreram entre idosos.
A 4ª dose entre idosos, principalmente aqueles que possuem mais de 70 anos deve ser avaliada para ser iniciada ainda neste 1º trimestre. A 4ª dose já esta sendo aplicada em população imunossuprimida.
Outra urgência é a necessidade de incorporação de medicamentos eficazes contra a #COVID19. Diversos anticorpos monoclonais já estão autorizados no mundo e no Brasil para serem incorporados.
A demanda de internação por pacientes respiratórios acompanha 7 semanas de crescimento contínuo.
Essa semana, que ainda não terminou, já representa a maior demanda semanal de leitos deste o início da 4ª onda, são 268 pedidos. Devem passar para mais de 350 até o final de sábado.
Internações e óbitos são os comportamentos tardios da pandemia. No entanto, nossa curva de casos já expressa comportamento de queda em relação a semana anterior. Mesmo considerando os resultados pendentes desta semana, estimamos que não chegaremos aos 99 mil casos da anterior.
O cenário previsto para a primeira quinzena de fevereiro tende a se confirmar, quando poderemos ter uma fase queda de internação e óbitos na média móvel.
Concluímos janeiro/21 com 11,4% da população testada no Estado do Espírito Santo, no período foram registrados uma taxa de 3,7 testes/dia por mil habitantes. Nos primeiros 4 dias desta semana, alcançamos 5,7 testes/dia por mil habitantes e mais pontos serão abertos/ampliados.
Percebemos uma redução pela procura dos testes por pessoas sintomáticas e sinais de redução pela demanda espontânea nos pontos de alto fluxo.
Infelizmente, alguns municípios ainda ofertam poucas vagas para testagem por agendamento on-line e há dificuldades no registro dos testes negativos e positivos.
Os municípios que organizaram a testagem de primeiro contato nas unidades de saúde, perceberam redução da demanda ambulatorial por atestados médicos em virtude da emissão da determinação de isolamento enviada por SMS/e-mail aos usuários. Muitos testaram mais de 15% de suas pop.
Mesmo sem o retorno pleno, estamos vacinando perto de 6 mil doses/dia na faixa de 5-11 anos. O retorno das aulas representará a melhor oportunidade de vacinação rápida das nossas crianças/adolescentes e para manter atualizado o esquema vacinal dos nossos trabalhadores.
Precisamos avançar na 💉 completa de toda população adulta/adolescentes e completar a meta de 90% das crianças vacinadas com D1 até 15/mar. Esse é o objetivo para o ES.
As medidas para garantir a oferta estão sendo tomadas, precisamos da adesão de pais e responsáveis.
Com ampla cobertura vacinal e com um comportamento endêmico da COVID19, podemos ter um desfecho não-pandêmico com comportamento em óbitos superior a outras doenças endêmicas. Doenças endêmicas também levam a internações e óbitos.
Por isso, o sistema de saúde precisará estar fortalecido para garantia do acesso e do melhor cuidado possível: proteção, promoção, prevenção e cura.
Existirá um máximo possível na redução de internações e óbitos a ser esperado com a vacinação plena.
Novas gerações tecnológicas de vacinas deverão ser desenvolvidas e medicamentos deverão ser incorporados. Não vislumbro que tenhamos novas grandes ondas de internações/óbitos que levem a necessidade de medidas amplas e irrestritas as atividades econômicas e sociais.
O cenário aponta para um novo momento da pandemia com fortalecimento do autocuidado, da garantia do acesso, de máscaras por mais tempo e disciplina na vacinação completa.
O que pode impedir esse cenário é a existência de escape vacinal significativo para internações e óbitos.
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O risco da "sazonalidade das síndromes respiratórias agudas graves" foi um espectro que acompanhou as piores ondas da pandemia no Brasil.
