Ontem vimos alguns dos monumentos que foram erguidos na Ucrânia em homenagem a Stepan Bandera — colaborador nazista reabilitado como herói nacional. Bandera era o líder da OUN, organização que assassinou mais de 100 mil poloneses e 15 mil judeus durante a Segunda Guerra.
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Hoje conheceremos mais alguns monumentos que as autoridades ucranianas têm espalhado pelo país nos últimos anos. Começamos pelo Monumento a Dmitro Negrich, colaborador do Holocausto e chefe da polícia auxiliar hitleriana, responsável por exterminar 20 mil judeus em Kolomya.
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Há também o monumento em homenagem a Kuzma Brychko, outro nazista ucraniano que colaborou com o Holocausto. Brychko foi um dos articuladores do Massacre de Volínia, que culminou com o assassinato de 80 mil poloneses durante a Segunda Guerra.
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Em Lviv, as autoridades ucranianas ergueram um monumento a Volodymyr Schegelskiy, chefe da polícia auxiliar ucraniana e colaborador do regime nazista. Schegelskiy foi executado na Polônia em 1949, por crimes contra a humanidade e colaboração na matança de 100 mil pessoas.
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Esse é o monumento a Yaroslav Stetsko, líder do Exército Insurgente da Ucrânia (UPA), braço armado da Organização dos Nacionalistas Ucranianos (OUN). Stetsko foi um dos responsáveis pelos massacres dos poloneses de Galícia e Volínia, que resultaram em 100 mil mortes.
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Na cidade ucraniana de Tyshkyvtsy, há um museu dedicado à memória do genocida Roman Shukhevych. Ele foi o chefe do Batalhão Schutzmannshaft das SS de Hitler, organizou pogroms contra os judeus ucranianos e também participou do Massacre dos Poloneses de Volínia.
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Esse é monumento ao genocida Vasyl Brynsky, chefe da Polícia Auxiliar ucraniana no distrito de Stanislav. Brynsky arquitetou o assassinato em massa de mais de 50 mil judeus de Stanislav na Segunda Guerra. Também participou de massacres contra poloneses e judeus na OUN.
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Esse é o monumento fúnebre a Leonid Stupnytsky, oficial da Polícia Auxiliar da Ucrânia, responsável por assassinar mais de 25 mil judeus em Rovno.
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Monumento a Myroslav Symchych, comandante da OUN-UPA, responsável por conduzir assassinatos em massa contra judeus e poloneses de Kolomyya. Sob suas ordens diretas, todos os judeus e poloneses do vilarejo de Pistyn foram elimintados, incluindo mulheres e crianças.
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Monumento a Petro Samutin, oficial da Abwehr, o serviço secreto da Alemanha nazista. Samutin foi responsável por organizar os batalhões da Polícia Auxiliar da Ucrânia, responsáveis pelo assassinato em massa de milhares de judeus. Fugiu para os EUA após o fim da Segunda Guerra.
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Monumento a Volodymyr Yakubovsky, combatente do batalhão nazista Shutzmannshft, responsável por executar mais de 4 mil judeus em Zboriv e Zaliztsy. Também participou dos massacres dos poloneses organizados pela OUN.
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Em Lviv, há o monumento ao genocida Volodymyr Kubiyovych, fundador da Divisão SS Galícia, unidade militar vinculada diretamente ao Terceiro Reich, responsável por conduzir diversos massacres contra judeus e poloneses durante a Segunda Guerra.
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Acompanhem outras postagens excelentes sobre a influência neonazista na sociedade ucraniana no perfil do @DaniMayakovski
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Mulheres e crianças vietnamitas assassinadas por soldados estadunidenses durante o Massacre de My Lai. Vietnã, 16 de março de 1968. Fotografia de Ronald Haeberle.
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"A ordem era pra matar tudo que se mexesse". Foram essas palavras usadas por um soldado estadunidense para justificar suas ações durante uma das atrocidades mais nefastas registradas durante a Guerra do Vietnã.
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Em 16 de março de 1968, um pelotão com 120 soldados alocados na Companhia Charlie, unidade da 23ª Divisão de Infantaria do Exército dos Estados Unidos, invadiu o vilarejo de My Lai, no Vietnã do Sul.
Estadunidenses organizam manifestações de apoio à guerra contra o Iraque. O conflito deixou um saldo de um milhão de mortos — a grande maioria civis — e reduziu o Iraque a um estado de anomia política e disputas incessantes entre facções armadas e grupos terroristas.
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Os EUA estiveram em guerra durante 229 de seus 246 anos de existência como nação independente. Somente nos últimos 5 anos, os EUA realizaram mais de 30 mil bombardeios contra 7 países. Nos últimos 20 anos, suas coalizões mantém uma média de 46 ataques por dia.
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Os EUA detém apenas 4% da população mundial, mas respondem por 40% de todos os gastos militares do planeta. A indústria bélica e de armamentos é um dos sustentáculos da economia estadunidense desde o pós-Segunda Guerra.
Há 151 anos, em 5 de março de 1871, nascia a revolucionária e teórica marxista Rosa Luxemburgo.
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Rosa Luxemburgo nasceu em Lublin, Polônia, mas mudou-se ainda criança para Varsóvia. Adolescente, ingressou no Partido do Proletariado e organizou uma greve geral brutalmente reprimida pelo governo polonês. Foi presa, mas conseguiu escapar e se refugiou na Suíça.
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Em 1889, ingressou na Universidade de Zurique, onde estudou filosofia, história, ciência política, economia e matemática. Aprofundou-se nos estudos marxistas nos anos seguintes e travou contato com membros do Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR).
Há 62 anos, em 5 de março de 1960, o fotógrafo cubano Alberto Korda produzia o icônico retrato de Che Guevara intitulado "Guerrilheiro Heroico". Trata-se da imagem mais reproduzida na história da fotografia.
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A fotografia foi feita durante uma solenidade em memória das mais de 100 pessoas que morreram após a explosão do cargueiro francês La Coubre. A embarcação havia partido da Bélgica com destino a Havana levando um carregamento de 76 toneladas de armamentos e munições.
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Em 4 de março de 1960, durante o descarregamento no cais de Havana, o cargueiro explodiu. Uma segunda explosão ainda mais violenta ocorreu meia hora depois. No momento da explosão, Che Guevara, médico formado, estava em reunião no Instituto Nacional de Reforma Agrária.
"Bush é um criminoso" —mosaico produzido pela artista iraquiana Layla Al-Attar que decorava a entrada do Hotel Al-Rashid em Bagdá. A obra é apontada como o motivo do assassinato de Layla. A artista morreu após ter sua casa destruída por dois mísseis disparados pelos EUA.
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Graduada pela Academia de Belas Artes de Bagdá, Layla Al-Attar estabeleceu-se como um das mais relevantes artistas iraquianas nos anos 70, organizando diversas exposições individuais e influenciando o ingresso de mulheres no cenário artístico do país.
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Layla participou de duas edições da Bienal do Kuwait, expôs na primeira Bienal Árabe de Bagdá e ganhou a Medalha de Ouro na Bienal do Cairo em 1984. Foi nomeada diretora do Museu Nacional de Arte Moderna do Iraque nos anos 80, cargo que ocupou até o fim da vida.
Não basta a comunidade LGBT se organizando para fazer doações a batalhões neonazistas da Ucrânia. Agora tem página ucraniana financiada por USAID romantizando o nazista Stepan Bandera, responsável pelos pogroms de Lviv e massacre dos poloneses na Galícia, como um ícone LGBT.