Oi, pessoal! @schrarstzhaupt aqui! Vamos ver juntos como está a situação do Brasil e suas regiões em relação aos indicadores da covid-19?
Quando olhamos o Brasil como um todo, podemos ver que a taxa de crescimento de casos acumulados parou de crescer em 28/01/22 e segue caindo:
Quando abrimos por região, temos algumas particularidades importantes. Primeiro vamos ver as regiões Nordeste, Sul e Sudeste, pois seus indicadores estão muito similares ao do Brasil como um todo (tendência de queda):
Já a região Centro-Oeste está mostrando uma pequenina desaceleração da queda, bem incipiente (no começo), e torcemos para que não se confirme:
E a região Norte já tem uma tendência bem mais clara de desaceleração da queda, o que preocupa:
E o que correlaciona com essa tendência da região Norte? A baixa cobertura vacinal! Quando pegamos as coberturas vacinais de duas doses por estado compiladas pelo ODS-MG (ods-minas.shinyapps.io/covid-19/) e colocamos lado a lado em um único gráfico, fica explícita a diferença:
Temos de combater a desigualdade da cobertura vacinal, e isso passa por primeiro entender qual a razão desta discrepância!
- É problema nos dados?
- É hesitação vacinal?
- É falta de acesso às vacinas para certas comunidades?
Estados com 50% de cobertura de duas doses não dá!
Quando olhamos a mobilidade do Brasil, vemos que ela está aumentando ao nível que tínhamos em novembro (quando iniciamos a onda da variante omicron), mas ainda não chegou lá:
Quando damos um "zoom" na categoria de transporte público, podemos ver bem esse detalhe:
Quando analisamos os dados da pesquisa CTIS da Universidade de Maryland + Facebook Health, conseguimos perceber que estados como RJ e SP estão liderando a queda:
E em estados como o RS vemos mais facilmente como a velocidade da queda está mais lenta do que a velocidade do aumento:
Um adendo importante: quando olhamos para os respondentes da pesquisa, vemos que a grande maioria, ou seja, mais de 95%, respondeu que já tomou pelo menos uma dose da vacina.
Isso pode indicar que quem não se vacinou não responde a pesquisa. Aqui no exemplo temos o SP:
Neste mesmo painel também temos os dados de mobilidade!
O que podemos extrair dos dados atuais?
- Estamos em queda, o que é sempre bom;
- Não podemos cometer o erro de achar que essa onda será a última, pois já fizemos isso há exatamente um ano e vimos no que deu;
Aqui segue um fio onde deixei a ressalva de que, apesar da queda, estaremos entrando (início de março) no início da temporada anual de SRAG, e isso pode reverter a tendência dos casos de covid. Logo, não podemos relaxar até o fim de março:
Vamos nos cuidar e lembrar de que o vírus está aí, que ainda temos uma média móvel de mais de 800 óbitos notificados por dia e que, mesmo em queda, ainda estamos notificando mais de 100.000 casos novos POR DIA (mesmo com nossa subnotificação já alta)!
Mesmo casos leves de covid-19 podem aumentar o risco de problemas cardiovasculares de uma pessoa por pelo menos um ano após o diagnóstico, mostra um novo estudo da @Nature A covid-19 traz muitos riscos, mesmo após a recuperação.
Neste estudo, observa-se que as taxas de muitas condições, como insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC), eram substancialmente mais altas em pessoas que se recuperaram do covid-19 do que em pessoas semelhantes que não tiveram a doença.
E é importante destacar que esses riscos também foram elevados mesmo para aqueles com menos de 65 anos de idade e sem fatores de risco (como obesidade ou diabetes). A pesquisa contou com um extenso banco de dados de registros de saúde dos Estados Unidos nature.com/articles/s4159…
Olá, pessoal! Vamos para mais um #fiodarede? Dessa vez é com a @melmarkoski nos trazendo uma atualização muito importante do @CDCgov sobre o uso de máscaras!
Sigam o fio: 🧶
Na última semana, o CDC atualizou as informações sobre uso de máscaras para a população. Quais os tipos recomendados, uso correto, por que algumas protegem mais do que outras, etc.
Porém: cabe lembrar que as recomendações se baseiam em estudos experimentais, uma vez que ainda não se tem um grande estudo clínico para máscaras PFF2 em comparação às demais, contra a covid-19.
Olá, pessoal! Nós da Rede Análise viemos a público para pedir ajuda de todos vocês na cobrança dos dados abertos da covid-19 no Brasil, que estão fora do ar desde o início de dezembro de 2021. Compartilhem esse fio, enviem por WhatsApp, peçam para as autoridades da sua cidade! 🧶
Não temos dados do SIVEP (Sistema de Vigilância Epidemiológica) desde 29/11/2021. Estes dados nos possibilitavam entender como estava a distribuição de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) pelo Brasil, inclusive por faixa etária e por tipo de agente causador.
Além disso, estes dados permitiam ao @leosbastos, @marfcg e o pessoal do @obscovid19br fazer o "nowcasting", que é um cálculo que consegue compensar o atraso de notificação deste banco de dados de SRAG, trazendo o que está acontecendo agora de forma um pouco mais fidedigna.
Ei pessoal! Está pensando em reunir a família no Natal? Acompanhe aqui dez dicas para um final de ano mais seguro que a @melmarkoski está sinalizando para um natal mais seguro!
1. Prefira ou realize, se possível, encontros ao ar livre ou em locais com boa ventilação. Lembre-se que o SARS-CoV-2 permanece algum tempo nos ambientes na forma de aerossol.
2. Não faça aglomeração; procure encontrar poucas pessoas e manter certo distanciamento, principalmente nos momentos em que for beber e se alimentar.
Chegamos ao terceiro e último fio sobre a história da #aids!
Neste falaremos sobre a resistência do vírus aos tratamentos antirretrovirais.
Sigam o fio: 🧶
No Brasil, o controle epidemiológico e a vigilância genômica (registro e acompanhamento de novas mutações que vão surgindo com o tempo) da Aids são feitos pelo Ministério da Saúde.
A Vigilância Epidemiológica tem por objetivo observar e analisar de forma permanente, a situação epidemiológica das IST (doenças sexualmente transmissíveis), Aids, hepatites virais e coinfecções; e articular ações destinadas à promoção, prevenção e recuperação da saúde.
Olá, pessoal! Esse é o segundo fio da série sobre a #aids. Neste, abordaremos a origem do vírus.
Segue o fio 🧶
O HIV é um retrovírus que infecta primariamente os componentes do sistema imunológico humano, como as células T CD4+, macrófagos e células dendríticas. Ele destrói as células T CD4+ direta e indiretamente.
Trata-se de um membro do gênero Lentivirus que costuma infectar espécies de mamíferos, causando doenças de longa duração, com um longo período de incubação. Os lentivírus são transmitidos como um vírus de RNA em sentido positivo.