A expansão da 1ª onda (mar-jun/20) e da 3ª onda (mar-mai/21), no caso do ES, foram ambas nos períodos sazonais das SRAGs,
Cada onda teve características distintas, 1ª Onda:
- Cepa selvagem (originárias);
- Menos letais e transmissíveis que futuras;
- Toda população suscetível;
- Sem vacinas disponíveis;
- Alta adesão e coesão social (medo);
- Inicio da confusão com o negacionismo;
No mesmo período analisado pela matéria, o Espírito Santo realizou 1.786.263 testes, sendo 1.2 testes por mil habitantes/dia.
Avaliando o desempenho em jan/21, 3,04 testes por mil habitantes/dia. E nos últimos 4 dias, 5,5 testes por mil habitantes/dia.
Alguns municípios se destacaram, em 1º lugar Jerônimo Monteiro/ES nos últimos 4 dias testou 13% da população e no mesmo período Aracruz/ES, com 104.942 habitantes, testou 5,7% da população.
O desempenho capixaba foi melhor que a média nacional também considerando a testagem desde o início da pandemia.
Nossos adolescentes capixabas já possuem 86% de D1 e 60% com D2. Temos garantia de #coronavac e #pfizer para vacinar TODAS as crianças de 5-11 anos.
Todas as idades escolares sob responsabilidade do @GovernoES já se encontram aptas a vacinação.
Precisamos de um pacto pela vacinação e derrotar toda expressão #antivax organizada na sociedade.
Todos os professores e demais funcionários ativos já estão vacinados. Funcionário público não vacinado, não pode acessar o serviço público no @GovernoES.
O melhor lugar para vacinar crianças e adolescentes rapidamente é na Escola, não nas férias ou com "atividades remotas".
O gráfico abaixo mostra o comportamento da testagem desde 01/01/2021 até hoje no Espírito Santo.
Ele expressa claramente o esforço de ampliação da testagem em massa.
Neste momento há uma expansão de casos acompanhada de novas expansões da testagem.
No ritmo atual podemos alcançar 15% da população testada em 4 semanas. A maioria dos municípios ampliou a oferta nesta semana. É possível chegar a aplicar 35 mil testes em alguns momentos/dias.
Sobre as filas nos terminais urbanos discorro neste tweet sobre a situação nesta sequência. Estamos ampliando equipes e turnos, mas as filas vão continuar por conta da demanda desproporcional, ela só será atendida com mais pontos em outros locais.
Nesta última semana no Espírito Santo foram registrados 105 mil testes para #COVID. Neste ritmo, vamos ter 10% da população testada em 4 semanas, não é suficiente. Precisamos testar ++.
Vários municípios já se comprometeram em ampliar a testagem na próxima semana.
Segue o fio 🧶
Até agora faltou mobilização de alguns pela ampliação da testagem ao longo do ano passado e principalmente diante dos reiterados pedidos e alertas dados pela SESA em dezembro/janeiro.
"Guerra avisada não mata soldados" dizemos em Cuba, aplique-se aos avisados.
Ontem na reunião semanal web com os secretários municipais, 88 presentes entre secretários e apoios, orientamos a organizarem capacidade para testar 15% de sua população por mês, considerando a oferta a livre demanda, sem necessidade de avaliação médica ou sintomas.
1️⃣ Não são para acesso universal;
2️⃣ Não são notificados;
3️⃣ Não podem ser utilizados como política pública;
4️⃣ Permitirá acesso à classe média e estratos sociais corretamente esclarecidos;
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5️⃣ Risco alto de má prática no uso do teste;
6️⃣ Risco de Indisciplina no descarte de lixo hospitalar em ambiente doméstico;
7️⃣ Não é adequado pautar o tema como central e “solução” para ausência de uma política pública de testagem em massa;
Vantagens
1️⃣ Em contextos de baixa oferta de testes na rede pública podem suprir necessidades de diagnóstico a preços mais baratos que os laboratórios para quem pode pagar;
2️⃣ Permite testar com facilidade eventos familiares/similar;
3️⃣ Amplia capacidade de isolamento de casos;